Avaliação cognitiva e comportamental de escolares que nasceram prematuramente e apresentaram hemorragia intracraniana

• Autor(a) principal: Martino, Marcia Salim de
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9904
• topic: Recém-nascido prematuro; Hemorragia intracraniana; Inteligência; Comportamento; Prematuro; Recém-nascido; Cognição em crianças; Hemorragia intracraniana; Comportamento infantil; Escolar; Inteligência; Premature newborn; Intracranial hemorrhage; Intelligence; Behavior

Introdução: O avanço no cuidado obstétrico e neonatal tem proporcionado a sobrevivência de recém-nascido cada vez mais pré-termo, que são passíveis de possíveis sequelas inerentes a essa condição. Existem evidências consideráveis de que essas crianças apresentam maior prevalência para dificuldades cognitivas e problemas de comportamento, as quais são mais evidenciadas na idade escolar e podem persistir na idade adulta. Objetivo: Avaliar aspectos cognitivos e comportamentais de escolares que ao nascer prematuramente apresentaram hemorragia intracraniana (HIC). Material e Métodos: Foi realizado estudo transversal envolvendo crianças que nasceram pré-termo egressas da Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal e que foram acompanhadas no Ambulatório de Seguimento do Recém-nascido de Alto Risco do Hospital Universitário Antônio Pedro-UFF. Os participantes, com idade entre seis e oito anos, foram divididos em dois grupos (com e sem HIC). A avaliação cognitiva foi feita pela Escala de Inteligência Wechsler para Crianças (WISC III); para avaliar a competência social e problemas de comportamento foi usado o Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ), respondido pelos pais e professores. Foram, também, coletados dados socioeconômicos. Na análise estatística foi usado o teste Mann-Whitney para comparar os grupos e o Qui-quadrado de Pearson para verificar a associação entre os grupos e as variáveis qualitativas. Adotou-se nível de significância de 0,05. Resultados: A avaliação através do WISC III demonstrou que os participantes do estudo apresentaram bom desempenho intelectual. Não foi observada diferença significativa entre os dois grupos em relação ao QI Total, QI Verbal e QI de Execução (p>0,05) Os dados colhidos por meio do SDQ apontaram para alterações comportamentais relatadas mais por pais. Conclusão: Crianças nascidas pré-termo que tiveram HIC não diferem daquelas que não a apresentaram quando avaliadas pelo WISC III. As alterações do comportamento, obtidas através da avalição pelo SDQ revelaram diferenças entre as crianças que apresentaram ou não HIC