A rede do gol: cartorialismo e clientelismo na Estrutura Política Esportiva Brasileira (EPEB)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ponte, William Rezende Alves
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8234
Resumo: A hipótese central é que por detrás dos problemas econômicos e de gestão do esporte, existem questões essencialmente políticas que condicionam as ações dos diversos atores envolvidos e possuem uma relação direta com a “gramática e os mecanismos de poder” tradicionalmente aplicados no esporte nacional. Desta forma, reflete-se uma maneira de enxergar e operar o esporte que aparentemente não parece se sustentar economicamente por muito tempo e é extremamente prejudicial à manutenção em bom nível da atividade esportiva. Em larga medida e parte do mesmo arranjo sistêmico, a aliança entre o capital, por meio dos diversos patrocinadores e principalmente pelas plataformas de distribuição e transmissão dos conteúdos esportivos com a elite política do esporte no Brasil – EPEB, vulgo Cartolagem, constituem o comando predatório das atividades esportivas profissionais no País, que se sustenta no atraso e na falência generalizada. Este arranjo é essencialmente forjado na prática clientelista apoiada em um mecanismo cartorial cujo principal ator vem sendo a EPEB e seus membros, de modo geral e em específico no caso do futebol analisado aqui. Esta elite política se perpetua em grande medida a partir da falência econômica e do atraso gerencial dos Clubes Brasileiros de Futebol- (CBdeF). Trata-se de presidentes e diretores de clubes, presidentes e diretores das federações estaduais, corpo dirigente da CBF e em casos recorrentes, membros da política convencional que transitam nos dois campos políticos, e empresários do setor. Para investigação da matéria utiliza-se de uma historicização do objeto e contextualização contemporânea, sem ignorar o passado relevante e que condiciona em alguma medida a trajetória até aqui, sendo o período mais relevante o dos anos 1990 até o presente. Considera-se fundamental o método neo institucionalista, o cenário atual do futebol nacional e seus principais atores, a estrutura de poder dirigente, os mecanismos que permitem a operação e perpetuação de tal poder, tal qual ele se configura, principalmente pela gramática clientelista contemporânea em rede, através de um evidente “estado cartorial do esporte”, apoiado essencialmente no arranjo federativo do desporto nacional, precisamente, as federações estaduais de futebol, configuração única quando comparado a qualquer outro país.
id UFJF_d30caa86bc454bb968d290919e9777c2
oai_identifier_str oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/8234
network_acronym_str UFJF
network_name_str Repositório Institucional da UFJF
repository_id_str
spelling Condé, Eduardo Antonio Salomãohttp://lattes.cnpq.brAndrada, Leonardo Silvahttp://lattes.cnpq.brDelgado, Ignácio José Godinhohttp://lattes.cnpq.brRodrigues, Wallace Faustino da Rochahttp://lattes.cnpq.brhttp://lattes.cnpq.brPonte, William Rezende Alves2018-12-07T11:46:31Z2018-12-062018-12-07T11:46:31Z2018https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8234A hipótese central é que por detrás dos problemas econômicos e de gestão do esporte, existem questões essencialmente políticas que condicionam as ações dos diversos atores envolvidos e possuem uma relação direta com a “gramática e os mecanismos de poder” tradicionalmente aplicados no esporte nacional. Desta forma, reflete-se uma maneira de enxergar e operar o esporte que aparentemente não parece se sustentar economicamente por muito tempo e é extremamente prejudicial à manutenção em bom nível da atividade esportiva. Em larga medida e parte do mesmo arranjo sistêmico, a aliança entre o capital, por meio dos diversos patrocinadores e principalmente pelas plataformas de distribuição e transmissão dos conteúdos esportivos com a elite política do esporte no Brasil – EPEB, vulgo Cartolagem, constituem o comando predatório das atividades esportivas profissionais no País, que se sustenta no atraso e na falência generalizada. Este arranjo é essencialmente forjado na prática clientelista apoiada em um mecanismo cartorial cujo principal ator vem sendo a EPEB e seus membros, de modo geral e em específico no caso do futebol analisado aqui. Esta elite política se perpetua em grande medida a partir da falência econômica e do atraso gerencial dos Clubes Brasileiros de Futebol- (CBdeF). Trata-se de presidentes e diretores de clubes, presidentes e diretores das federações estaduais, corpo dirigente da CBF e em casos recorrentes, membros da política convencional que transitam nos dois campos políticos, e empresários do setor. Para investigação da matéria utiliza-se de uma historicização do objeto e contextualização contemporânea, sem ignorar o passado relevante e que