Abandonamos a sala da universidade: uma opção decolonial no estágio de inglês e na formação docente crítica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mastrella-de-Andrade, Mariana Rosa
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Lingüística Aplicada (Online)
Texto Completo: http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/rbla/article/view/14886
Resumo: Neste artigo, discuto uma experiência de formação de professoras/es de inglês com o estágio supervisionado integralmente em uma escola pública. Para fundamentar as reflexões, adoto uma perspectiva decolonial (MIGNOLO, 2014), na busca por romper com colonialidades do saber, poder e do ser na relação universidade-escola para a formação docente (PESSOA, 2018; BORELLI, 2018). Objetivo entender como vivenciamos essa decolonialidade, com foco em três aspectos: a maneira como o estágio é estruturado, o meu papel como professora formadora e o papel dos sujeitos da escola. Sendo qualitativa (DENZIN; LINCOLN, 2005) e interpretativista (MOITA LOPES, 1994), esta pesquisa foi desenvolvida com material empírico gerado através de diários, entrevistas, notas de campo e trocas de mensagem por email e whatsapp. As discussões mostram como iniciamos um rompimento com a estrutura tradicional do estágio e como reconstruímos nossos saberes e nossas identidades a partir do entendimento da vivência na escola como ecologia de saberes (SANTOS, 2007).
id UFMG-7_936d86f1974db7f36e9e9398f9f440f9
oai_identifier_str oai:periodicos.letras.ufmg.br:article/14886
network_acronym_str UFMG-7
network_name_str Revista Brasileira de Lingüística Aplicada (Online)
repository_id_str
spelling Abandonamos a sala da universidade: uma opção decolonial no estágio de inglês e na formação docente críticaformação docente de inglês; estágio supervisionado; decolonialidadeNeste artigo, discuto uma experiência de formação de professoras/es de inglês com o estágio supervisionado integralmente em uma escola pública. Para fundamentar as reflexões, adoto uma perspectiva decolonial (MIGNOLO, 2014), na busca por romper com colonialidades do saber, poder e do ser na relação universidade-escola para a formação docente (PESSOA, 2018; BORELLI, 2018). Objetivo entender como vivenciamos essa decolonialidade, com foco em três aspectos: a maneira como o estágio é estruturado, o meu papel como professora formadora e o papel dos sujeitos da escola. Sendo qualitativa (DENZIN; LINCOLN, 2005) e interpretativista (MOITA LOPES, 1994), esta pesquisa foi desenvolvida com material empírico gerado através de diários, entrevistas, notas de campo e trocas de mensagem por email e whatsapp. As discussões mostram como iniciamos um rompimento com a estrutura tradicional do estágio e como reconstruímos nossos saberes e nossas identidades a partir do entendimento da vivência na escola como ecologia de saberes (SANTOS, 2007).Faculdade de Letras - Universidade Federal de Minas GeraisRosane Rocha Pessoa, Universidade Federal de GoiásMastrella-de-Andrade, Mariana Rosa2020-05-05info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionhttp://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/rbla/article/view/14886Revista Brasileira de Linguística Aplicada; Vol 20, No 1 (2020)Revista Brasileira de Linguística Aplicada; Vol 20, No 1 (2020)Revista Brasileira de Linguística Aplicada; Vol 20, No 1 (2020)1984-63981676-0786reponame:Revista Brasileira de Lingüística Aplicada (Online)instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGhttp://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/rbla/article/downloadSuppFile/14886/2315/*ref*/ANDRADE, M. P. A branquitude e a colonialidade na prática docente na educação básica (2000-2015). Revista da ABPN, v. 10, Ed. Especial, p. 238-264, 2018./*ref*/ANDREOTTI, V. O. Renegotiating epistemic privilege and enchantments with modernity: the gain in the loss of the entitlement to control and define everything. Social policy, education and curriculum research unit. North Dartmouth: Centre For Policy Analyses/UMass Dartmouth, 2013. Disponível em: http://www.umassd.edu/seppce/centers/cfpa/ . Acesso em: 12 agosto 2018./*ref*/BIAZI, T. M. D.; GIMENEZ, T.; STUTZ, L. O papel da observação de aulas durante o estágio supervisionado de inglês. Revista SIGNUM: Estudos Linguísticos, Londrina, n. 14/1, p. 57-78, 2011./*ref*/BLOMMAERT, J. Discourse. A critical introduction. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. 299p./*ref*/BOHN, H. I. Maneiras inovadoras de ensinar e aprender: a necessidade de des(re)construção de conceitos. In: LEFFA, V. J. (Org.). O professor de línguas estrangeiras: construindo a profissão. 2.ed., Pelotas: EDUCAT, 2008, p. 123-132./*ref*/BORELLI, J. D. V. P. O estágio e o desafio decolonial: (des)construindo sentidos sobre a formação de professores/as de ingles, 2018. 