Caracterização molecular e fenotípica de Staphylococcus coagulase-negativo isolados da unidade de terapia intensiva neonatal de um hospital público da cidade de Dourados/MS

• Autor(a) principal: Postaue, Murilo de Assis
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
• Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/3011
• topic: Staphylococcus capitis; CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS; Infecção hospitalar; Recém-nascido; Cross infection; Infant, newborn

Os Staphylococcus coagulase-negativo, são bactérias gram-positivas que podem ser encontradas facilmente vivendo na microbiota humana de forma harmoniosa, porém estes microrganismos estão entre os mais frequentes em infecções nosocomiais, já que eles apresentam a característica oportunista, se aproveitando do sistema debilitado de pacientes enfermos. Essas bactérias podem produzir biofilme, se aderindo e colonizando mais facilmente tanto os pacientes quanto instrumentos médicos. Este cenário piorou após o surgimento de cepas resistentes a meticilina. Sabendo disso, este estudo teve como objetivo caracterizar as cepas de Staphylococcus coagulase negativa isoladas da unidade de terapia intensiva neonatal de um hospital público de Dourados/MS, que possuíam perfil de resistência para oxacilina, quanto a ausência do gene nucA, que confirma que os isolados não são Staphylococcus aureus. O gene mecA que confere a resistência a beta lactâmicos. E quanto o gene femA que regula a resistência, acentuando-a. Também foi efetuada a técnica de aderência em placa para semiquantificar a produção de biofilme destes isolados. Um total de 33 amostras foram isoladas no período de agosto de 2016 até agosto de 2017, tendo suas espécies determinadas pelo sistema automatizado PhoenixTM BD e posteriormente confirmado pela técnica de PCR através da ausência do gene nucA. Das 33 amostras 100% possuíam o gene mecA. Já o gene femA foi encontrado em 9% (3) das amostras. O teste de aderência em placa detectou a produção de biofilme em 6 (18,1%) das amostras, sendo que apenas 1 produz de forma forte, as outras 5 produzem fracamente. Os dados apresentados neste estudo revelam que cepas de grande potencial patogênico estão em circulação, e se espera que através destas informações seja possível auxiliar os profissionais da saúde na criação de novos meios e mecanismos para combater futuras infecções hospitalares, evitando gastos, reduzindo tempo de internação e minimizando a mortalidade.