As vogais pretÃnicas no falar popular de Fortaleza: uma abordagem variacionista

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aluiza Alves de AraÃjo
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3747
Resumo: Sob a perspectiva variacionista, defendida, principalmente, por Weinreich, Labov e Herzog (1968) e Labov (1972, 1994), este estudo aborda a realizaÃÃo variÃvel das vogais mÃdias pretÃnicas /e/ e /o/, em posiÃÃo interconsonÃntica, com o propÃsito de descrever o comportamento variÃvel das vogais mÃdias prÃ-acentuadas na variedade do portuguÃs popular dos fortalezenses. A escolha por um aspecto fÃnico, como matÃria de estudo, justifica-se, em primeiro lugar, por ser o nÃvel fonÃtico o que mais, imediatamente, denuncia as diferenÃas sociais e regionais; e, em segundo, por ser o comportamento das vogais mÃdias pretÃnicas, um dos fatos lingÃÃsticos que permitem reconhecer as diversas Ãreas dialetais do portuguÃs. Os 72 informantes utilizados, nesta pequisa, foram estratificados, igualitariamente, em funÃÃo do sexo, da faixa etÃria e da escolaridade. Nesta anÃlise, foram testados os seguintes fatores: vogal tÃnica, vogal Ãtona seguinte, distÃncia em relaÃÃo à tÃnica, tipo de atonicidade, nasalidade, contexto fonolÃgico precedente e seguinte, tipo de sÃlaba, estrutura morfolÃgica, sexo, faixa etÃria e escolaridade. A hipÃtese principal era a de que a pretÃnica copiava o traÃo de altura da vogal tÃnica. Os resultados obtidos revelam que as variantes abertas, tanto as de /e/ quanto as de /o/, predominam, maciÃamente, sobre as fechadas e altas. Confirmou-se a suspeita de que o fenÃmeno em questÃo à regido, primordialmente, pela harmonizaÃÃo vocÃlica da pretÃnica em relaÃÃo à altura da tÃnica. No entanto, outros fatores, tanto de natureza lingÃÃstica quanto extralingÃÃstica, tambÃm podem favorecer ou desfavorecer a regra variÃvel, dentre os quais, destacam-se: o contexto consonÃntico precedente e seguinte, o tipo de atonicidade, a faixa etÃria e a escolaridade. Pode-se concluir que a variaÃÃo das pretÃnicas se apresenta como um fenÃmeno sistÃmico, ou seja, condicionado, basicamente, por fatores estruturais.
id UFC_ba857330e196cc0988153e92a3b8ab80
oai_identifier_str oai:www.teses.ufc.br:1235
network_acronym_str UFC
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisAs vogais pretÃnicas no falar popular de Fortaleza: uma abordagem variacionista The pretonic medium vowels in the popular speech of Fortaleza: a variationist approach 2007-12-05Maria do Socorro Silva de AragÃo10880852453Ivone Tavares de Lucena18157807468http://lattes.cnpq.br/2941800746805646Wilson JÃnior de AraÃjo Carvalho29330203353http://lattes.cnpq.br/3697727406151327AntÃnio Luciano Pontes04316029304http://lattes.cnpq.br/9023168049202916 EmÃlia Maria Peixoto Farias1532963130050087410397Aluiza Alves de AraÃjoUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em LingÃÃsticaUFCBRpretÃnica vogais variaÃÃopretÃnica vogais variaÃÃovowel pre-tonic variation LINGUA PORTUGUESA Sob a perspectiva variacionista, defendida, principalmente, por Weinreich, Labov e Herzog (1968) e Labov (1972, 1994), este estudo aborda a realizaÃÃo variÃvel das vogais mÃdias pretÃnicas /e/ e /o/, em posiÃÃo interconsonÃntica, com o propÃsito de descrever o comportamento variÃvel das vogais mÃdias prÃ-acentuadas na variedade do portuguÃs popular dos fortalezenses. A escolha por um aspecto fÃnico, como matÃria de estudo, justifica-se, em primeiro lugar, por ser o nÃvel fonÃtico o que mais, imediatamente, denuncia as diferenÃas sociais e regionais; e, em segundo, por ser o comportamento das vogais mÃdias pretÃnicas, um dos fatos lingÃÃsticos que permitem reconhecer as diversas Ãreas dialetais do portuguÃs. Os 72 informantes utilizados, nesta pequisa, foram estratificados, igualitariamente, em funÃÃo do