Biopolítica e Governamentalidade na Belle Époque carioca: Alguns apontamentos iniciais sobre o controle médico da população e do espaço urbano
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Estudos Políticos (Online) |
Texto Completo: | https://pos.direito.ufmg.br/rbep/index.php/rbep/article/view/403 |
Resumo: | Inicialmente, o artigo traz uma perspectiva da razão política governamental moderna, demonstrada por Michel Foucault, que servirá como quadro metodológico na análise do controle médico da população e do espaço urbano no contexto do Rio de Janeiro do final do século XIX e início do século XX. Em um segundo momento é mostrado como esse controle médico da população e do espaço urbano funcionou no período histórico em exame. São pontos importantes aqui: a construção da noção de “classes perigosas”, a “demonização” dos cortiços, o projeto urbanístico conhecido na história como “bota-abaixo”, a emergência do discurso médico-técnico-higienista e as práticas adotadas a partir disso, além da contraposição popular a estas ações, a Revolta da Vacina. Por último, são traçadas algumas congruências entre a perspectiva de análise da racionalidade política moderna e o quadro sócio-histórico apresentado, como a questão da bios como espaço de intervenção e regulação do Estado com base em um dispositivo médico-higienista-sanitarista e a Revolta da Vacina como manifestação de resistência em face do controle biopolítico da população. |
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