A utopia do direito à cidade: Possibilidades de superação da dicotomia favela-bairro no Rio de Janeiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Geographia (Niterói. Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/13491 |
Resumo: | A utopia do direito à cidade, no caso específico do Rio de Janeiro, começa, obrigatoriamente, pela superação da visão dicotômica favela-cidade. Para isso, é preciso que os moradores da favela possam sentir-se tão cidadãos quanto os que têm moradias fora das favelas. A utopia do direito à cidade tem de levar a favela a própria utopia da cidade. Uma cidade que não se fragmente em oposições asfalto-favela, norte-sul, praia-subúrbio e onde todos tenham direito ao(s) seu(s) centro(s). Oposições que expressam muito mais do que diferenças de localização e que se apresentam recheadas de segregação, estereótipos e ideologias. Por outro lado, o direito a cidade, como possibilidade histórica, não pode ser pensado exclusivamente a partir da favela. Mas as populações que aí habitam guardam uma contribuição inestimável para a construção prática desse direito. Isso porque, das experiências vividas, emergem aprendizados e frutificam esperanças e soluções. Para que a favela seja pólo de um desejo que impulsione a busca do direito a cidade, é necessário que ela se pense como parte da história da própria cidade e sua transformação em metrópole.Abstract The right to the city's utopy specifically in Rio de Janeiro, begins by surpassing the dichotomy approach between favela and the city. For this purpose, it is necessary, for the favela dwellers, the feeling of citizens as well as those with home outside the favelas. The right to the city's utopy must bring to the favela the utopy to the city in itself- a non-fragmented city in terms of oppositions like "asphalt"-favela, north-south, beach-suburb and where everybody has right to their center(s). These oppositions express much more the differences of location and present themselves full of segregation, stereotypes and ideologies. On the other hand, the right to the city, as historical possibility, can not be thought just from the favela. People that live there have a contribution for a practical construction of this right. |
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