Educação continuada em saúde: ações de prevenção, promoção e controle das doenças infecto-parasitárias em escolares residentes em um distrito rural endêmico

• Autor(a) principal: Valente, Ana Carolina Menezes Mendonça
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
• Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14413
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIA; Higiene; Parasitose intestinal; Arboviroses; Animais peçonhentos; Extensão universitária; Hygiene; Intestinal parasites; Arboviral; Poisonous animals; University extension

Problemas relacionados à higiene acometem majoritariamente crianças em idade escolar. Hábitos de higiene individual e coletivo interferem diretamente em doenças como parasitoses intestinais, arboviroses e acidentes envolvendo animais peçonhentos. A prevenção é um pilar em comum para a redução dos agravos supracitadas. Os beneficiários desse projeto constituem um grupo de 125 crianças (4-10 anos; mediana = 7), que frequentam duas escolas públicas de Xonin de Cima, distrito rural do município de Governador Valadares (MG). Aplicaram-se questionários e, a partir das informações obtidas, organizaram-se 4 ações de educação em saúde, cujas temáticas foram: higiene, arboviroses, parasitoses intestinais (PI) e acidentes com animais peçonhentos (AAP). Utilizaram-se jogos, dinâmicas, teatro, música, cinema, aulas expositivas e exibição de espécies no formol como recursos pedagógicos. Ademais, organizou-se uma feira multidisciplinar que abordou temas de saúde, educação e cidadania. Identificaram-se vulnerabilidades, como: apenas 44,8% dos participantes conhecem o conceito de higienização. 74,4% nunca ouviu falar sobre doenças infecto-parasitárias. 26,4% não fazem a lavagem das mãos em todos os momentos necessários. 0,8% não escovam os dentes após refeições ou antes de dormir. 10,4% não lavam alimentos antes de comê-los. 14,4% referem tomar banho em rio ou lago; enquanto 117 (93%) utilizam o córrego local, provável foco de esquistossomose, para lazer. 22,4% referiram quadro anterior de arbovirose; 64,8% dizem ter visto água parada e 76,0% relata grande quantidade de mosquitos em casa. 40,8% refere adoecimento prévio por PI. 13,6% sofreram AAP, principalmente escorpionismo (52,9%) e ofidismo (17,6%). 95% já viram algum animal peçonhento em casa. Quanto às ações, afirma-se que os métodos utilizados aproximam as informações à idade e ao contexto cultural do público atendido, gerando maior efetividade.