ConsciÃncia Corporal e Ancestralidade Africana: Conceitos SociopoÃticos Produzidos por Pessoas de Santo
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3192 |
Resumo: | FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà |
id |
UFC_aa30054108430e23bc8d35e201e50031 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.teses.ufc.br:2389 |
network_acronym_str |
UFC |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
spelling |
info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisConsciÃncia Corporal e Ancestralidade Africana: Conceitos SociopoÃticos Produzidos por Pessoas de SantoBody Consciousness and African ancestry: Concepts âSociopoeticosâ produced by people of holy2009-03-25Sandra HaydÃe Petit61954551304Henrique Antunes Cunha JÃnior62585673804Jacques Henri Maurice Gauthier07938497568http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4230665J6Norval Batista CruzUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em EducaÃÃoUFCBRAfricanidade Ancestralidade Africana RelaÃÃes Ãtnico-raciais ConsciÃncia Corporal African African Ancestry Racial Ethnic Relation Body ConsciousnessEDUCACAOFundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do CearÃEste estudo apresenta os conceitos sociopoÃticos produzidos por uma comunidade de terreiro de candomblÃ, Ilà Axà Omo TifÃ, localizada no bairro de Jangurussu, na periferia de Fortaleza-Ce. O tema gerador da pesquisa à consciÃncia corporal e ancestralidade africana. Noto que, apesar dos terreiros de candomblÃ, em principio estarem mais conectados com a cultura de matriz africana, nem sempre se encontra uma prÃtica de consciÃncia corporal associada à ancestralidade africana e Ãs vezes, hà uma dificuldade de conexÃo entre as prÃticas religiosas e as dimensÃes corporais da cosmovisÃo africana. Diante deste contexto, neste estudo procuro responder a seguinte pergunta: Quais os conceitos que as pessoas de santo produzem a respeito da consciÃncia corporal e da ancestralidade africana e a relaÃÃo entre os mesmos? Outra pergunta Ã: atà que ponto as pessoas de santo produzem conceitos que escapam dos valores eurocÃntricos racionalistas? O mÃtodo utilizado foi o sociopoÃtico, onde o grupo alvo da pesquisa se transforma em co-pesquisadores/as do tema, participando com o pesquisador oficial de todo o processo da investigaÃÃo, objetivando produzir confetos (conceitos perpassados de afetos, sentimentos e emoÃÃes que apresentam sentidos desterritorializados). Nesta pesquisa, o grupo foi formado por dez pessoas entre iaÃs, (iniciados) abiÃs (prÃ-iniciados) e ogans (auxiliares da MÃe de Santo). Um dos princÃpios da sociopoÃtica à o corpo enquanto fonte de conhecimento, por isso recorre-se a vivÃncias e tÃcnicas artÃsticas, visando aguÃar os cinco sentidos e a imaginaÃÃo. Nesta pesquisa realizei trÃs vivÃncias com o grupo. A primeira foi a vivÃncia lunar, efetuada à noite, na AbreulÃndia, numa regiÃo agreste, com mar, dunas, lagoas, mangues e matas. Foi um ritual. Fizemos caminhadas, acessamos bases ancestrais (cÃcoras, movimentos dos animais, rastejamentos, descidas invertidas em dunas, reverÃncias aos elementos da natureza, etc.). A segunda vivÃncia foi a danÃa africana onde, apÃs o momento de relaxamento, o grupo realizou movimentos individuais e coletivos de auto-percepÃÃo e danÃas de vÃrias partes da Ãfrica e sua diÃspora. A terceira vivÃncia foi com argila. Com os olhos vendados, os co-pesquisadores produziram esculturas. A partir dessas vivÃncias, eles construÃram confetos relativos ao tema gerador, tais como: ancestralidade raiz (saberes da tradiÃÃo oral), homem terra (aquele que senta seu Ãnus no chÃo ao contrÃrio do homem moderno que senta na cadeira), rasgar a natureza (destruiÃÃo da natureza), exu impulso (energia que joga para frente e faz as coisas se movimentarem), corpo sinuosidade (movimento estÃtico, porÃm circular), Ãgua-fogo (sensaÃÃo de fogo dentro da Ãgua gelada). Concluo que esta pesquisa produziu conceitos surpreendentes, desterritorializados dos valores eurocÃntricos e dos chavÃes, gerando na minha pessoa um sentimento de felicidade e prazer, por ter me apropriado, junto com o grupo, das energias vivas da nossa ancestralidade.http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3192application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:16:15Zmail@mail.com - |
dc.title.pt.fl_str_mv |
ConsciÃncia Corporal e Ancestralidade Africana: Conceitos SociopoÃticos Produzidos por Pessoas de Santo |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Body Consciousness and African ancestry: Concepts âSociopoeticosâ produced by people of holy |
title |
ConsciÃncia Corporal e Ancestralidade Africana: Conceitos SociopoÃticos Produzidos por Pessoas de Santo |
spellingShingle |
ConsciÃncia Corporal e Ancestralidade Africana: Conceitos SociopoÃticos Produzidos por Pessoas de Santo Norval Batista Cruz Africanidade Ancestralidade Africana RelaÃÃes Ãtnico-raciais ConsciÃncia Corporal African African Ancestry Racial Ethnic Relation Body Consciousness EDUCACAO |
title_short |
ConsciÃncia Corporal e Ancestralidade Africana: Conceitos SociopoÃticos Produzidos por Pessoas de Santo |
title_full |
ConsciÃncia Corporal e Ancestralidade Africana: Conceitos SociopoÃticos Produzidos por Pessoas de Santo |
title_fullStr |
ConsciÃncia Corporal e Ancestralidade Africana: Conceitos SociopoÃticos Produzidos por Pessoas de Santo |
title_full_unstemmed |
ConsciÃncia Corporal e Ancestralidade Africana: Conceitos SociopoÃticos Produzidos por Pessoas de Santo |
title_sort |
