Potencial terapêutico da canela - de - velho (Miconia albicans): revisão da literatura.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: LOPES, Thays Milena Silva.
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/24048
Resumo: A Miconia albicans é uma das espécies mais importantes da família Melastomataceae, conhecida como “maria-branca”, “lacre-branco”, “folha-branca” e “canela-de-velho”. Segundo relatos da literatura, sua indicação de uso popular é para o tratamento de reumatismo, artrose, artrite, vitiligo, infecções geniturinárias, regulação do ritmo cardíaco, antiofídico, prevenção de infartos, alívio de sintomas febris, e para problemas gástricos. Diante dessa diversidade terapêutica relatada, o presente estudo teve como finalidade realizar uma revisão da literatura sobre a planta Miconia albicans e seu potencial terapêutico. O estudo teve como base a revisão do tipo integrativa sem limitação de tempo nas bases de dados científicos Pubmed, ScienceDirect, Google Acadêmico e na BVS. Dos 113 artigos recuperados nas bases de dados, 31 foram selecionados para compor os resultados, em que foram identificados os compostos fenólicos e os terpenos como as classes de metabólitos secundários, mais prevalentes. Se evidenciou condições relacionadas a dores articulares como artrite, artrose e dor na coluna/costas, como os problemas mais relacionados ao seu uso. As atividades anti-inflamatória e antimicrobiana foram as mais frequentes entre os estudos, mas também foram obtidos resultados positivos para as atividades antioxidante, ansiolítica, anticonvulsivante, analgésica, antidiabética e propriedades antiofídicas. Além de toxicidade sobre Artemia salina, células THP-1 e contra linhagem celular de fibroblastos de pulmão. Foram atribuídos também possíveis mecanismos de ação, o antioxidante ligado ao sequestro de radicais livres, anti-inflamatório a inibição de enzimas da cascata do ácido araquidônico, bloqueio do aumento dos níveis de citocinas inflamatórias, diminuição dos níveis de adipocitocinas e dos receptores solúveis do TNF-α, antidiabético inibição da proteína tirosina fosfatase 1B e ansiolítico relação com os receptores gabaérgicos. À vista disso, a literatura aponta para a necessidade de mais estudos, para uma confirmação confiável, em que se possa garantir um uso seguro da planta e a abertura de um leque de novas opções de terapias medicamentosas para a população, já que seus resultados são promissores e contribuem para a descoberta de novos medicamentos.
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spelling Potencial terapêutico da canela - de - velho (Miconia albicans): revisão da literatura.Therapeutic potential of old cinnamon (Miconia albicans): literature review.Potencial terapéutico de la canela vieja (Miconia albicans): revisión de la literatura.Plantas medicinaisFitoterapiaEtnofarmacologiaMiconia albicansMedicinal plantsPhytotherapyethnopharmacologymyconia albicansPlantas medicinalesEtnofarmacologiaA Miconia albicans é uma das espécies mais importantes da família Melastomataceae, conhecida como “maria-branca”, “lacre-branco”, “folha-branca” e “canela-de-velho”. Segundo relatos da literatura, sua indicação de uso popular é para o tratamento de reumatismo, artrose, artrite, vitiligo, infecções geniturinárias, regulação do ritmo cardíaco, antiofídico, prevenção de infartos, alívio de sintomas febris, e para problemas gástricos. Diante dessa diversidade terapêutica relatada, o presente estudo teve como finalidade realizar uma revisão da literatura sobre a planta Miconia albicans e seu potencial terapêutico. O estudo teve como base a revisão do tipo integrativa sem limitação de tempo nas bases de dados científicos Pubmed, ScienceDirect, Google Acadêmico e na BVS. Dos 113 artigos recuperados nas bases de dados, 31 foram selecionados para compor os resultados, em que foram identificados os compostos fenólicos e os terpenos como as classes de metabólitos secundários, mais prevalentes. Se evidenciou condições relacionadas a dores articulares como artrite, artrose e dor na coluna/costas, como os problemas mais relacionados ao seu uso. As atividades anti-inflamatória e antimicrobiana foram as mais frequentes entre os estudos, mas também foram obtidos resultados positivos para as atividades antioxidante, ansiolítica, anticonvulsivante, analgésica, antidiabética e propriedades antiofídicas. Além de toxicidade sobre Artemia salina, células THP-1 e contra linhagem celular de fibroblastos de pulmão. Foram atribuídos também possíveis mecanismos de ação, o antioxidante ligado ao sequestro de radicais livres, anti-inflamatório a inibição de enzimas da cascata do ácido araquidônico, bloqueio do aumento dos níveis de citocinas inflamatórias, diminuição dos níveis de adipocitocinas e dos receptores solúveis do TNF-α, antidiabético inibição da proteína tirosina fosfatase 1B e ansiolítico relação com os receptores gabaérgicos. À vista disso, a literatura aponta para a necessidade de