sexo, da faixa etÃria e da escolaridade. Nesta anÃlise, foram testados os seguintes fatores: vogal tÃnica, vogal Ãtona seguinte, distÃncia em relaÃÃo à tÃnica, tipo de atonicidade, nasalidade, contexto fonolÃgico precedente e seguinte, tipo de sÃlaba, estrutura morfolÃgica, sexo, faixa etÃria e escolaridade. A hipÃtese principal era a de que a pretÃnica copiava o traÃo de altura da vogal tÃnica. Os resultados obtidos revelam que as variantes abertas, tanto as de /e/ quanto as de /o/, predominam, maciÃamente, sobre as fechadas e altas. Confirmou-se a suspeita de que o fenÃmeno em questÃo à regido, primordialmente, pela harmonizaÃÃo vocÃlica da pretÃnica em relaÃÃo à altura da tÃnica. No entanto, outros fatores, tanto de natureza lingÃÃstica quanto extralingÃÃstica, tambÃm podem favorecer ou desfavorecer a regra variÃvel, dentre os quais, destacam-se: o contexto consonÃntico precedente e seguinte, o tipo de atonicidade, a faixa etÃria e a escolaridade. Pode-se concluir que a variaÃÃo das pretÃnicas se apresenta como um fenÃmeno sistÃmico, ou seja, condicionado, basicamente, por fatores estruturais. Under the variationist perspective, mainly defended by Weinreich, Labov and Herzog (1968) and Labov (1972, 1994), this study approaches the variable realization of the medium pretonic vowels /e/ and /o/, in interconsonantal position, aiming at describing the variable behavior of the pre-stressed medium vowels in the popular variable of the Portuguese language spoken by the people from the city of Fortaleza. The choice of a phonic aspect for this study is mainly justified by the fact that the phonetic level is the one which immediately shows the social and regional differences; besides, the behavior of the medium pretonic vowels is one of the linguistic facts that permits the recognition of the various dialectal areas of the Portuguese language. The 72 participants in this research were equally stratified, according to gender, age and school level. The following factors were tested in this analysis: tonic vowel, following non-tonic vowel, distance in relation to the tonic, kind of non-tonic vowel, nasality, pre and post phonological context, type of syllable, morphological structure, gender, age and school level. The main hypothesis was that the pre-tonic would copy the pitch feature of the tonic vowel. The results reveal that the open variable vowels, the /e/ and the /o/, appear in a greater number than the closed and high ones. We confirmed the idea that this phenomenon is mainly led by the vocalic harmonization of the pre-tonic related to the height of the tonic one. However, there are other factors, either linguistic or extra-linguistic, that can either favor or not the variable rule. Some of these factors are: the pre and post consonant context, the type of unstressed vowels, the age and the school level. Thus, the pre-tonics variation is a systemic phenomenon, that is, it is basically conditioned by structural factors.nÃo hÃhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3747application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:16:51Zmail@mail.com -
dc.title.pt.fl_str_mv As vogais pretÃnicas no falar popular de Fortaleza: uma abordagem variacionista
dc.title.alternative.en.fl_str_mv The pretonic medium vowels in the popular speech of Fortaleza: a variationist approach
title As vogais pretÃnicas no falar popular de Fortaleza: uma abordagem variacionista
spellingShingle As vogais pretÃnicas no falar popular de Fortaleza: uma abordagem variacionista
Aluiza Alves de AraÃjo
pretÃnica
vogais
variaÃÃo
pretÃnica
vogais
variaÃÃo
vowel
pre-tonic
variation
LINGUA PORTUGUESA
title_short As vogais pretÃnicas no falar popular de Fortaleza: uma abordagem variacionista
title_full As vogais pretÃnicas no falar popular de Fortaleza: uma abordagem variacionista
