Qualidade de vida entre pacientes com doenÃa renal crÃnica em hemodiÃlise: seguimento de dois anos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paulo Roberto Santos
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3569
Resumo: O transplante renal à a terapia que oferece maior sobrevida e melhor qualidade de vida (QV) para pacientes com doenÃa renal crÃnica (DRC). Entretanto, mundialmente observa-se carÃncia de ÃrgÃos para realizaÃÃo de transplantes ocasionando grande tempo de permanÃncia dos pacientes em terapia dialÃtica. Objetivos: Identificar mudanÃa de nÃvel de QV e verificar associaÃÃo de variÃveis com nÃvel inicial e mudanÃa de QV em portadores de DRC submetidos à hemodiÃlise (HD) durante seguimento de 24 meses. Materiais e mÃtodos: A amostra foi formada pelos pacientes em HD regular na Ãnica unidade de diÃlise da regiÃo norte do CearÃ, Brasil. Foram incluÃdos maiores de 18 anos, nunca submetidos a transplante renal e com pelo menos trÃs meses sob terapia dialÃtica. Cento e sessenta e quatro pacientes foram submetidos a uma avaliaÃÃo e tiveram seus dados analisados de forma transversal. Noventa e dois foram submetidos a pelo menos duas avaliaÃÃes e foram analisados longitudinalmente. Ao serem incluÃdos no estudo os pacientes tiveram seus dados demogrÃficos, clÃnicos e laboratoriais coletados; foram classificados de acordo com grau de comorbidade pelo Ãndice de Khan; e foram submetidos ao instrumento de medida de QV SF-36. Anualmente os pacientes eram re-avaliados laboratorialmente e submetidos à nova avaliaÃÃo pelo instrumento SF-36. RegressÃo linear pelo mÃtodo stepwise foi utilizada para estimar a correlaÃÃo entre as variÃveis e o nÃvel inicial de QV. A mudanÃa de nÃvel de QV foi determinada pela anÃlise de variÃncia para medidas repetidas com uso de co-variÃveis (ANCOVA) considerando pontuaÃÃo inicial e final, e pelo cÃlculo da taxa de variaÃÃo mensal (pontuaÃÃo final menos pontuaÃÃo inicial com divisÃo do resultado pelos meses de seguimento). As variÃveis contÃnuas foram testadas quanto a sua associaÃÃo com mudanÃa de QV por regressÃo linear, e as variÃveis categÃricas pela estratificaÃÃo da amostra de acordo com a taxa de variaÃÃo mensal em trÃs grupos: melhora, piora, e sem mudanÃa. Resultados: O nÃvel de QV apresentou melhora em relaÃÃo Ãs dimensÃes Aspectos sociais (63,8 vs. 75,0; p=0,001), Aspectos emocionais (39,7 vs. 63,1; p<0,001) e SaÃde mental (63,1 vs. 69,0; p=0,009). Entre os pacientes com baixo grau de comorbidade, alÃm das dimensÃes citadas, houve melhora das dimensÃes Capacidade funcional (56,7 versus 63,5; p=0,014) e Dor (56,7 vs. 66,5; p=0,009). Idade e albumina foram as principais variÃveis correlacionadas com nÃvel inicial de QV. A idade se associou negativamente com as oito dimensÃes de QV: Capacidade funcional (r=-0,312; p<0,001), LimitaÃÃo por aspectos fÃsicos (r=-0,262; p<0,001), Dor (r=-0,157; p=0,049), Estado geral de saÃde (r=-0,232; p=0,003), Vitalidade (r=-0,298; p<0,001), Aspectos sociais (r=-0,293; p=<0,001), LimitaÃÃo por aspectos emocionais (r=-0,260; p=0,001) e SaÃde mental (r=-0,217; p=0,006). O nÃvel de albumina se correlacionou positivamente com Capacidade funcional (r=0,218; p=0,006), Dor (r=0,276; p<0,001), Estado geral de saÃde (r=0,268; p<0,001), Vitalidade (r=0,270; p<0,001) e Aspectos sociais (r=0,250; p=0,001). A idade e o nÃvel de creatinina se correlacionaram com mudanÃa do nÃvel de QV estimada pela taxa de variaÃÃo mensal. A idade se associou negativamente com Dor (r=-0,031; p=0,024), explicando 9,0% da variaÃÃo, e creatinina se correlacionou positivamente com Estado geral de saÃde (r=0,096; p=0,040), explicando 4,6% da variaÃÃo. Mais mulheres do que homens evoluÃram com piora da Capacidade Funcional [19 (50,0%) vs. 11 (21,2%); p=0,006]. ConclusÃes: Houve melhora dos aspectos mentais de qualidade de vida entre os pacientes. Essa melhora deve ser encarada como fator favorÃvel para implementaÃÃo de intervenÃÃes sobre os aspectos fÃsicos de qualidade de vida, com especial atenÃÃo aos pacientes do sexo feminino e com maior grau de comorbidade. O avanÃar da idade e nÃveis baixos dos marcadores do estado nutricional (albumina e creatinina) devem ser considerados indicadores de risco para pior nÃvel de QV.