A consciÃncia de SÃsifo: trajetÃrias da AvaliaÃÃo Institucional na UFC.

• Autor(a) principal: Karla Roberta BrandÃo de Oliveira
• Data de Publicação: 2007
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=560
• topic: AvaliaÃÃo Institucional; EducaÃÃo Superior; Auto-avaliaÃÃo; Superior Education; Institutional Evaluation; Auto-Evaluation; AVALIACAO DE SISTEMAS, INSTITUICOES, PLANOS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

A AvaliaÃÃo Institucional (AI) à tema recorrente nas discussÃes acerca da EducaÃÃo desde a dÃcada de 1980. Sua importÃncia ancora-se no debate sobre a qualidade da EducaÃÃo Superior (ES). A pesquisa que desenvolvemos trata da AI na Universidade Federal do Cearà (UFC), a partir: 1) da sistematizaÃÃo dos processos histÃricos de AI da UFC; 2) da avaliaÃÃo da atuaÃÃo da ComissÃo PrÃpria de AvaliaÃÃo (CPA) da UFC; 3) do estabelecimento da vinculaÃÃo da AI da UFC com as polÃticas educacionais vigentes no paÃs. O caminho metodolÃgico percorrido fundou-se numa abordagem qualitativa do tipo estudo de caso, composto por estudo teÃrico, contemplado nas modalidades bibliogrÃfica e documental, e por pesquisa de campo. O estudo documental deteve-se, inicialmente, nos programas de AI desenvolvidos para a ES brasileira. A seguir, analisamos os relatÃrios de quatro experiÃncias de AI desenvolvidas na UFC, a partir da dÃcada de 1990, com o intuito de sistematizar os processos apontando permanÃncias e mudanÃas. Por fim, tratamos da CPA da UFC. Para tanto analisamos: o âRoteiro de Auto-AvaliaÃÃo Institucionalâ elaborado pela ComissÃo Nacional de AvaliaÃÃo da EducaÃÃo Superior (CONAES), as atas das reuniÃes das CPAs e o relatÃrio produzido por esta ComissÃo, alÃm de acompanharmos as reuniÃes das CPAs. Como resultados desta investigaÃÃo identificamos que todos os Programas de AI para a ES brasileira utilizaram, em maior ou menor escala, a avaliaÃÃo como forma de controle. Esses Programas tiveram repercussÃo no interior das IES. Assim, no caso da UFC a ligaÃÃo com o Planejamento Institucional à marcante em todos as experiÃncias analisadas, alÃm da Ãnfase em indicadores quantitativos e de uma visÃo produtivista de universidade, centrada nos resultados finais. A AI na UFC hoje, apesar da atuaÃÃo das CPAs, nÃo conseguiu livrar-se das mazelas presentes nas experiÃncias anteriores, devido à forma como a polÃtica de AI do Sistema Nacional de AvaliaÃÃo da EducaÃÃo Superior (SINAES) foi criada. Ã, pois, resultante de um processo mais longo que visa legitimar um modo eficiente de fazer UFC, baseado no pragmatismo produtivista, na eficiÃncia de gestÃo e na verticalizaÃÃo hierarquizada da administraÃÃo. Assim, o que poderia ser aparentemente novo Ã, em realidade, resultado de uma longa cultura institucional e, portanto, sà explicÃvel a partir da compreensÃo de que o processo de avaliaÃÃo à resultado de processos anteriores. A partir do estudo realizado, inferimos que a CPA da UFC cumpre o que manda a lei, em termos burocrÃticos, mas nÃo realiza o essencial que à encaminhar uma avaliaÃÃo que possibilite um amplo conhecimento dos avanÃos e dificuldades da instituiÃÃo.