title_fullStr As vogais pretÃnicas no falar popular de Fortaleza: uma abordagem variacionista
title_full_unstemmed As vogais pretÃnicas no falar popular de Fortaleza: uma abordagem variacionista
title_sort As vogais pretÃnicas no falar popular de Fortaleza: uma abordagem variacionista
author Aluiza Alves de AraÃjo
author_facet Aluiza Alves de AraÃjo
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Maria do Socorro Silva de AragÃo
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 10880852453
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Ivone Tavares de Lucena
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv 18157807468
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2941800746805646
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Wilson JÃnior de AraÃjo Carvalho
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv 29330203353
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3697727406151327
dc.contributor.referee3.fl_str_mv AntÃnio Luciano Pontes
dc.contributor.referee3ID.fl_str_mv 04316029304
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9023168049202916
dc.contributor.referee4.fl_str_mv EmÃlia Maria Peixoto Farias
dc.contributor.referee4ID.fl_str_mv 15329631300
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 50087410397
dc.contributor.author.fl_str_mv Aluiza Alves de AraÃjo
contributor_str_mv Maria do Socorro Silva de AragÃo
Ivone Tavares de Lucena
Wilson JÃnior de AraÃjo Carvalho
AntÃnio Luciano Pontes
EmÃlia Maria Peixoto Farias
dc.subject.por.fl_str_mv pretÃnica
vogais
variaÃÃo
pretÃnica
vogais
variaÃÃo
topic pretÃnica
vogais
variaÃÃo
pretÃnica
vogais
variaÃÃo
vowel
pre-tonic
variation
LINGUA PORTUGUESA
dc.subject.eng.fl_str_mv vowel
pre-tonic
variation
dc.subject.cnpq.fl_str_mv LINGUA PORTUGUESA
dc.description.sponsorship.fl_txt_mv nÃo hÃ
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv Sob a perspectiva variacionista, defendida, principalmente, por Weinreich, Labov e Herzog (1968) e Labov (1972, 1994), este estudo aborda a realizaÃÃo variÃvel das vogais mÃdias pretÃnicas /e/ e /o/, em posiÃÃo interconsonÃntica, com o propÃsito de descrever o comportamento variÃvel das vogais mÃdias prÃ-acentuadas na variedade do portuguÃs popular dos fortalezenses. A escolha por um aspecto fÃnico, como matÃria de estudo, justifica-se, em primeiro lugar, por ser o nÃvel fonÃtico o que mais, imediatamente, denuncia as diferenÃas sociais e regionais; e, em segundo, por ser o comportamento das vogais mÃdias pretÃnicas, um dos fatos lingÃÃsticos que permitem reconhecer as diversas Ãreas dialetais do portuguÃs. Os 72 informantes utilizados, nesta pequisa, foram estratificados, igualitariamente, em funÃÃo do sexo, da faixa etÃria e da escolaridade. Nesta anÃlise, foram testados os seguintes fatores: vogal tÃnica, vogal Ãtona seguinte, distÃncia em relaÃÃo à tÃnica, tipo de atonicidade, nasalidade, contexto fonolÃgico precedente e seguinte, tipo de sÃlaba, estrutura morfolÃgica, sexo, faixa etÃria e escolaridade. A hipÃtese principal era a de que a pretÃnica copiava o traÃo de altura da vogal tÃnica. Os resultados obtidos revelam que as variantes abertas, tanto as de /e/ quanto as de /o/, predominam, maciÃamente, sobre as fechadas e altas. Confirmou-se a suspeita de que o fenÃmeno em questÃo à regido, primordialmente, pela harmonizaÃÃo vocÃlica da pretÃnica em relaÃÃo à altura da tÃnica. No entanto, outros fatores, tanto de natureza lingÃÃstica quanto extralingÃÃstica, tambÃm podem favorecer ou desfavorecer a regra variÃvel, dentre os quais, destacam-se: o contexto consonÃntico precedente e seguinte, o tipo de atonicidade, a faixa etÃria e a escolaridade. Pode-se concluir que a variaÃÃo das pretÃnicas se apresenta como um fenÃmeno sistÃmico, ou seja, condicionado, basicamente, por fatores estruturais.
