Fenomenologia do patrimônio ambiental : fundamentos para uma arquitetura do lugar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/29423 |
Resumo: | O autor Cândido Campos contribui, com este livro, para se pensar o patrimônio arquitetônico e urbanístico para além das fronteiras dos métodos de restauro, não tendo um caráter historiográfico, de ensaiar uma teoria do patrimônio partindo de sua historicidade e/ou de sua monumentalidade. Nas palavras de Werther Holzer, Campos "opta por desvelar a opacidade da coisa a partir do relacional, do intersubjetivo, do dialógico, que procura elaborar uma teoria do patrimônio como ambiente, que a partir da Fenomenologia, se remete ao lugar, como habitar do ser originário, que se dobra ao espaço geográfico que em sua geograficidade se impõe sobre a nossa existência e o nosso destino, mas que se protege e cuida impondo limites, ou melhor, concretiza e torna visível nosso Dasein, nos situando cotidianamente em um lugar". Uma opção no contrafluxo da linearidade cartesiana e estruturalista que reduz o artefato aos aspectos materiais e técnicos determinados por uma versão da História. De acordo com Holzer em seu prefácio, "o modo de representar da historiografia põe a natureza como um complexo de forças passíveis de cálculo, e a física põe a natureza como um complexo de forças, transmitindo a falsa ideia de que a técnica moderna é uma ciência aplicada da natureza. Neste sentido caminha a argumentação colocada neste livro: a de que a arquitetura, e o restauro, ao pensar o seu fazer como técnica objetificante, afasta a ciência do mundo da vida e o patrimônio de sua essência que é ser ambiente. Aqui, há um apelo à questão prática, à experiência vivida, à recuperação da imaginação criadora, que desvela o patrimônio para além da opacidade da coisa, onde a arquitetura e o urbanismo para além do restauro, emerge como uma das possibilidades de salvação da Terra, no momento em que desabrigar o poético a remete para a sua essência enquanto técnica: a da arte de projetar e de construir poeticamente, ou como conclui o autor: do ato projetual como 'mergulho no mundo', pessoal e intransferível." Segundo Campos, esta obra busca "um questionamento teórico que nasce essencialmente da prática, mas, paradoxalmente, da ruptura dessa prática. A prática do arquiteto e urbanista (no caso também restaurador) voltada ao mais essencial que está no fazer como base para o pensar". O autor destaca: "Em geral, na lida engajada do trabalho diário, o questionamento se encolhe, oculta-se por trás das manualidades e no comércio das convivências, e então as coisas parecem funcionar mais ou menos. Entretanto, quando se rompe o fazer regular, o mundo se mostra por uma brecha, em geral despercebida ou evitada. Este livro é justamente uma tentativa de olhar através dessa brecha e questionar sentidos". |
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