Formação e atuação em saúde do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica em um município polo de Minas Gerais

• Autor(a) principal: Benvindo, Vinícius Vieira
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
• Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9546
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO; Atenção básica; Saúde da família; Saúde pública; Educação profissional em saúde pública; Primary health care; Family health; Public health; Professional education in public health

Este estudo pautou-se em caracterizar o Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), do munícipio de Governador Valadares - Minas Gerais, por meio do perfil dos profissionais integrantes do programa, aspectos da formação e da atuação. Buscou ainda investigar o conhecimento desses profissionais sobre o programa e suas diretrizes, bem como a realização do planejamento em saúde dos territórios de saúde de cada equipe do NASF-AB. Tratando-se de um estudo descritivo, a partir da aplicação de um questionário estruturado aos 34 profissionais do NASF-AB do munícipio. O questionário foi preenchido por 82,9% dos integrantes do programa. Predominavam profissionais do sexo feminino (88,2%) e casados (44,1%), com média de idade de 37,9 anos (DP ±8,9). O ingresso no programa se deu pela análise de currículo (47,1%), seguido de entrevista (33,4%), por indicação e transferência igualmente (22,2%). A maioria graduou-se em universidades/faculdades privadas (94,1%), com média de 9 anos de conclusão da graduação. Informaram que, durante a graduação, não possuíram nenhuma experiência em Saúde Pública (50%), além do estágio curricular obrigatório. Verificou- se também, que o mesmo percentual não teve experiência profissional em Saúde Pública prévia ao ingresso no programa. Os profissionais entrevistados referiram em sua maioria as diretrizes relacionadas à Promoção a Saúde (82,4%) e Interdisciplinaridade (73,5%) e as menos citadas foram a Educação Permanente em Saúde (14,7%) e Participação Social (17,6%); indicaram possuírem uma boa integração com as equipes da Estratégia de Saúde da Família. Em relação ao planejamento em saúde em cada território foi identificada reduzida utilização de instrumentos (53%) para o planejamento e incipiente participação popular nas decisões de saúde e planejamento para o território. Os achados desse estudo apontam para a necessidade de uma melhor formação em saúde dos profissionais pelas instituições de Ensino Superior para atuação no programa, bem como uma maior atenção dos gestores às competências requeridas aos profissionais para integrarem as equipes, além da imposição de maior investimento nas ações de Educação Permanente.