Soberania alimentar: dimensões material, prático-política, utópica e contraposição à [des]ordem do Sistema Agroalimentar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Joaquim Gonçalves da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
Texto Completo: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3726
Resumo: A presente tese analisa a Soberania Alimentar sob a perspectiva e conteúdo históricomaterial [e em projeção] construído a partir da práxis dos trabalhadores e trabalhadoras organizados em Movimentos e Organizações Sociais de base popular integrantes da Via Campesina, progenitora do conceito apresentado em 1996 à sociedade. O conceito de Soberania Alimentar é tomado em sua totalidade e multidimensionalidade [de base material: territorial, alimentar, genética, energética e hídrica; e de base social: econômica, política, cultural, ambiental e social] como um projeto histórico-político alternativo de organização de ‘sistemas alimentares’ e de provimento da alimentação, fazendo a contraposição à [des]ordem do Sistema Agroalimentar. É demonstrado que a materialização da Soberania Alimentar em sua radicalidade prescrita e como um devir histórico, considerando suas múltiplas dimensões de base e sociais, está imbricada com as dimensões materiais, prático-políticas e utópica, e que, portanto, pressupõe as mediações práticas necessárias de Reforma Agrária [Popular], a Política Pública, Agroecologia e Formação Humana para esse processo de transição. A análise também dedica atenção às questões relacionadas à fome e à insegurança alimentar e nutricional e como a sociedade buscou e está buscando enfrentar esses problemas. Com base nisso evidencia a gênese histórica dos conceitos de Segurança Alimentar [e Nutricional] e de Soberania Alimentar e o que está subjacente a esse debate, concluindo que as políticas de Segurança Alimentar [e Nutricional] integram e compactuam com a ordem sistêmica, enquanto as iniciativas e o projeção da Soberania Alimentar inscrevem-se na ordem da ruptura, das mediações e da superação da ordem, e na construção de uma outra hegemonia. Têm relevância também a análise da experiência brasileira tanto na questão da participação social, nos debates e demandas por políticas públicas, quanto as ações, programas e políticas de Segurança Alimentar e Nutricional implementadas. A partir disso, são percebidas as grandes linhas limítrofes para a implementação de políticas com força material indutora de transformação sob a perspectiva da Soberania Alimentar, o que incidiu na conclusão da confirmação da hipótese de que as políticas implementadas não garantem Segurança Alimentar e Nutricional e ficam distantes dos valores e princípios advogados pela Soberania Alimentar, e, em sua maioria são colidentes. Por fim, o horizonte composto pela radicalidade do conceito em seu processo de ideação e a sua dimensão utópica [com os germes do novo] é que lançam luz e determinam a substância das mediações práticas em construção.
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spelling Frigotto, GaudêncioCosta, Joaquim Gonçalves da20182020-09-08T12:58:03Z20202020-09-08T12:58:03Z2018https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3726A presente tese analisa a Soberania Alimentar sob a perspectiva e conteúdo históricomaterial [e em projeção] construído a partir da práxis dos trabalhadores e trabalhadoras organizados em Movimentos e Organizações Sociais de base popular integrantes da Via Campesina, progenitora do conceito apresentado em 1996 à sociedade. O conceito de Soberania Alimentar é tomado em sua totalidade e multidimensionalidade [de base material: territorial, alimentar, genética, energética e hídrica; e de base social: econômica, política, cultural, ambiental e social] como um projeto histórico-político alternativo de organização de ‘sistemas alimentares’ e de provimento da alimentação, fazendo a contraposição à [des]ordem do Sistema Agroalimentar. É demonstrado que a materialização da Soberania Alimentar em sua radicalidade prescrita e como um devir histórico, considerando suas múltiplas dimensões de base e sociais, está imbricada com as dimensões materiais, prático-políticas e utópica, e que, portanto, pressupõe as mediações práticas necessárias de Reforma Agrária [Popular], a Política Pública, Agroecologia e Formação Humana para esse processo de transição. A análise também dedica atenção às questões relacionadas à fome e à insegurança alimentar e nutricional