Latinidade e imagens de si na tradiÃÃo editorialÃstica do Jornal do Brasil e no ClarÃn nos sÃculos XX e XXI: vestÃgios de mudanÃa e traÃos de permanÃncia

• Autor(a) principal: Lucineudo Machado Irineu
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=12362
• topic: Ethos; TradiÃÃes discursivas; Latinidade; Jornal do Brasil; ClarÃn; Ethos; Tradiciones discursivas; Latinidade; Jornal do Brasil; ClarÃn; LINGUISTICA

Conjugando pressupostos teÃrico-metodolÃgicos da AnÃlise do Discurso francesa e da Filologia RomÃnica alemÃ, em diÃlogo com os Estudos Culturais antropolÃgicos, esta tese constrÃi como objeto de pesquisa o conjunto de imagens discursivas, em constituiÃÃo diacrÃnica, projetadas em textos opinativos dos sÃculos XX e XXI do Jornal do Brasil e do ClarÃn, a partir da hipÃtese de que o conceito de tradiÃÃes discursivas pode lanÃar luz à investigaÃÃo diacrÃnica do ethos discursivo, pela descriÃÃo de seus vestÃgios de mudanÃa e de seus traÃos de permanÃncia, na histÃria. Deste modo, o presente estudo objetiva reconstruir a trajetÃria histÃrica do ethos que os enunciadores dos dois jornais enfocados projetam no discurso jornalÃstico, em editoriais publicados no Brasil e na Argentina que tratam de temas da latinidade da AmÃrica Latina, no perÃodo de 1945 a 2014. Para a execuÃÃo deste objetivo, realizamos uma investigaÃÃo linguÃstico-discursiva em trÃs cenas. Em uma primeira cena teÃrico-conceitual, debruÃamo-nos sobre os conceitos de latinidade da AmÃrica Latina, de ethos discursivo e de tradiÃÃes discursivas a partir dos postulados de GarcÃa Canclini (2008a, 2008b), Maingueneau (2008a, 2008b) e Kabatek (2005, 2007), dentre outros. Na sequÃncia, em uma segunda cena metodolÃgica, recorremos a procedimentos da AnÃlise do Discurso e da Filologia RomÃnica para o exame (interpretaÃÃo e descriÃÃo) dos 50 exemplares de editoriais que compÃem o corpus desta pesquisa, organizados em duas geraÃÃes de textos, em blocos de 35 anos cada uma. Por fim, em uma terceira cena analÃtica, procedemos ao exame dos editoriais no que se refere Ãs seguintes categorias: cena enunciativa (cena englobante, cena genÃrica, cenografias e imagens de si dos enunciadores), conforme Maingueneau (2008a, 2008b), e tradiÃÃes discursivas (vestÃgios de mudanÃa e traÃos de permanÃncia no conjunto de imagens de si dos enunciadores, nas cenografias e nos elementos dÃiticos e lexicais pelos quais se expressam), consoante Kabatek (2005, 2007), dentre outros. ApÃs as anÃlises, à possÃvel afirmar que as imagens de si dos enunciadores mudam de um tempo a outro e de uma cultura a outra, em funÃÃo das cenografias e dos Ãndices linguÃstico-discursivos mobilizados, evidenciando que, de fato, o discurso à um espaÃo de regularidades enunciativas observÃveis em termos de sua expressÃo no plano diacrÃnico. Acredita-se, assim, que esta pesquisa contribui para a expansÃo dos estudos linguÃsticos no que diz respeito à abordagem diacrÃnica de fenÃmenos discursivos, tais como as imagens de si.