“A gente aprendeu com as mais velhas”: saber-fazer camponês e trabalho feminino na produção do queijo colonial em Jaguari-RS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Piecha, Renata
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Zanini, Maria Catarina Chitolina
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Antropolítica (Online)
Texto Completo: https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/56136
Resumo: Com base na perspectiva etnográfica e na observação participante, o presente artigo reflete acerca da produção do queijo “colonial” ou “da colônia” por mulheres na comunidade de Rincão dos Alves, interior do município de Jaguari, na região central do Rio Grande do Sul. Caracterizada como um “saber-fazer” das e dos imigrantes europeus que vieram ao Brasil pelo projeto de colonização iniciado no século XIX, essa produção, que preza pela “manutenção” das origens familiares e por certo modo de vida camponês e secular, advém exclusivamente da esfera de trabalho dita feminina. Enquanto saberes tradicionais são transmitidos de geração em geração por e entre mulheres, o queijo colonial circula pela via da informalidade em circuitos curtos, adquirindo valor simbólico e de mercado tanto na sua confecção quanto em seu consumo, entrelaçando conhecimentos, temporalidades, territorialidades e gostos que se manifestam em práticas cotidianas.
id UFF-18_c348213c6829831e9b9f9bab5d4745dc
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/56136
network_acronym_str UFF-18
network_name_str Antropolítica (Online)
repository_id_str
spelling “A gente aprendeu com as mais velhas”: saber-fazer camponês e trabalho feminino na produção do queijo colonial em Jaguari-RSQueijo colonial"Saber-fazer” camponêsTrabalho feminino.Com base na perspectiva etnográfica e na observação participante, o presente artigo reflete acerca da produção do queijo “colonial” ou “da colônia” por mulheres na comunidade de Rincão dos Alves, interior do município de Jaguari, na região central do Rio Grande do Sul. Caracterizada como um “saber-fazer” das e dos imigrantes europeus que vieram ao Brasil pelo projeto de colonização iniciado no século XIX, essa produção, que preza pela “manutenção” das origens familiares e por certo modo de vida camponês e secular, advém exclusivamente da esfera de trabalho dita feminina. Enquanto saberes tradicionais são transmitidos de geração em geração por e entre mulheres, o queijo colonial circula pela via da informalidade em circuitos curtos, adquirindo valor simbólico e de mercado tanto na sua confecção quanto em seu consumo, entrelaçando conhecimentos, temporalidades, territorialidades e gostos que se manifestam em práticas cotidianas.Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal Fluminense2023-04-03info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdftext/xmlhttps://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/5613610.22409/antropolitica2023.i1.a56136Antropolítica - Revista Contemporânea de Antropologia; v. 55 n. 1 (2023): JAN/FEV/MAR/ABR2179-73311414-737810.22409/antropolitica2023.11reponame:Antropolítica (Online)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFFporhttps://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/56136/33996https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/56136/34033Copyright (c) 2023 Renata Piecha, Maria Catarina Chitolina Zaninihttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessPiecha, RenataZanini, Maria Catarina Chitolina2023-04-03T13:30:36Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/56136Revistahttp://www.revistas.uff.br/index.php/antropoliticaPUBhttps://periodicos.uff.br/antropolitica/oaiperiodicos@proppi.uff.br||antropoliticauff@gmail.com||lauragraziela@gmail.com2179-73312179-7331opendoar:2023-04-03T13:30:36Antropolítica (Online) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
dc.title.none.fl_str_mv “A gente aprendeu com as mais velhas”: saber-fazer camponês e trabalho feminino na produção do queijo colonial em Jaguari-RS
title “A gente aprendeu com as mais velhas”: saber-fazer camponês e trabalho feminino na produção do queijo colonial em Jaguari-RS
spellingShingle “A gente aprendeu com as mais velhas”: saber-fazer camponês e trabalho feminino na produção do queijo colonial em Jaguari-RS
Piecha, Renata
Queijo colonial
"Saber-fazer” camponês
Trabalho feminino.
title_short “A gente aprendeu com as mais velhas”: saber-fazer camponês e trabalho feminino na produção do queijo colonial em Jaguari-RS
title_full “A gente aprendeu com as mais velhas”: saber-fazer camponês e trabalho feminino na produção do queijo colonial em Jaguari-RS
title_fullStr “A gente aprendeu com as mais velhas”: saber-fazer camponês e trabalho feminino na produção do queijo colonial em Jaguari-RS
title_full_unstemmed “A gente aprendeu com as mais velhas”: saber-fazer camponês e trabalho feminino na produção do queijo colonial em Jaguari-RS
title_sort “A gente aprendeu com as mais velhas”: saber-fazer camponês e trabalho feminino na produção do queijo colonial em Jaguari-RS
author Piecha, Renata
author_facet Piecha, Renata
Zanini, Maria Catarina Chitolina
author_role author
author2 Zanini, Maria Catarina Chitolina
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Piecha, Renata
Zanini, Maria Catarina Chitolina
dc.subject.por.fl_str_mv Queijo colonial
"Saber-fazer” camponês
Trabalho feminino.
topic Queijo colonial
"Saber-fazer” camponês
Trabalho feminino.
description Com base na perspectiva etnográfica e na observação participante, o presente artigo reflete acerca da produção do queijo “colonial” ou “da colônia” por mulheres na comunidade de Rincão dos Alves, interior do município de Jaguari, na região central do Rio Grande do Sul. Caracterizada como um “saber-fazer” das e dos imigrantes europeus que vieram ao Brasil pelo projeto de colonização iniciado no século XIX, essa produção, que preza pela “manutenção” das origens familiares e por certo modo de vida camponês e secular, advém exclusivamente da esfera de trabalho dita feminina. Enquanto saberes tradicionais são transmitidos de geração em geração por e entre mulheres, o queijo colonial circula pela via da informalidade em circuitos curtos, adquirindo valor simbólico e de mercado tanto na sua confecção quanto em seu consumo, entrelaçando conhecimentos, temporalidades, territorialidades e gostos que se manifestam em práticas cotidianas.
publishDate 2023
dc.date.none.fl_str_mv 2023-04-03
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/56136
10.22409/antropolitica2023.i1.a56136
url https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/56136
identifier_str_mv 10.22409/antropolitica2023.i1.a56136
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/56136/33996
https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/56136/34033
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2023 Renata Piecha, Maria Catarina Chitolina Zanini
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2023 Renata Piecha, Maria Catarina Chitolina Zanini
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
text/xml
dc.publisher.none.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal Fluminense
publisher.none.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal Fluminense
dc.source.none.fl_str_mv Antropolítica - Revista Contemporânea de Antropologia; v. 55 n. 1 (2023): JAN/FEV/MAR/ABR
2179-7331
1414-7378
10.22409/antropolitica2023.11
reponame:Antropolítica (Online)
instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron:UFF
instname_str Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron_str UFF
institution UFF
reponame_str Antropolítica (Online)
collection Antropolítica (Online)
repository.name.fl_str_mv Antropolítica (Online) - Universidade Federal Fluminense (UFF)
repository.mail.fl_str_mv periodicos@proppi.uff.br||antropoliticauff@gmail.com||lauragraziela@gmail.com
_version_ 1797068792524701696