e como a sociedade buscou e está buscando enfrentar esses problemas. Com base nisso evidencia a gênese histórica dos conceitos de Segurança Alimentar [e Nutricional] e de Soberania Alimentar e o que está subjacente a esse debate, concluindo que as políticas de Segurança Alimentar [e Nutricional] integram e compactuam com a ordem sistêmica, enquanto as iniciativas e o projeção da Soberania Alimentar inscrevem-se na ordem da ruptura, das mediações e da superação da ordem, e na construção de uma outra hegemonia. Têm relevância também a análise da experiência brasileira tanto na questão da participação social, nos debates e demandas por políticas públicas, quanto as ações, programas e políticas de Segurança Alimentar e Nutricional implementadas. A partir disso, são percebidas as grandes linhas limítrofes para a implementação de políticas com força material indutora de transformação sob a perspectiva da Soberania Alimentar, o que incidiu na conclusão da confirmação da hipótese de que as políticas implementadas não garantem Segurança Alimentar e Nutricional e ficam distantes dos valores e princípios advogados pela Soberania Alimentar, e, em sua maioria são colidentes. Por fim, o horizonte composto pela radicalidade do conceito em seu processo de ideação e a sua dimensão utópica [com os germes do novo] é que lançam luz e determinam a substância das mediações práticas em construção.This thesis analyzes Food Sovereignty under the perspective, historical-material content [projection] built from the praxis of the workers organized in Popular Movements, and Social Organizations, members of Via Campesina, the progenitor of the concept presented in 1996 to society. The concept of Food Sovereignty is taken in its totality and multidimensionality [material basis: territorial, food, genetic, energy and water; and social basis: economic, political, cultural, environmental and social] as an alternative historicalpolitical project of organizing 'food systems' and provision of food, contraposition to the [dis] order of the Agrifood System. It is demonstrated that the materialization of Food Sovereignty in its prescribed radicalism and as a historical development, considering its multiple basic and social dimensions, is imbricated with the material, practical-political and utopian dimensions, and therefore, presupposes the necessary practical mediations Agrarian Reform [Popular], the Public Policy, Agro ecology and Human Formation for this transition process. The analysis also dedicates attention on issues related to hunger and food nutritional insecurity and how society has sought and is seeking to address these problems. Based on this, the historical genesis of the concepts of Food and Nutrition Security and Food Sovereignty, and what underlies this debate, concludes that the Food and Nutrition Security policies integrate and compact with the systemic order, while the initiatives and the projection of Food Sovereignty are inscribed in the order of rupture, mediation and overcoming order, and in the construction of another hegemony. Also relevant are the analysis of the Brazilian experience both in the issue of social participation, in the debates and demands for public policies, and in the actions, programs and policies of Food and Nutrition Security implemented. From this, the broad lines for the implementation of policies with material force inducing transformation from the perspective of Food Sovereignty are perceived, which focused on the conclusion of the confirmation of the hypothesis that the policies implemented do not guarantee Food and Nutrition Security and are distant from the values and principles advocated by Food Sovereignty, and are mostly colliding. Finally, the horizon composed by the radicalism of the concept in its process of ideation and its utopian dimension [with the germs of the new] is that they shed light and determine the substance of practical mediations under construction.Submitted by Suelen Spindola Bilhar (suelen.bilhar@uffs.edu.br) on 2020-07-31T12:24:03Z No. of bitstreams: 1 COSTA.pdf: 5029017 bytes, checksum: de84c05c0ccaa0994b95d07c4cd4b576 (MD5)Approved for entry into archive by Franciele Scaglioni da Cruz (franciele.cruz@uffs.edu.br) on 2020-09-08T12:58:03Z (GMT) No. of bitstreams: 1 COSTA.pdf: 5029017 bytes, checksum: de84c05c0ccaa0994b95d07c4cd4b576 (MD5)Made available in DSpace on 2020-09-08T12:58:03Z (GMT). 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