Qualidade e conservação pós-colheita de atemoia ´Gefner´ cultivada no semiárido brasileiro

• Autor(a) principal: Bezerra, Lucilândia de Sousa
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU)
• Texto Completo: http://lattes.cnpq.br/0015246334488653; https://lattes.cnpq.br/4506044657774744; https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/12030
• topic: CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA::FITOTECNIA; anonácea; fruto climatérico; maturação; rachaduras de frutas; armazenamento; anonaceous; climacteric fruit; ripening; maturation; fruit cracks

A atemoia (Annona squamosa x Annona cherimola) é uma fruta muito apreciada por suas características organolépticas. Entretanto, possui uma vida útil pós-colheita curta, já que apresenta limitações na colheita e no seu processo de amadurecimento. Assim, o objetivo desta pesquisa foi determinar o ponto de colheita adequado e os efeitos da aplicação foliar de giberelina e cálcio na redução da rachadura de frutos e melhoras na qualidade e conservação pós-colheita de atemoia cv. Gefner. O trabalho foi dividido em dois experimentos, sendo o primeiro realizado em um delineamento inteiramente casualizado (DIC) em esquema fatorial 3x5, sendo três estádios de maturação do fruto (100, 105 e 110 dias após a polinização - DAP) e cinco tempos de armazenamento refrigerado (0, 3, 6, 9 e 12 dias). As avaliações realizadas foram aparência do fruto, incidência de rachadura, massa, perda de massa fresca, coloração, firmeza, sólidos solúveis, pH, acidez titulável, vitamina C, açúcares totais, açúcares redutores, amido, atividade antioxidante e polifenóis. No segundo foram realizada aplicações de cálcio e ácido giberélico nos frutos aos 7, 27, 47, 67 e 87 DAP e coletou-se amostras homogêneas dos frutos de cada tratamento aos 121 DAP. Foi realizado um DIC em esquema fatorial 4x6, sendo quatro tratamentos: controle, Cálcio (Ca), Ácido Giberélico (GA3) e Cálcio + Ácido Giberélico (Ca+GA3); e seis tempos de armazenamento refrigerado (0, 3, 6, 9, 12 e 15 dias). Os frutos foram submetidos as seguintes avaliações: aparência, massa, perda de massa fresca, índice de rachadura, firmeza, coloração, pH, acidez titulável, sólidos solúveis, vitamina C, clorofila, extravasamento de eletrólitos, açúcares totais, amido, atividade antioxidante, Polifenóis, atividade das enzimas Peroxidase, Polifenoloxidase e quantificação de minerais (Ca, Mg, Na e K). As variáveis avaliadas foram submetidas à análise de variância pelo teste F (p<0,05), e os efeitos dos tratamentos quantitativos foram submetidos à regressão polinomial. Os dados obtidos no primeiro experimento mostrou que ao longo do armazenamento houve uma redução na firmeza e no teor de amido, que foi convertido em açúcares além de uma elevada perda de massa fresca em todos os frutos, sendo que os frutos colhidos aos 100 DAP teve maior perda de massa, comprometendo sua aparência. Para todos os estádios de maturação estudados a vida útil dos frutos foi limitada em nove dias pelas notas de aparência, principalmente pelo aparecimento de rachaduras e escurecimento da casca. Os frutos colhidos nos estádios de maturação de 105 e 110 DAP apresentaram melhor qualidade ao final do armazenamento, onde obtiveram melhor aparência, maior massa, menor perda de massa fresca, maior valor de sólidos solúveis e vitamina C. No segundo experimento os frutos tratados com Ca e Ca+GA3 apresentaram redução das rachaduras. Sendo que o tratamento Ca+GA3 além de reduzir as rachaduras, os conteúdos de substancias antioxidantes aumentaram, como compostos fenólicos, vitamina C e clorofila, que tiveram efeito no retardo da senescência, onde foi observado um menor extravasamento de eletrólitos. Os frutos armazenados sob refrigeração mantiveram aptos para o consumo até doze dias, independente do tratamento. De acordo como os nossos resultados ainda sendo positivos, é necessário conduzir mais pesquisas para aprimorar a qualidade e estender a vida útil das atemoias