condiciona em alguma medida a trajetória até aqui, sendo o período mais relevante o dos anos 1990 até o presente. Considera-se fundamental o método neo institucionalista, o cenário atual do futebol nacional e seus principais atores, a estrutura de poder dirigente, os mecanismos que permitem a operação e perpetuação de tal poder, tal qual ele se configura, principalmente pela gramática clientelista contemporânea em rede, através de um evidente “estado cartorial do esporte”, apoiado essencialmente no arranjo federativo do desporto nacional, precisamente, as federações estaduais de futebol, configuração única quando comparado a qualquer outro país.The central hypothesis is that behind the economical and management problems in sports lie political questions that define the actions of the involved agents. These questions have a direct relation with the “power grammar and mechanisms” traditionally existent in all national sports. Therefore, there is a way of understanding and managing sportive activities that can’t sustain itself economically and is harmful to a good management level. It is part of the same systemic arrangement the alliance between capital, through the sponsors and mainly the sportive broadcasting and distribution platforms, with the political elite of sports in Brazil – PESB, also known as “Cartolagem”. This constitutes the predatory command of professional sportive activities in the country, sustained by general failure and backwardness. This arrangement is based on the clientelist practice sustained by a notarial mechanism, whose main agents are the members of the PESB. These political elite maintains itself through the economic and management bankruptcy of Brazilian Soccer Teams (BST) and are part of it the teams president and directors, state federations presidents and directors, the directors of CBF and, recurrently, traditional politicians and businessmen. To investigate the subject it was used the historic and current context of the assessed objects, with the most important period dating from the 1990s until nowadays. The neo institutionalist method, soccer current scenario, its main agents and their power structure were taken into account for the purpose of understanding the operation and maintenance of this arrangement. It is also pointed that it is conducted through the current clientelist grammar network, combined with a “notarial situation of sport”, which is supported by the federative arrangement of national sports, specifically the state federations, creating a unique configuration when compared to other countries.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Ciências SociaisUFJFBrasilICH – Instituto de Ciências HumanasCNPQ::CIENCIAS HUMANASFutebolElite políticaCBFFIFAGestão esportivaSoccerPolitical eliteCBFFIFASportive managementA rede do gol: cartorialismo e clientelismo na Estrutura Política Esportiva Brasileira (EPEB)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTwilliamrezendealvesponte.pdf.txtwilliamrezendealvesponte.pdf.txtExtracted texttext/plain314186https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/8234/3/williamrezendealvesponte.pdf.txtc3bfb22cf1280f29ba6fc284edcdc218MD53THUMBNAILwilliamrezendealvesponte.pdf.jpgwilliamrezendealvesponte.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1162https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/8234/4/williamrezendealvesponte.pdf.jpg8f1f29fd2dcb2735c92b7adebb36015cMD54ORIGINALwilliamrezendealvesponte.pdfwilliamrezendealvesponte.pdfapplication/pdf1968536https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/8234/1/williamrezendealvesponte.pdfce75d9eca9642fca120b093e0f434f1bMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/8234/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52ufjf/82342019-06-16 10:14:46.393oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/8234TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-06-16T13:14:46Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A rede do gol: cartorialismo e clientelismo na Estrutura Política Esportiva Brasileira (EPEB)
title A rede do gol: cartorialismo e clientelismo na Estrutura Política Esportiva Brasileira (EPEB)
spellingShingle A rede do gol: cartorialismo e clientelismo na Estrutura Política Esportiva Brasileira (EPEB)
Ponte, William Rezende Alves
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS
Futebol
Elite política
CBF
FIFA
Gestão esportiva
Soccer
Political elite
CBF
FIFA
Sportive management
title_short A rede do gol: cartorialismo e clientelismo na Estrutura Política Esportiva Brasileira (EPEB)
title_full A rede do gol: cartorialismo e clientelismo na Estrutura Política Esportiva Brasileira (EPEB)
title_fullStr A rede do gol: cartorialismo e clientelismo na Estrutura Política Esportiva Brasileira (EPEB)