mais estudos, para uma confirmação confiável, em que se possa garantir um uso seguro da planta e a abertura de um leque de novas opções de terapias medicamentosas para a população, já que seus resultados são promissores e contribuem para a descoberta de novos medicamentos.Miconia albicans is one of the most important species of the Melastomataceae family, known as “maria-branca”, “lacre-branco”, “folha-branca” and “canela-de-velho”. According to reports in the literature, its popular use indication is for the treatment of rheumatism, arthrosis, arthritis, vitiligo, genitourinary infections, regulation of heart rhythm, antiophidic, prevention of heart attacks, relief of febrile symptoms, and for gastric problems. Given this reported therapeutic diversity, the present study aims to review the literature on the Miconia albicans plant and its therapeutic potential. The study was based on an integrative review without time limitation in the scientific databases Pubmed, ScienceDirect, Google Scholar and the BVS. Of the 113 articles retrieved from the databases, 31 were selected to compose the results, in which phenolic compounds and terpenes were identified as the most prevalent classes of secondary metabolites. Conditions related to joint pain such as arthritis, osteoarthritis and pain in the spine/back were evidenced, as the problems most related to its use. Anti-inflammatory and antimicrobial activities were the most frequent among the studies, but positive results were also obtained for antioxidant, anxiolytic, anticonvulsant, analgesic, antidiabetic and antiophidic properties. In addition to toxicity against Artemia salina, THP-1 cells and against lung fibroblast cell lineage. Possible mechanisms of action were also attributed, the antioxidant linked to the scavenging of free radicals, anti-inflammatory inhibition of arachidonic acid cascade enzymes, blocking the increase in inflammatory cytokine levels, decreased levels of adipocytokines and soluble TNF receptors -α, antidiabetic inhibition of protein tyrosine phosphatase 1B and anxiolytic relationship with GABAergic receptors. In view of this, the literature points to the need for more studies, for a reliable confirmation, in which a safe use of the plant can be guaranteed and the opening of a range of new drug therapy options for the population, since its results are promising and contribute to the discovery of new drugs.Miconia albicans es una de las especies más importantes de la familia Melastomataceae, conocidas como “maria-branca”, “lacre-branco”, “folha-branca” y “canela-de-velho”. Segundo reporta en la literatura, su indicación de uso popular es para el tratamiento del reumatismo, artrosis, artritis, vitíligo, infecciones genitourinarias, regulación del ritmo cardíaco, antiveneno, prevención de infartos, alivio de síntomas febriles y para problemas gástricos. Ante esta diversidad terapia, el presente estudio tuvo como objetivo realizar una revisión de la literatura sobre la planta Miconia albicans y su potencial terapéutico. El estudio se basó en una revisión tipo integrador sin limitación de tiempo en bases de datos científicas Pubmed, ScienceDirect, Google Scholar y la BVS. De los 113 artículos recuperados de las bases de datos, Se seleccionaron 31 para componer los resultados, en los que se identificaron los compuestos fenoles y terpenos como las clases más prevalentes de metabolitos secundarios. si condiciones evidenciadas relacionadas con el dolor articular como artritis, artrosis y dolor en la columna/espalda, como los problemas más relacionados con su uso. Las actividades antiinflamatorias y antimicrobianos fueron los más frecuentes entre los estudios, pero también se obtuvieron resultados positivos para antioxidante, ansiolítico, anticonvulsivo, analgésico, Propiedades antidiabéticas y antiofídicas. Además de la toxicidad en Artemia salina, las células THP-1 y contra la línea celular de fibroblastos de pulmón. Posibles también fueron asignados mecanismos de acción, el antioxidante vinculado a la eliminación de radicales libres, antiinflamatorio a inhibición de las enzimas de la cascada del ácido araquidónico, bloqueando el aumento de citoquinas inflamatorias, niveles disminuidos de adipocitoquinas y receptores solubles de TNF-α, inhibición antidiabética de la proteína tirosina fosfatasa 1B y relación ansiolítica con el Receptores GABAérgicos. En vista de esto, la literatura apunta a la necesidad de más estudios, para una confirmación fiable, en la que se puede garantizar un uso seguro de la planta y la apertura de una gama de nuevas opciones farmacoterapéuticas para la población, los resultados son prometedores y contribuyen al descubrimiento de nuevos fármacos.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Educação e Saúde - CESUFCGSOUZA, Júlia Beatriz Pereira de.SOUZA, J. B. P.http://lattes.cnpq.br/1441116996097068SOBREIRA, Ana Laura de Cabral.SOBREIRA, A. L. 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