ConsciÃncia Corporal e Ancestralidade Africana: Conceitos SociopoÃticos Produzidos por Pessoas de Santo |
author |
Norval Batista Cruz |
author_facet |
Norval Batista Cruz |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Sandra HaydÃe Petit |
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv |
61954551304 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Henrique Antunes Cunha JÃnior |
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv |
62585673804 |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Jacques Henri Maurice Gauthier |
dc.contributor.authorID.fl_str_mv |
07938497568 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4230665J6 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Norval Batista Cruz |
contributor_str_mv |
Sandra HaydÃe Petit Henrique Antunes Cunha JÃnior Jacques Henri Maurice Gauthier |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Africanidade Ancestralidade Africana RelaÃÃes Ãtnico-raciais ConsciÃncia Corporal |
topic |
Africanidade Ancestralidade Africana RelaÃÃes Ãtnico-raciais ConsciÃncia Corporal African African Ancestry Racial Ethnic Relation Body Consciousness EDUCACAO |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
African African Ancestry Racial Ethnic Relation Body Consciousness |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
EDUCACAO |
dc.description.sponsorship.fl_txt_mv |
FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà |
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv |
Este estudo apresenta os conceitos sociopoÃticos produzidos por uma comunidade de terreiro de candomblÃ, Ilà Axà Omo TifÃ, localizada no bairro de Jangurussu, na periferia de Fortaleza-Ce. O tema gerador da pesquisa à consciÃncia corporal e ancestralidade africana. Noto que, apesar dos terreiros de candomblÃ, em principio estarem mais conectados com a cultura de matriz africana, nem sempre se encontra uma prÃtica de consciÃncia corporal associada à ancestralidade africana e Ãs vezes, hà uma dificuldade de conexÃo entre as prÃticas religiosas e as dimensÃes corporais da cosmovisÃo africana. Diante deste contexto, neste estudo procuro responder a seguinte pergunta: Quais os conceitos que as pessoas de santo produzem a respeito da consciÃncia corporal e da ancestralidade africana e a relaÃÃo entre os mesmos? Outra pergunta Ã: atà que ponto as pessoas de santo produzem conceitos que escapam dos valores eurocÃntricos racionalistas? O mÃtodo utilizado foi o sociopoÃtico, onde o grupo alvo da pesquisa se transforma em co-pesquisadores/as do tema, participando com o pesquisador oficial de todo o processo da investigaÃÃo, objetivando produzir confetos (conceitos perpassados de afetos, sentimentos e emoÃÃes que apresentam sentidos desterritorializados). Nesta pesquisa, o grupo foi formado por dez pessoas entre iaÃs, (iniciados) abiÃs (prÃ-iniciados) e ogans (auxiliares da MÃe de Santo). Um dos princÃpios da sociopoÃtica à o corpo enquanto fonte de conhecimento, por isso recorre-se a vivÃncias e tÃcnicas artÃsticas, visando aguÃar os cinco sentidos e a imaginaÃÃo. Nesta pesquisa realizei trÃs vivÃncias com o grupo. A primeira foi a vivÃncia lunar, efetuada à noite, na AbreulÃndia, numa regiÃo agreste, com mar, dunas, lagoas, mangues e matas. Foi um ritual. Fizemos caminhadas, acessamos bases ancestrais (cÃcoras, movimentos dos animais, rastejamentos, descidas invertidas em dunas, reverÃncias aos elementos da natureza, etc.). A segunda vivÃncia foi a danÃa africana onde, apÃs o momento de relaxamento, o grupo realizou movimentos individuais e coletivos de auto-percepÃÃo e danÃas de vÃrias partes da Ãfrica e sua diÃspora. A terceira vivÃncia foi com argila. Com os olhos vendados, os co-pesquisadores produziram esculturas. A partir dessas vivÃncias, eles construÃram confetos relativos ao tema gerador, tais como: ancestralidade raiz (saberes da tradiÃÃo oral), homem terra (aquele que senta seu Ãnus no chÃo ao contrÃrio do homem moderno que senta na cadeira), rasgar a natureza (destruiÃÃo da natureza), exu impulso (energia que joga para frente e faz as coisas se movimentarem), corpo sinuosidade (movimento estÃtico, porÃm circular), Ãgua-fogo (sensaÃÃo de fogo dentro da Ãgua gelada). Concluo que esta pesquisa produziu conceitos surpreendentes, desterritorializados dos valores eurocÃntricos e dos chavÃes, gerando na minha pessoa um sentimento de felicidade e prazer, por ter me apropriado, junto com o grupo, das energias vivas da nossa ancestralidade. |
description |
FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà |
publishDate |
2009 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2009-03-25 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
format |
masterThesis |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3192 |
url |
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3192 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Cearà |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de PÃs-GraduaÃÃo em EducaÃÃo |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFC |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
BR |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Cearà |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC instname:Universidade Federal do Ceará instacron:UFC |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
instname_str |
Universidade Federal do Ceará |
instacron_str |
UFC |
institution |
UFC |
repository.name.fl_str_mv |
-
|
repository.mail.fl_str_mv |
mail@mail.com |
_version_ |
1643295129655574528 |