Estudo da toxicidade da Prosopis juliflora na alimentação de bovinos no Semiárido Paraibano.

• Autor(a) principal: MEDEIROS, Márcia Alves de.
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/24529
• topic: Alimentação de bovinos; Semiárido Paraibano - bovinocultura; Bovinocultura - Semiárido Paraibano; Toxicologia Veterinária; Prosopis juliflora; Toxicidade de Prosopis juliflora; Plantas tóxicas; Algaroba - toxicidade; Intoxicação por algaroba - bovinos; Cattle feed; Semi-arid region of Paraíba - cattle breeding; Cattle farming - Semi-arid region of Paraíba; Veterinary Toxicology; Prosopis juliflora; Prosopis juliflora toxicity; Toxic plants; Mesquite - toxicity; Mesquite poisoning - cattle; Medicina Veterinária

No Brasil desde 1981, no semi-árido nordestino têm sido relatados casos doença de sintomatologia nervosa, denominada de “cara torta” devido ao desvio lateral de cabeça que o animal realiza para manter o alimento na boca durante a mastigação, ocorrendo principalmente em períodos de seca quando as vagens Prosopis juliflora são ingeridas espontaneamente ou oferecidas como única fonte alimentar. O objetivo deste trabalho foi avaliar se ocorrem quadros de intoxicação quando administrada uma ração contendo 30% da matéria seca de vagens de algaroba por um período de 12 meses na alimentação de bovinos. Foram utilizados neste estudo dois bovinos manchos SRD pesando em média 130 kg. As informações necessárias ao estudo foram obtidas mediante o exame clínico do sistema nervoso central por meio de testes dos pares de nervos cranianos realizados mensalmente. Após esse período os animais foram eutanaziados e necropsiados para estudo de alterações macroscópicas e histológicas. Portanto, devido à ausência de sinais clínicos e histopatológicos, observadas neste estudo, podemos concluir que quando ingeridas em dietas contendo 30% da matéria seca das vagens de P.juliflora por até uma ano, não causa a doença “cara torta” em bovinos. E levando em consideração o ganho de peso mensal de 20 kg para o bovino 1 e 18 kg para o bovino 2, associada a sua comoposição química, valores energéticos e de digestibilidade, além de ser uma fonte alimentar de baixo custo e fácil obtenção, podemos considerar como satisfatória a inclusão de vagens de algaroba na dieta de bovinos durante longos períodos de estiagem podendo ser desta forma uma perspectiva altamente viável a sua utilização, principalmente aos pequenos produtores no semi-árido paraibano.