Conectividade entre populações de peixes recifais ao longo da Cadeia Vitória-Trindade: o papel da dispersão larval

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Stocco, Luana Birchler
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo (riUfes)
Texto Completo: http://repositorio.ufes.br/handle/10/3857
Resumo: Peixes recifais adultos são relativamente sedentários e a fase larval pode permitir a dispersão para locais distantes. Porém, ainda há incertezas sobre o quanto da produção ictioplanctônica é retida no local de origem e o quanto é dispersa e como as diferentes populações e espécies variam neste aspecto. O transporte larval, ditado por respostas biológicas e pelas condições físicas do ambiente, permite a conectividade entre populações. A Cadeia Vitória-Trindade (CVT) é constituída por seis montes submarinos pelas ilhas Trindade e Martin Vaz dispostos linear e perpendicularmente à costa do Espírito Santo e parece atuar como alpondras para peixes recifais. O trabalho objetivou analisar o fluxo de larvas ao longo da CVT. Foram feitas duas coletas na região e as larvas de peixes capturadas foram classificadas em recifal, epipelágica ou mesopelágica, de acordo com o habitat ocupado pelo adulto. Larvas de peixes mesopelágicos foram as mais abundantes e diversas em todos os locais, exceto sobre o monte submarino mais próximo à costa. Foi observado que a densidade e a riqueza de larvas de peixes recifais estão associadas a fatores como presença de locais rasos, distância de fontes externas de propágulos e dinâmica de correntes, tornando difícil o reconhecimento de algum padrão espacial. Foi realizada a simulação do transporte larval de peixes recifais no programa Ichthyop 3.2 utilizando um modelo hidrodinâmico ROMS referente à região entre a costa brasileira e o monte submarino mais distante da costa (i.e. não inclui as ilhas). A modelização do transporte foi realizada para dois tipos biológicos, com características de ampla (pelagic larval duration PLD- de 40 a 45 dias) e de baixa (PLD de 30 a 35 dias e presença de migração vertical) capacidade dispersiva. A simulação mostrou que há fluxo de larvas ao longo da CVT e regiões adjacentes com a necessidade de etapas intermediárias para o transporte entre os extremos da cadeia, caracterizando o modelo de alpondras modificado. Os fluxos larvais dos dois tipos biológicos se mostraram semelhantes. Dessa forma, a dispersão larval tem importante papel na conectividade de populações de peixes recifais ao longo dos montes submarinos da CVT e entre eles e a costa.
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