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisQualidade de vida entre pacientes com doenÃa renal crÃnica em hemodiÃlise: seguimento de dois anosQuality of life among chronic kidney disease patients undergoing hemodialysis: A two-year follow-up2009-06-09LÃgia Regina Franco Sansigolo Kerr12225734828http://lattes.cnpq.br/6549222399222061Elizabeth de Francesco Daher18772919353http://lattes.cnpq.br/4855968398515646SÃnia Leite da Silva55600557949http://lattes.cnpq.br/0025928223417728Andrà FÃrrer Carvalho62626922315http://lattes.cnpq.br/4167422383882509AntÃnio Alberto da Silva Lopes0850532256874616218749http://lattes.cnpq.br/5397434625609603Paulo Roberto SantosUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em CiÃncias MÃdicasUFCBRHemodialysis Chronic Renal Insufficiency Quality of lifeMEDICINAO transplante renal à a terapia que oferece maior sobrevida e melhor qualidade de vida (QV) para pacientes com doenÃa renal crÃnica (DRC). Entretanto, mundialmente observa-se carÃncia de ÃrgÃos para realizaÃÃo de transplantes ocasionando grande tempo de permanÃncia dos pacientes em terapia dialÃtica. Objetivos: Identificar mudanÃa de nÃvel de QV e verificar associaÃÃo de variÃveis com nÃvel inicial e mudanÃa de QV em portadores de DRC submetidos à hemodiÃlise (HD) durante seguimento de 24 meses. Materiais e mÃtodos: A amostra foi formada pelos pacientes em HD regular na Ãnica unidade de diÃlise da regiÃo norte do CearÃ, Brasil. Foram incluÃdos maiores de 18 anos, nunca submetidos a transplante renal e com pelo menos trÃs meses sob terapia dialÃtica. Cento e sessenta e quatro pacientes foram submetidos a uma avaliaÃÃo e tiveram seus dados analisados de forma transversal. Noventa e dois foram submetidos a pelo menos duas avaliaÃÃes e foram analisados longitudinalmente. Ao serem incluÃdos no estudo os pacientes tiveram seus dados demogrÃficos, clÃnicos e laboratoriais coletados; foram classificados de acordo com grau de comorbidade pelo Ãndice de Khan; e foram submetidos ao instrumento de medida de QV SF-36. Anualmente os pacientes eram re-avaliados laboratorialmente e submetidos à nova avaliaÃÃo pelo instrumento SF-36. RegressÃo linear pelo mÃtodo stepwise foi utilizada para estimar a correlaÃÃo entre as variÃveis e o nÃvel inicial de QV. A mudanÃa de nÃvel de QV foi determinada pela anÃlise de variÃncia para medidas repetidas com uso de co-variÃveis (ANCOVA) considerando pontuaÃÃo inicial e final, e pelo cÃlculo da taxa de variaÃÃo mensal (pontuaÃÃo final menos pontuaÃÃo inicial com divisÃo do resultado pelos meses de seguimento). 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A idade se associou negativamente com as oito dimensÃes de QV: Capacidade funcional (r=-0,312; p<0,001), LimitaÃÃo por aspectos fÃsicos (r=-0,262; p<0,001), Dor (r=-0,157; p=0,049), Estado geral de saÃde (r=-0,232; p=0,003), Vitalidade (r=-0,298; p<0,001), Aspectos sociais (r=-0,293; p=<0,001), LimitaÃÃo por aspectos emocionais (r=-0,260; p=0,001) e SaÃde mental (r=-0,217; p=0,006). O nÃvel de albumina se correlacionou positivamente com Capacidade funcional (r=0,218; p=0,006), Dor (r=0,276; p<0,001), Estado geral de saÃde (r=0,268; p<0,001), Vitalidade (r=0,270; p<0,001) e Aspectos sociais (r=0,250; p=0,001). A idade e o nÃvel de creatinina se correlacionaram com mudanÃa do nÃvel de QV estimada pela taxa de variaÃÃo mensal. A idade se associou negativamente com Dor (r=-0,031; p=0,024), explicando 9,0% da variaÃÃo, e creatinina se correlacionou positivamente com Estado geral de saÃde (r=0,096; p=0,040), explicando 4,6% da variaÃÃo. Mais mulheres do que homens evoluÃram com piora da Capacidade Funcional [19 (50,0%) vs. 11 (21,2%); p=0,006]. ConclusÃes: Houve melhora dos aspectos mentais de qualidade de vida entre os pacientes. Essa melhora deve ser encarada como fator favorÃvel para implementaÃÃo de intervenÃÃes sobre os aspectos fÃsicos de qualidade de vida, com