Helmintos parasitos em Trichiurus lepturus do litoral do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: França, Luma Ferreira
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11841
Resumo: Trichiurus lepturus L. 1758 (Teleostei: Trichiuridade), popularmente conhecido como peixe-espada, possui importância comercial como recurso pesqueiro no Sudeste do Brasil. Contudo, apesar de todos os benefícios dos nutrientes presentes na proteína do pescado, a ingestão desta quando parasitada pode representar uma séria ameaça à saúde humana, tanto pelo risco de infeções acidentais, quanto por manifestações do tipo alérgico em pessoas previamente sensibilizadas. A presença de helmintos parasitos de peixes é um achado frequente, e tem particular importância quando se refere aos helmintos membros da família Anisakidae. Dentre os peixes consumidos no Rio de Janeiro, o peixe-espada tem apresentado, em diversos estudos, taxas significativas de parasitismo por helmintos potencialmente patogênicos para humanos. Deste modo, ao estudar os helmintos parasitos de T. lepturus do litoral do Estado do Rio de Janeiro objetivamos contribuir com a coleta de informações sobre o parasitismo neste hospedeiro. No período entre junho de 2017 a fevereiro de 2018, 60 exemplares de T. lepturus comercializados em entrepostos da costa do Estado do Rio de Janeiro, foram coletados e posteriormente examinados no Laboratório de Inspeção e Tecnologia do Pescado, na Universidade Federal Fluminense. Os parasitos recuperados foram clarificados e corados para identificação morfológica. A análise estatística foi realizada para calcular a prevalência (P), intensidade e intensidade média (I/IM), abundância e abundância média (A/AM) e amplitude de variação da infecção (AI). Dentre os 60 peixes analisados 52 (86,6%) estavam infectados por uma ou mais espécies de helmintos, sendo recuperados um total de 1.337 parasitos. Trematódeos digenéticos da espécie Lecithochiurum monticelli foram observados em 71,6% peixes (I = 21,26; AM=15,48; AI = 1-125). Em relação aos demais parasitismos encontrados, foram observados: larvas do gênero Hystherothilacium sp., com prevalência de 60,0% (I= 8,58 ; A= 5,15; AI = 1-54) e Hysterothilacium fortalezae 13,33% (I= 3,37; A = 0,45; AI = 1-10); Raphidascaris sp. 6,66% (I= 3,5; A = 0,23; AI = 1-7); Pseudoterranova sp. 5,0% (I= 2,6; A = 0,13; AI = 1-5); Acantocephala 6,66% (I = 1; A = 0,01); metacestóides 6,66% (I = 16,66; A = 0,83; AI = 1-41). Acantocephala e metacestóides de gênero e espécies não identificados. O parasitismo por Lecithochirium monticelli foi o mais prevalente nos peixes analisados. A ocorrência de parasitismo em T. lepturus mostra a importância de um monitoramento contínuo e a adoção de medidas sanitárias e educativas para promover a segurança alimentar dos consumidores.
