Deficiências nutricionais em bananeira ornamental (Musa velutina H. Wedl. & Drude): Alterações químicas e morfológicas e caracterização de sintomas visuais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinho, Paulo Jorge de
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFLA
Texto Completo: http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/3588
Resumo: O objetivo deste trabalho foi de caracterizar os sintomas visuais de deficiências nutricionais simples e múltiplas, a composição química, exportação e aspecto de cachos sob omissão de nutrientes, efeitos de deficiências nutricionais no crescimento e na nutrição mineral e alterações morfo-anatômicas. O experimento foi realizado em casa-de-vegetação da área experimental do Departamento de Ciência do Solo da Universidade Federal de Lavras (Lavras-MG). O experimento foi iniciado em novembro de 2006, por um período de seis meses. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 5 repetições e 12 tratamentos. Os tratamentos consistiram de: Solução Hoagland & Arnon (1950) completa, com omissão de N (-N), com omissão de P (-P), com omissão de K (-K), com omissão de Ca (-Ca), com omissão de Mg (-Mg), com omissão de S (-S), com omissão de B (-B), com omissão de Fe (-Fe), com omissão de Mn (-Mn), com omissão de Ca e B (-CaB) e com omissão de Mg e Mn (-MgMn). Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância e as médias avaliadas pelo teste Scott & Knott (p ≤ 0,05). As plantas foram observadas, verificando-se as alterações decorrentes das omissões de nutrientes e os sintomas caracterizados e fotografados à medida que ocorriam durante o período experimental. Os sintomas visuais de deficiências nutricionais foram semelhantes aos descritos na literatura para a bananeira comestível. Há dominância dos sintomas de B quando esse nutriente é omitido em conjunto com o Ca. Sob omissão simultânea de Mg e Mn, os sintomas apresentados foram característicos dos dois nutrientes. Na ocasião da colheita, os cachos foram fotografados e os efeitos dos tratamentos foram avaliados através de medidas e aparência visual dos mesmos. Foram avaliados o comprimento do engaço, número de pencas, número de frutos, comprimento e diâmetro do fruto central da primeira penca e determinados os teores e acúmulos de nutrientes dos cachos. Sob omissão de N, K e B não houve emissão de cachos. A omissão de nutrientes tanto de forma simples quanto múltipla afetou os parâmetros de crescimento dos cachos assim como seu aspecto visual. A omissão de Mn e MgMn diminuíram a intensidade da cor dos cachos. A ordem de exportação de nutrientes pelos cachos foi: K> N> Ca> Mg> P> S> Fe> Zn> Mn> B> Cu. Foram avaliados semanalmente a altura das plantas e o diâmetro do pseudocaule. Por ocasião da colheita foi avaliado ainda o número de folhas e o comprimento e largura da terceira folha. As plantas foram divididas em folhas + pseudocaule, rizoma, raiz e perfilhos para determinação da composição química de cada parte. Na emissão da inflorescência foi coletada a folha III para determinação química. Foram determinadas as curvas de crescimento e a área abaixo da curva de crescimento das plantas sob cada tratamento. A omissão de nutrientes tanto de forma simples quanto múltipla afetou os parâmetros de crescimento das plantas, a produção de matéria seca e os teores e acúmulos de nutrientes. O nutriente que mais afetou a produção de matéria seca foi o K. Sob omissão de K não houve emissão de perfilhos. De maneira geral, os teores encontrados para bananeira ornamental estavam próximos aos preconizados na literatura para as bananeiras comestíveis. Para a análise anatômicas partes das folhas sintomáticas foram coletadas. Essas folhas foram fixadas em FAA70 e conservadas em etanol 70%. Foram realizados cortes transversais para medições da espessura das epidermes, hipodermes e dos parênquimas. Foram ainda medidos a densidade estomática da face abaxial e adaxial e os diâmetros polar e equatorial dos estômatos. Somente a espessura da epiderme adaxial não foi afetada pela omissão de nutrientes. A densidade estomática e os diâmetros polar e equatorial foram afetados pelos tratamentos.
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O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 5 repetições e 12 tratamentos. Os tratamentos consistiram de: Solução Hoagland & Arnon (1950) completa, com omissão de N (-N), com omissão de P (-P), com omissão de K (-K), com omissão de Ca (-Ca), com omissão de Mg (-Mg), com omissão de S (-S), com omissão de B (-B), com omissão de Fe (-Fe), com omissão de Mn (-Mn), com omissão de Ca e B (-CaB) e com omissão de Mg e Mn (-MgMn). Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância e as médias avaliadas pelo teste Scott & Knott (p ≤ 0,05). As plantas foram observadas, verificando-se as alterações decorrentes das omissões de nutrientes e os sintomas caracterizados e fotografados à medida que ocorriam durante o período experimental. Os sintomas visuais de deficiências nutricionais foram semelhantes aos descritos na literatura para a bananeira comestível. Há dominância dos sintomas de B quando esse nutriente é omitido em conjunto com o Ca. 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Foram realizados cortes transversais para medições da espessura das epidermes, hipodermes e dos parênquimas. Foram ainda medidos a densidade estomática da face abaxial e adaxial e os diâmetros polar e equatorial dos estômatos. Somente a espessura da epiderme adaxial não foi afetada pela omissão de nutrientes. A densidade estomática e os diâmetros polar e equatorial foram afetados pelos tratamentos.UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRASDCS - Departamento de Ciência do SoloUFLABRASILBastos, Ana Rosa RibeiroCarvalho, Janice Guedes deCastro, Evaristo Mauro deMuraoka, TakashiSilva, Enilson de BarrosPinho, Paulo Jorge de2014-09-05T19:22:08Z2014-09-05T19:22:08Z2014-09-052007-12-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfPINHO, P. J. de. Deficiências nutricionais em bananeira ornamental (Musa velutina H. Wedl. & Drude): alterações químicas e morfológicas e caracterização de sintomas visuais. 2007. 152 p. 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