especial atenÃÃo aos pacientes do sexo feminino e com maior grau de comorbidade. O avanÃar da idade e nÃveis baixos dos marcadores do estado nutricional (albumina e creatinina) devem ser considerados indicadores de risco para pior nÃvel de QV. Kidney transplantation is the therapy that offers longest lifetime and best quality of life (QL) in patients with chronic kidney disease (CKD). However, worldwide there is lack of organs to transplant, causing the need for long-term dialysis therapy. Objectives: To identify changes in QL level and verify the association between variables and initial level and changes in QL in CKD patients undergoing hemodialysis (HD) during a follow-up of 24 months. Materials and methods: The sample consisted of patients undergoing regular HD in the only renal unit in the north of Cearà state, Brazil. We included those older than 18 years who never had kidney transplant and had been under dialysis at for least three months. Hundred and sixty-four patients were submitted to one evaluation and their data composed a transversal analysis. Ninety-two were submitted at least to two evaluations and were studied by longitudinal analysis. At baseline we collected demographic, clinical and laboratory data; classified the patients according to comorbidity by the Khan index; and submitted them to the SF-36 questionnaire in order to measure QL. Every year the patients were re-evaluated with laboratory tests and submitted again to the SF-36. Linear regression by the stepwise method was used to estimate the correlation between variables and initial level of QL. Change in QL level was detected by analysis of variance using co-variables (ANCOVA), considering the initial and final scores, and by the monthly variation rate (final minus initial score divided by number of months of follow-up). Continuous variables were tested for their association with change in QL by linear regression, and the categorical variables were stratified according to monthly variation rate into three groups: improving, worsening, and no change. Results: QL level improved with respect to Social functioning (63.8 vs. 75.0; p=0.001), Role-emotional (39.7 vs. 63.1; p<0.001) and Mental health (63.1 vs. 69.0; p=0.009). Among low comorbidity patients, besides improvement in these dimensions, there was improvement in Physical functioning (56.7 vs. 63.5; p=0.014) and Bodily pain (56.7 vs. 66.5; p=0.009). Age and albumin were strong correlators due to the initial QL level. Age was negatively associated with all eight QL dimensions: Physical functioning (r=-0,312; p<0,001), Role-physical (r=-0,262; p<0,001), Bodily pain (r=-0,157; p=0,049), General health (r=-0,232; p=0,003), Vitality (r=-0,298; p<0,001), Social functioning (r=-0,293; p=<0,001), Role-emotional (r=-0,260; p=0,001) and Mental health (r=-0,217; p=0,006). Albumin was positively associated with: Physical functioning (r=0,218; p=0,006), Bodily pain (r=0,276; p<0,001), General health (r=0,268; p<0,001), Vitality (r=0,270; p<0,001) and Social functioning (r=0,250; p=0,001). Age and creatinine level were associated with changes in QL estimated by monthly variation rate. Age was negatively associated with Bodily pain (r=-0,031; p=0,024), responsible for 9.0% of its variation, and creatinine was positively correlated with General health (r=0,096; p=0,040), responsible for 4.6% in its variation. More women than men worsened in Physical functioning [19 (50.0%) vs. 11 (21.2%); p=0.006]. Conclusions: There was improvement in mental aspects of QL among the patients. This improvement should be seen as a favorable factor to implement interventions aimed at the physical aspects of QL, with special attention to women and high-grade comorbidity patients. Ageing and low level of the laboratory markers related to nutritional status (albumin and creatinine) should be considered as risk markers of poorer QL level.nÃo hÃhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3569application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:16:42Zmail@mail.com -