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv Under the variationist perspective, mainly defended by Weinreich, Labov and Herzog (1968) and Labov (1972, 1994), this study approaches the variable realization of the medium pretonic vowels /e/ and /o/, in interconsonantal position, aiming at describing the variable behavior of the pre-stressed medium vowels in the popular variable of the Portuguese language spoken by the people from the city of Fortaleza. The choice of a phonic aspect for this study is mainly justified by the fact that the phonetic level is the one which immediately shows the social and regional differences; besides, the behavior of the medium pretonic vowels is one of the linguistic facts that permits the recognition of the various dialectal areas of the Portuguese language. The 72 participants in this research were equally stratified, according to gender, age and school level. The following factors were tested in this analysis: tonic vowel, following non-tonic vowel, distance in relation to the tonic, kind of non-tonic vowel, nasality, pre and post phonological context, type of syllable, morphological structure, gender, age and school level. The main hypothesis was that the pre-tonic would copy the pitch feature of the tonic vowel. The results reveal that the open variable vowels, the /e/ and the /o/, appear in a greater number than the closed and high ones. We confirmed the idea that this phenomenon is mainly led by the vocalic harmonization of the pre-tonic related to the height of the tonic one. However, there are other factors, either linguistic or extra-linguistic, that can either favor or not the variable rule. Some of these factors are: the pre and post consonant context, the type of unstressed vowels, the age and the school level. Thus, the pre-tonics variation is a systemic phenomenon, that is, it is basically conditioned by structural factors.
description Sob a perspectiva variacionista, defendida, principalmente, por Weinreich, Labov e Herzog (1968) e Labov (1972, 1994), este estudo aborda a realizaÃÃo variÃvel das vogais mÃdias pretÃnicas /e/ e /o/, em posiÃÃo interconsonÃntica, com o propÃsito de descrever o comportamento variÃvel das vogais mÃdias prÃ-acentuadas na variedade do portuguÃs popular dos fortalezenses. A escolha por um aspecto fÃnico, como matÃria de estudo, justifica-se, em primeiro lugar, por ser o nÃvel fonÃtico o que mais, imediatamente, denuncia as diferenÃas sociais e regionais; e, em segundo, por ser o comportamento das vogais mÃdias pretÃnicas, um dos fatos lingÃÃsticos que permitem reconhecer as diversas Ãreas dialetais do portuguÃs. Os 72 informantes utilizados, nesta pequisa, foram estratificados, igualitariamente, em funÃÃo do sexo, da faixa etÃria e da escolaridade. Nesta anÃlise, foram testados os seguintes fatores: vogal tÃnica, vogal Ãtona seguinte, distÃncia em relaÃÃo à tÃnica, tipo de atonicidade, nasalidade, contexto fonolÃgico precedente e seguinte, tipo de sÃlaba, estrutura morfolÃgica, sexo, faixa etÃria e escolaridade. A hipÃtese principal era a de que a pretÃnica copiava o traÃo de altura da vogal tÃnica. Os resultados obtidos revelam que as variantes abertas, tanto as de /e/ quanto as de /o/, predominam, maciÃamente, sobre as fechadas e altas. Confirmou-se a suspeita de que o fenÃmeno em questÃo à regido, primordialmente, pela harmonizaÃÃo vocÃlica da pretÃnica em relaÃÃo à altura da tÃnica. No entanto, outros fatores, tanto de natureza lingÃÃstica quanto extralingÃÃstica, tambÃm podem favorecer ou desfavorecer a regra variÃvel, dentre os quais, destacam-se: o contexto consonÃntico precedente e seguinte, o tipo de atonicidade, a faixa etÃria e a escolaridade. Pode-se concluir que a variaÃÃo das pretÃnicas se apresenta como um fenÃmeno sistÃmico, ou seja, condicionado, basicamente, por fatores estruturais.
publishDate 2007
dc.date.issued.fl_str_mv 2007-12-05
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
status_str publishedVersion
format doctoralThesis
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3747
url http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3747
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de PÃs-GraduaÃÃo em LingÃÃstica
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFC
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname:Universidade Federal do Ceará
instacron:UFC
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname_str Universidade Federal do Ceará
instacron_str UFC
institution UFC
repository.name.fl_str_mv -
repository.mail.fl_str_mv mail@mail.com
_version_ 1643295133808984064