title_full_unstemmed A rede do gol: cartorialismo e clientelismo na Estrutura Política Esportiva Brasileira (EPEB)
title_sort A rede do gol: cartorialismo e clientelismo na Estrutura Política Esportiva Brasileira (EPEB)
author Ponte, William Rezende Alves
author_facet Ponte, William Rezende Alves
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Condé, Eduardo Antonio Salomão
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Andrada, Leonardo Silva
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Delgado, Ignácio José Godinho
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Rodrigues, Wallace Faustino da Rocha
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br
dc.contributor.author.fl_str_mv Ponte, William Rezende Alves
contributor_str_mv Condé, Eduardo Antonio Salomão
Andrada, Leonardo Silva
Delgado, Ignácio José Godinho
Rodrigues, Wallace Faustino da Rocha
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS HUMANAS
topic CNPQ::CIENCIAS HUMANAS
Futebol
Elite política
CBF
FIFA
Gestão esportiva
Soccer
Political elite
CBF
FIFA
Sportive management
dc.subject.por.fl_str_mv Futebol
Elite política
CBF
FIFA
Gestão esportiva
Soccer
Political elite
CBF
FIFA
Sportive management
description A hipótese central é que por detrás dos problemas econômicos e de gestão do esporte, existem questões essencialmente políticas que condicionam as ações dos diversos atores envolvidos e possuem uma relação direta com a “gramática e os mecanismos de poder” tradicionalmente aplicados no esporte nacional. Desta forma, reflete-se uma maneira de enxergar e operar o esporte que aparentemente não parece se sustentar economicamente por muito tempo e é extremamente prejudicial à manutenção em bom nível da atividade esportiva. Em larga medida e parte do mesmo arranjo sistêmico, a aliança entre o capital, por meio dos diversos patrocinadores e principalmente pelas plataformas de distribuição e transmissão dos conteúdos esportivos com a elite política do esporte no Brasil – EPEB, vulgo Cartolagem, constituem o comando predatório das atividades esportivas profissionais no País, que se sustenta no atraso e na falência generalizada. Este arranjo é essencialmente forjado na prática clientelista apoiada em um mecanismo cartorial cujo principal ator vem sendo a EPEB e seus membros, de modo geral e em específico no caso do futebol analisado aqui. Esta elite política se perpetua em grande medida a partir da falência econômica e do atraso gerencial dos Clubes Brasileiros de Futebol- (CBdeF). Trata-se de presidentes e diretores de clubes, presidentes e diretores das federações estaduais, corpo dirigente da CBF e em casos recorrentes, membros da política convencional que transitam nos dois campos políticos, e empresários do setor. Para investigação da matéria utiliza-se de uma historicização do objeto e contextualização contemporânea, sem ignorar o passado relevante e que condiciona em alguma medida a trajetória até aqui, sendo o período mais relevante o dos anos 1990 até o presente. Considera-se fundamental o método neo institucionalista, o cenário atual do futebol nacional e seus principais atores, a estrutura de poder dirigente, os mecanismos que permitem a operação e perpetuação de tal poder, tal qual ele se configura, principalmente pela gramática clientelista contemporânea em rede, através de um evidente “estado cartorial do esporte”, apoiado essencialmente no arranjo federativo do desporto nacional, precisamente, as federações estaduais de futebol, configuração única quando comparado a qualquer outro país.
publishDate 2018
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-12-07T11:46:31Z
dc.date.available.fl_str_mv 2018-12-06
2018-12-07T11:46:31Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2018
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8234
url https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8234
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFJF
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICH – Instituto de Ciências Humanas
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFJF
instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
instname_str Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron_str UFJF
institution UFJF
reponame_str Repositório Institucional da UFJF
collection Repositório Institucional da UFJF
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/8234/3/williamrezendealvesponte.pdf.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/8234/4/williamrezendealvesponte.pdf.jpg
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/8234/1/williamrezendealvesponte.pdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/8234/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv c3bfb22cf1280f29ba6fc284edcdc218
8f1f29fd2dcb2735c92b7adebb36015c
ce75d9eca9642fca120b093e0f434f1b
000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801661287915061248