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dc.description.abstract.por.fl_txt_mv O transplante renal à a terapia que oferece maior sobrevida e melhor qualidade de vida (QV) para pacientes com doenÃa renal crÃnica (DRC). Entretanto, mundialmente observa-se carÃncia de ÃrgÃos para realizaÃÃo de transplantes ocasionando grande tempo de permanÃncia dos pacientes em terapia dialÃtica. Objetivos: Identificar mudanÃa de nÃvel de QV e verificar associaÃÃo de variÃveis com nÃvel inicial e mudanÃa de QV em portadores de DRC submetidos à hemodiÃlise (HD) durante seguimento de 24 meses. Materiais e mÃtodos: A amostra foi formada pelos pacientes em HD regular na Ãnica unidade de diÃlise da regiÃo norte do CearÃ, Brasil. Foram incluÃdos maiores de 18 anos, nunca submetidos a transplante renal e com pelo menos trÃs meses sob terapia dialÃtica. Cento e sessenta e quatro pacientes foram submetidos a uma avaliaÃÃo e tiveram seus dados analisados de forma transversal. Noventa e dois foram submetidos a pelo menos duas avaliaÃÃes e foram analisados longitudinalmente. Ao serem incluÃdos no estudo os pacientes tiveram seus dados demogrÃficos, clÃnicos e laboratoriais coletados; foram classificados de acordo com grau de comorbidade pelo Ãndice de Khan; e foram submetidos ao instrumento de medida de QV SF-36. Anualmente os pacientes eram re-avaliados laboratorialmente e submetidos à nova avaliaÃÃo pelo instrumento SF-36. RegressÃo linear pelo mÃtodo stepwise foi utilizada para estimar a correlaÃÃo entre as variÃveis e o nÃvel inicial de QV. A mudanÃa de nÃvel de QV foi determinada pela anÃlise de variÃncia para medidas repetidas com uso de co-variÃveis (ANCOVA) considerando pontuaÃÃo inicial e final, e pelo cÃlculo da taxa de variaÃÃo mensal (pontuaÃÃo final menos pontuaÃÃo inicial com divisÃo do resultado pelos meses de seguimento). As variÃveis contÃnuas foram testadas quanto a sua associaÃÃo com mudanÃa de QV por regressÃo linear, e as variÃveis categÃricas pela estratificaÃÃo da amostra de acordo com a taxa de variaÃÃo mensal em trÃs grupos: melhora, piora, e sem mudanÃa. Resultados: O nÃvel de QV apresentou melhora em relaÃÃo Ãs dimensÃes Aspectos sociais (63,8 vs. 75,0; p=0,001), Aspectos emocionais (39,7 vs. 63,1; p<0,001) e SaÃde mental (63,1 vs. 69,0; p=0,009). Entre os pacientes com baixo grau de comorbidade, alÃm das dimensÃes citadas, houve melhora das dimensÃes Capacidade funcional (56,7 versus 63,5; p=0,014) e Dor (56,7 vs. 66,5; p=0,009). Idade e albumina foram as principais variÃveis correlacionadas com nÃvel inicial de QV. A idade se associou negativamente com as oito dimensÃes de QV: Capacidade funcional (r=-0,312; p<0,001), LimitaÃÃo por aspectos fÃsicos (r=-0,262; p<0,001), Dor (r=-0,157; p=0,049), Estado geral de saÃde (r=-0,232; p=0,003), Vitalidade (r=-0,298; p<0,001), Aspectos sociais (r=-0,293; p=<0,001), LimitaÃÃo por aspectos emocionais (r=-0,260; p=0,001) e SaÃde mental (r=-0,217; p=0,006). O nÃvel de albumina se correlacionou positivamente com Capacidade funcional (r=0,218; p=0,006), Dor (r=0,276; p<0,001), Estado geral de saÃde (r=0,268; p<0,001), Vitalidade (r=0,270; p<0,001) e Aspectos sociais (r=0,250; p=0,001). A idade e o nÃvel de creatinina se correlacionaram com mudanÃa do nÃvel de QV estimada pela taxa de variaÃÃo mensal. A idade se associou negativamente com Dor (r=-0,031; p=0,024), explicando 9,0% da variaÃÃo, e creatinina se correlacionou positivamente com Estado geral de saÃde (r=0,096; p=0,040), explicando 4,6% da variaÃÃo. Mais mulheres do que homens evoluÃram com piora da Capacidade Funcional [19 (50,0%) vs. 11 (21,2%); p=0,006]. ConclusÃes: Houve melhora dos aspectos mentais de qualidade de vida entre os pacientes. Essa melhora deve ser encarada como fator favorÃvel para implementaÃÃo de intervenÃÃes sobre os aspectos fÃsicos de qualidade de vida, com especial atenÃÃo aos pacientes do sexo feminino e com maior grau de comorbidade. O avanÃar da idade e nÃveis baixos dos marcadores do estado nutricional (albumina e creatinina) devem ser considerados indicadores de risco para pior nÃvel de QV.
