Análise das secas meteorológicas recentes do Estado da Paraíba utilizando o índice padronizado de precipitação e evapotranspiração (SPEI).

• Autor(a) principal: OLIVEIRA, Francisco Fabrício Damião de.
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33231
• topic: Secas; Paraíba; Semiárido; Tendência; SPEI; Drought; Semiarid; Trends; Meteorologia

O estado da Paraíba esta inserido na região Semiárida do Nordeste do Brasil e é muito propensa a secas. Esses eventos climáticos geralmente desenvolvem tremendos efeitos negativos na agricultura, meio ambiente, setor industrial, meio social entre outros. Este trabalho avaliou as variações espaço – temporais de ocorrências de secas no Estado da Paraíba entre 1961 – 2019, conforme quantificado pelo Índice Padronizado de Precipitação e Evapotranspiração (SPEI). Esse índice é uma ferramenta desenvolvida para caracterizar as secas, por meio da definição da sua duração, severidade, intensidade e frequência. Estas foram analisadas usando o SPEI para escalas de tempo múltiplas como: 3, 6, 9, 12 e 24 meses. Foram realizadas análises de tendências com base nos testes não paramétricos de MannKendall e Sen. Os resultados indicam que as secas de curto prazo ocorrem em maior quantidade, duram menos tempo, são mais intensas e estão se tornando mais frequentes. As secas de longo prazo ocorrem em menor quantidade, duram mais tempo, são mais severas, são menos intensas e estão se tornando menos frequentes. A analise de tendência observou que quanto maior é a escala temporal, maiores foram a declividades de tendência indicando aumento de tendências no índice. Por fim, conclui-se que o SPEI é uma ferramenta importante para caracterização de eventos de seca, pois o mesmo identificou o comportamento dos episódios de secas em diferentes escalas de tempo de forma satisfatória servindo desta forma no auxilio e na gestão dos recursos hídricos assim como, na realização da proteção ambiental, na produção de alimentos e também no auxilio dos tomadores de decisão na adoção de estratégias de convivência com as secas.