Da barraca ao escritório: perspectivas pedagógicas da feira livre do sul de Tunja (Colômbia).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Reyes, Ângela Jasmín Fonseca
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15203
Resumo: As feiras livres são lugares de vendas de variados produtos, principalmente frutas, verduras, artesanatos e mercadorias de primeira necessidade. Mas, ao mesmo tempo, são lugares antropológicos (Auge, 1992) que suscitam diálogo, reciprocidades, identidades, aprendizagens e ensinamentos. Esta pesquisa foi desenvolvida na Feira livro do sul de Tunja (Colômbia). Esta é a maior da cidade e, as mercadorias vendidas ali aprovisionaram outras feiras menores, lojas e incluso supermercados. Segundo a lei T-238/93 da corte constitucional colombiana, os municípios têm a responsabilidade de custodiar, defender e administrar as feiras livres públicas, porque seu funcionamento pertence e beneficia a todos os habitantes do território. No entanto, a informalidade das feiras e o pouco interesse das administrações municipais em manter estes espaços tem propagado uma percepção negativa das mesmas. Diante disso, esta pesquisa tem como objetivo indagar sobre as práticas de socialização que os atores da feira livre do sul de Tunja tecem entre eles e com o lugar, frente ao discurso normatizador imposto pelo sistema econômico e a burocracia (WEBBER, 1978) administrativa. Para realizar este trabalho nos utilizamos da etnografia como perspectiva metodológica, já que compreender a feira implica estudá-la a partir de um olhar sociológico, quer dizer, desde as práticas e relações que se tecem entre as pessoas e com o lugar, abrangendo que este está carregado de signos, saberes, representações e subjetividades, cuja relevância vai além do econômico, em função das relações comerciais dependerem da interação e da comunicação. Assim, constatou-se que, a feira não é só um espaço de intercambio de mercadorias, também é um cenário de socialização e intercambio de saberes, pois ali se reúnem e misturam sotaques, línguas, nacionalidades, histórias e saberes que a fazem um local educativo ao céu aberto, onde as pessoas aprendem e ensinam fazendo, narrando, ouvindo, interagindo, entre outras. Também que mesmo diante das feiras livres estarem submetidas as lógicas do capitalismo, a corrupção, o clientelismo, e as transformações ocorridas com o crescimento das cidades e a incorporação de novos tipos de comércio, esta continua vigente porque não é unicamente o lugar físico, também faz parte das práticas, os saberes e as relações que se constroem com o lugar e as pessoas que a frequentam
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No entanto, a informalidade das feiras e o pouco interesse das administrações municipais em manter estes espaços tem propagado uma percepção negativa das mesmas. Diante disso, esta pesquisa tem como objetivo indagar sobre as práticas de socialização que os atores da feira livre do sul de Tunja tecem entre eles e com o lugar, frente ao discurso normatizador imposto pelo sistema econômico e a burocracia (WEBBER, 1978) administrativa. Para realizar este trabalho nos utilizamos da etnografia como perspectiva metodológica, já que compreender a feira implica estudá-la a partir de um olhar sociológico, quer dizer, desde as práticas e relações que se tecem entre as pessoas e com o lugar, abrangendo que este está carregado de signos, saberes, representações e subjetividades, cuja relevância vai além do econômico, em função das relações comerciais dependerem da interação e da comunicação. Assim, constatou-se que, a feira não é só um espaço de intercambio de mercadorias, também é um cenário de socialização e intercambio de saberes, pois ali se reúnem e misturam sotaques, línguas, nacionalidades, histórias e saberes que a fazem um local educativo ao céu aberto, onde as pessoas aprendem e ensinam fazendo, narrando, ouvindo, interagindo, entre outras. Também que mesmo diante das feiras livres estarem submetidas as lógicas do capitalismo, a corrupção, o clientelismo, e as transformações ocorridas com o crescimento das cidades e a incorporação de novos tipos de comércio, esta continua vigente porque não é unicamente o lugar físico, também faz parte das práticas, os saberes e as relações que se constroem com o lugar e as pessoas que a frequentamLas plazas de mercado son lugares de ventas de variados productos, principalmente frutas, verduras, artesanías y bienes de primera necesidad. También son lugares antropológicos (Auge, 1992) que suscitan diálogo, reciprocidades, identidades, aprendizajes y enseñanzas. Esta investigación se desarrolla en la plaza de mercado del Sur de Tunja (Colombia). Esta es la más grande de la ciudad y, los productos comercializados allí posteriormente serán comercializadas en otras plazas más pequeñas, tiendas de barrio e incluso en supermercados. De acuerdo con la sentencia T-238/93 de la corte constitucional colombiana, los municipios tienen la responsabilidad de custodiar, defender y administrar las plazas de mercado públicas, porque su funcionamiento pertenece y beneficia a todos los habitantes del territorio. No obstante, la informalidad de las plazas y el poco interés de las administraciones municipales en mantener estos espacios ha contribuido a propagar una percepción negativa de los mismos Por lo tanto, esta investigación tiene como objetivo indagar sobre las prácticas de socialización que los actores de la plaza de mercado tejen entre ellos y con el lugar, frente al discurso normativista impuesto por el sistema económico y la burocracia (WEBBER, 1978) administrativa. Para realizar este trabajo utilizamos la etnografía como perspectiva metodológica, ya que comprender la plaza implica estudiarla desde una mirada sociológica, en otras palabras, desde las prácticas y las relaciones que se tejen entre las personas y con el lugar, teniendo en cuenta que este está cargado de signos, saberes, representaciones y subjetividades, cuya relevancia va más allá de lo económico, porque las relaciones comerciales dependen de las relaciones sociales, la interacción y la comunicación. De esta forma, se constató que, la plaza no se limita a cumplir la función de intercambio de mercancías, sino que también es un escenario de socialización e intercambio de saberes, pues allí se reúnen y mezclan acentos, idiomas, nacionalidades, historias y saberes que hacen de ella un local educativo a cielo abierto, en el cual las personas aprenden y enseñan haciendo, narrando, oyendo, interactuando, entre otras. También que, aunque la plaza se encuentre sometida a las lógicas del capitalismo, la corrupción, el clientelismo y las transformaciones asumidas por el vertiginoso crecimiento de las ciudades y la incorporación de nuevos tipos de comercio, esta continua vigente porque no se encuentra únicamente en el lugar físico, también hace parte de las prácticas, los saberes y las relaciones que se generan y tejen con el lugar y las personas que lo frecuentan142 f.Oliveira, Marcos Marques dehttp://lattes.cnpq.br/1176762037602020http://lattes.cnpq.br/3952286468152214Reyes, Ângela Jasmín Fonseca2020-10-12T13:03:30Z2020-10-12T13:03:30Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfREYES, Ángela Jasmin Fonseca. 2018. 142 f. Da barraca ao escritório: perspectivas pedagógicas da feira livre do sul de Tunja (Colômbia). Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2018.https://app.uff.br/riuff/handle/1/15203openAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-11-10T13:00:27Zoai:app.uff.br:1/15203Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:56:33.328572Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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