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv Kidney transplantation is the therapy that offers longest lifetime and best quality of life (QL) in patients with chronic kidney disease (CKD). However, worldwide there is lack of organs to transplant, causing the need for long-term dialysis therapy. Objectives: To identify changes in QL level and verify the association between variables and initial level and changes in QL in CKD patients undergoing hemodialysis (HD) during a follow-up of 24 months. Materials and methods: The sample consisted of patients undergoing regular HD in the only renal unit in the north of Cearà state, Brazil. We included those older than 18 years who never had kidney transplant and had been under dialysis at for least three months. Hundred and sixty-four patients were submitted to one evaluation and their data composed a transversal analysis. Ninety-two were submitted at least to two evaluations and were studied by longitudinal analysis. At baseline we collected demographic, clinical and laboratory data; classified the patients according to comorbidity by the Khan index; and submitted them to the SF-36 questionnaire in order to measure QL. Every year the patients were re-evaluated with laboratory tests and submitted again to the SF-36. Linear regression by the stepwise method was used to estimate the correlation between variables and initial level of QL. Change in QL level was detected by analysis of variance using co-variables (ANCOVA), considering the initial and final scores, and by the monthly variation rate (final minus initial score divided by number of months of follow-up). Continuous variables were tested for their association with change in QL by linear regression, and the categorical variables were stratified according to monthly variation rate into three groups: improving, worsening, and no change. Results: QL level improved with respect to Social functioning (63.8 vs. 75.0; p=0.001), Role-emotional (39.7 vs. 63.1; p<0.001) and Mental health (63.1 vs. 69.0; p=0.009). Among low comorbidity patients, besides improvement in these dimensions, there was improvement in Physical functioning (56.7 vs. 63.5; p=0.014) and Bodily pain (56.7 vs. 66.5; p=0.009). Age and albumin were strong correlators due to the initial QL level. Age was negatively associated with all eight QL dimensions: Physical functioning (r=-0,312; p<0,001), Role-physical (r=-0,262; p<0,001), Bodily pain (r=-0,157; p=0,049), General health (r=-0,232; p=0,003), Vitality (r=-0,298; p<0,001), Social functioning (r=-0,293; p=<0,001), Role-emotional (r=-0,260; p=0,001) and Mental health (r=-0,217; p=0,006). Albumin was positively associated with: Physical functioning (r=0,218; p=0,006), Bodily pain (r=0,276; p<0,001), General health (r=0,268; p<0,001), Vitality (r=0,270; p<0,001) and Social functioning (r=0,250; p=0,001). Age and creatinine level were associated with changes in QL estimated by monthly variation rate. Age was negatively associated with Bodily pain (r=-0,031; p=0,024), responsible for 9.0% of its variation, and creatinine was positively correlated with General health (r=0,096; p=0,040), responsible for 4.6% in its variation. More women than men worsened in Physical functioning [19 (50.0%) vs. 11 (21.2%); p=0.006]. Conclusions: There was improvement in mental aspects of QL among the patients. This improvement should be seen as a favorable factor to implement interventions aimed at the physical aspects of QL, with special attention to women and high-grade comorbidity patients. Ageing and low level of the laboratory markers related to nutritional status (albumin and creatinine) should be considered as risk markers of poorer QL level.