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Dentre os peixes consumidos no Rio de Janeiro, o peixe-espada tem apresentado, em diversos estudos, taxas significativas de parasitismo por helmintos potencialmente patogênicos para humanos. Deste modo, ao estudar os helmintos parasitos de T. lepturus do litoral do Estado do Rio de Janeiro objetivamos contribuir com a coleta de informações sobre o parasitismo neste hospedeiro. No período entre junho de 2017 a fevereiro de 2018, 60 exemplares de T. lepturus comercializados em entrepostos da costa do Estado do Rio de Janeiro, foram coletados e posteriormente examinados no Laboratório de Inspeção e Tecnologia do Pescado, na Universidade Federal Fluminense. Os parasitos recuperados foram clarificados e corados para identificação morfológica. A análise estatística foi realizada para calcular a prevalência (P), intensidade e intensidade média (I/IM), abundância e abundância média (A/AM) e amplitude de variação da infecção (AI). Dentre os 60 peixes analisados 52 (86,6%) estavam infectados por uma ou mais espécies de helmintos, sendo recuperados um total de 1.337 parasitos. Trematódeos digenéticos da espécie Lecithochiurum monticelli foram observados em 71,6% peixes (I = 21,26; AM=15,48; AI = 1-125). Em relação aos demais parasitismos encontrados, foram observados: larvas do gênero Hystherothilacium sp., com prevalência de 60,0% (I= 8,58 ; A= 5,15; AI = 1-54) e Hysterothilacium fortalezae 13,33% (I= 3,37; A = 0,45; AI = 1-10); Raphidascaris sp. 6,66% (I= 3,5; A = 0,23; AI = 1-7); Pseudoterranova sp. 5,0% (I= 2,6; A = 0,13; AI = 1-5); Acantocephala 6,66% (I = 1; A = 0,01); metacestóides 6,66% (I = 16,66; A = 0,83; AI = 1-41). Acantocephala e metacestóides de gênero e espécies não identificados. O parasitismo por Lecithochirium monticelli foi o mais prevalente nos peixes analisados. A ocorrência de parasitismo em T. lepturus mostra a importância de um monitoramento contínuo e a adoção de medidas sanitárias e educativas para promover a segurança alimentar dos consumidores.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorFundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de JaneiroTrichiurus lepturus L. 1758 (Teleostei: Trichiuridade), popularly known as cutlassfish, has commercial importance as a fishing resource in Southeast Brazil. However, in spite of all the benefits of the nutrients present in fish protein, ingestion of parasitized fish can pose a serious threat to human health, both for accidental infections and allergic type manifestations in previously sensitized individuals. The presence of helminth parasites of fish is a frequent finding, and has particular importance when referring to helminths members of the Anisakidae family. Among the fish consumed in Rio de Janeiro, the swordfish has presented, in several studies, significant rates of parasitism by helminths potentially pathogenic to humans. Thus, when studying the helminth parasites of T. lepturus from the coast of the State of Rio de Janeiro, we aim to contribute with information about the parasitism in this host. Between June 2017 and February 2018, 60 specimens of T. lepturus marketed in warehouses of the coast of the State of Rio de Janeiro were examined at the Laboratório de Inspeção e Tecnologia do Pescado, at the Universidade Federal Fluminense. The recovered parasites were clarified and stained for morphological identification. Statistical analysis was performed to calculate the prevalence (P), mean intensity (MI), abundance and mean abundance (A/MA) and range of infection (RI). Among the 60 fish analyzed, 52 (86.6%) were infected by one or more species of helminths, and 1,337 parasites were recovered. Digenetic trematodes of the species Lecithochiurum monticelli were observed in 71.6% fish (I = 21.26; A = 15.48; RI = 1-125). The other parasites observed were Hystherothilacium sp. larvae, with 60.0% of prevalence (I = 8.58, A = 5.15, RI = 1-54) and Hysterothilacium fortalezae with P = 13.33% (I = 3.37, A = 0.45, RI = 1-10); Raphidascaris sp. P= 6.66% (I = 3.5, MA = 0.23, RI = 1-7); Pseudoterranova sp. P = 5.0% (I = 2.6, A = 0.13, RI = 1-5); Acantocephala P = 6.66% (I = 1; A = 0.01); metacestodes P = 6.66% (I = 16.66, A = 0.83, RI = 1-41). Metacestodes and acantocephala of genus and species not identifieds. The parasitism by Lecithochirium monticelli was the most prevalent in the fish analyzed. The occurrence of parasitism in T. lepturus shows the importance of continuous monitoring and the adoption of sanitary and educational measures to promote the food safety for consumers.98f.Universidade Federal FluminenseNiteróiMattos, Danuza Pinheiro Bastos Garcia deFigueiredo, Beatriz Brener deKnoff, MarceloSão Clemente, Sergio Carmona deFerreira, Micheli da Silvahttp://lattes.cnpq.br/8373835267965491http://lattes.cnpq.br/0967385465385579França, Luma Ferreira2019-10-31T18:58:55Z2019-10-31T18:58:55Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/11841Aluno de MestradoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 BrazilopenAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-07-13T03:08:31Zoai:app.uff.br:1/11841Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202021-07-13T03:08:31Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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