description O transplante renal à a terapia que oferece maior sobrevida e melhor qualidade de vida (QV) para pacientes com doenÃa renal crÃnica (DRC). Entretanto, mundialmente observa-se carÃncia de ÃrgÃos para realizaÃÃo de transplantes ocasionando grande tempo de permanÃncia dos pacientes em terapia dialÃtica. Objetivos: Identificar mudanÃa de nÃvel de QV e verificar associaÃÃo de variÃveis com nÃvel inicial e mudanÃa de QV em portadores de DRC submetidos à hemodiÃlise (HD) durante seguimento de 24 meses. Materiais e mÃtodos: A amostra foi formada pelos pacientes em HD regular na Ãnica unidade de diÃlise da regiÃo norte do CearÃ, Brasil. Foram incluÃdos maiores de 18 anos, nunca submetidos a transplante renal e com pelo menos trÃs meses sob terapia dialÃtica. Cento e sessenta e quatro pacientes foram submetidos a uma avaliaÃÃo e tiveram seus dados analisados de forma transversal. Noventa e dois foram submetidos a pelo menos duas avaliaÃÃes e foram analisados longitudinalmente. Ao serem incluÃdos no estudo os pacientes tiveram seus dados demogrÃficos, clÃnicos e laboratoriais coletados; foram classificados de acordo com grau de comorbidade pelo Ãndice de Khan; e foram submetidos ao instrumento de medida de QV SF-36. Anualmente os pacientes eram re-avaliados laboratorialmente e submetidos à nova avaliaÃÃo pelo instrumento SF-36. RegressÃo linear pelo mÃtodo stepwise foi utilizada para estimar a correlaÃÃo entre as variÃveis e o nÃvel inicial de QV. A mudanÃa de nÃvel de QV foi determinada pela anÃlise de variÃncia para medidas repetidas com uso de co-variÃveis (ANCOVA) considerando pontuaÃÃo inicial e final, e pelo cÃlculo da taxa de variaÃÃo mensal (pontuaÃÃo final menos pontuaÃÃo inicial com divisÃo do resultado pelos meses de seguimento). As variÃveis contÃnuas foram testadas quanto a sua associaÃÃo com mudanÃa de QV por regressÃo linear, e as variÃveis categÃricas pela estratificaÃÃo da amostra de acordo com a taxa de variaÃÃo mensal em trÃs grupos: melhora, piora, e sem mudanÃa. Resultados: O nÃvel de QV apresentou melhora em relaÃÃo Ãs dimensÃes Aspectos sociais (63,8 vs. 75,0; p=0,001), Aspectos emocionais (39,7 vs. 63,1; p<0,001) e SaÃde mental (63,1 vs. 69,0; p=0,009). Entre os pacientes com baixo grau de comorbidade, alÃm das dimensÃes citadas, houve melhora das dimensÃes Capacidade funcional (56,7 versus 63,5; p=0,014) e Dor (56,7 vs. 66,5; p=0,009). Idade e albumina foram as principais variÃveis correlacionadas com nÃvel inicial de QV. A idade se associou negativamente com as oito dimensÃes de QV: Capacidade funcional (r=-0,312; p<0,001), LimitaÃÃo por aspectos fÃsicos (r=-0,262; p<0,001), Dor (r=-0,157; p=0,049), Estado geral de saÃde (r=-0,232; p=0,003), Vitalidade (r=-0,298; p<0,001), Aspectos sociais (r=-0,293; p=<0,001), LimitaÃÃo por aspectos emocionais (r=-0,260; p=0,001) e SaÃde mental (r=-0,217; p=0,006). O nÃvel de albumina se correlacionou positivamente com Capacidade funcional (r=0,218; p=0,006), Dor (r=0,276; p<0,001), Estado geral de saÃde (r=0,268; p<0,001), Vitalidade (r=0,270; p<0,001) e Aspectos sociais (r=0,250; p=0,001). A idade e o nÃvel de creatinina se correlacionaram com mudanÃa do nÃvel de QV estimada pela taxa de variaÃÃo mensal. A idade se associou negativamente com Dor (r=-0,031; p=0,024), explicando 9,0% da variaÃÃo, e creatinina se correlacionou positivamente com Estado geral de saÃde (r=0,096; p=0,040), explicando 4,6% da variaÃÃo. Mais mulheres do que homens evoluÃram com piora da Capacidade Funcional [19 (50,0%) vs. 11 (21,2%); p=0,006]. ConclusÃes: Houve melhora dos aspectos mentais de qualidade de vida entre os pacientes. Essa melhora deve ser encarada como fator favorÃvel para implementaÃÃo de intervenÃÃes sobre os aspectos fÃsicos de qualidade de vida, com especial atenÃÃo aos pacientes do sexo feminino e com maior grau de comorbidade. O avanÃar da idade e nÃveis baixos dos marcadores do estado nutricional (albumina e creatinina) devem ser considerados indicadores de risco para pior nÃvel de QV.
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