223f. Tese (Doutorado em Letras e Linguística) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia./*ref*/BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Brasília, v. 1, Capítulo 3, 2006, p.87-122./*ref*/BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação Continuada. Resolução CNE/CP n. 02/2015, de 1º de julho de 2015. Brasília, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, seção 1, n. 124, p. 8-12, 02 de julho de 2015./*ref*/BRENNEISEN, E.; TARINI, A. M. F. Identidade, diferença e pluralidade: um olhar para a sala de aula. Linguagem & Ensino, v.11, n.1, p.81-99, jan./jun. 2008. Disponível em: <http://www.rle.ucpel.tche.br/index.php/rle/article/view/127/96>. Acesso em: 10 fevereiro 2016./*ref*/CAMERON, D.; FRASER, E.; HARVEY, P.; RAMPTON, B.; RICHARDSON, K. Ethics, advocacy and empowerment: issues of method in researching language. Language and communication, Oxford, v. 13, n. 2, p. 81-94, 1993./*ref*/COELHO, Hilda S. H. Experiências, emoções e transformações na educação continuada: um estudo de caso. 2011. 175 f. Tese (doutorado) – Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte./*ref*/DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. The Sage handbook of qualitative research. London: Sage Publications, 2005. 1211p./*ref*/GASPERI, F. V. Heroes and Villains: a report of a project to teach English for teenagers. Revista Bem Legal, UFRGS, v. 6. n. 2, 2016. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/revistabemlegal/edicao-atual>. Acesso em 12 junho 2017./*ref*/GOMES, N. L. Relações étnico-raciais, educação e descolonização dos currículos. Currículo sem Fronteiras, v.12, n.1, p. 98-109, 2012./*ref*/GROSFOGUEL, R. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: Transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 80, p. 115-147, 2008./*ref*/HALL, S. Who needs identity? In: HALL, S.; DU GAY, P. Questions of cultural identity. London: Sage Publications: 2003, p. 1-17./*ref*/IFA, S. Estágio supervisionado de língua inglesa: experiências significativas para a construção de conhecimentos sobre prática docente. Estudos Linguísticos e Literários, n. 50, p. 100-119, 2014./*ref*/JORDÃO, C. M.; MARTINEZ, J.; HALU, R. C. Formação desformatada: práticas com professores de língua inglesa. Campinas: Pontes, 2011. 308p./*ref*/JORDÃO, C.; BÜHRER, E. A Condição de Aluno-Professor de Língua Inglesa em Discussão: estágio, identidade e agência. Educação & Realidade, v. 38, n. 2, p. 669-682, 2013./*ref*/KLEIMAN, A. Preciso “ensinar” o letramento? Não basta ensinar a ler e a escrever? Série Linguagem e Letramento em Foco. Campinas: Unicamp, IEL, 2005./*ref*/KUMARAVADIVELU, B. Individual identity, cultural globalization and teaching English as an international language: the case for an epistemic break. In: ALSAGOFF, L.; RENANDYA, W. A.; HU, G.; MCKAY, S. (Ed.). Teaching English as an international language: principles and practices. New York: Routledge, 2012, p. 9-27./*ref*/LANDER, E. (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino americanas. Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina, Colección Sur Sur, CLACSO, 2005. Disponível em: <http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar>. Acesso em: 10/08/2016./*ref*/LIMA, Francisca de F. de; SALES, Luís Carlos. 2007. As representações sociais do aluno de escola pública partilhadas por professores de língua inglesa que ensinam em escolas públicas e particulares de Teresina. Atos de Pesquisa em Educação, 2(1): 106-122./*ref*/MARQUES, J. L. Formação de professores reflexivos em serviço. In: PONTES, A. (Org.) Educação e formação de professores: reflexões e tendências atuais. São Paulo: Zouk, 2004, p. 51-71./*ref*/MATEUS, E. Torres de Babel e Línguas de Fogo: um pouco sobre a pesquisa na formação de professores de inglês. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 9, n. 1, p. 307-328, 2009./*ref*/MIGNOLO, W. Educación y decolonialidad: aprender a desaprender para poder re-aprender: Um diálogo geopolítico-pedagógico com Walter Mignolo. Revista del IICE, n. 35, p. 61-71, 2014. [Entrevista concedida a Facundo Giuliano e Daniel Berisso]. Disponível em: <http://revistascientificas.filo.uba.ar/index.php/iice/article/view/1961/1807>. Acesso em: 15 agosto 2018./*ref*/MOITA LOPES, L. P. Pesquisa interpretativista em lingüística aplicada: a linguagem como condição e solução. D.E.L.T.A, vol. 10, n. 2, 1994, p. 329-338./*ref*/NACARATO, A. M. A parceria universidade-escola: utopia ou possibilidade de formação continuada no âmbito das políticas públicas?. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 21, n. 66, p. 699-716, 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782016000300699&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 junho 2017./*ref*/NODARI, J. I.; ALMEIDA, M. R. Refletindo sobre a agência docente através da observação de aulas. Revista X , v. 2 , p. 24-46, 2012./*ref*/NUNES, M. B. What is the soundtrack of my life? An internship in group 92. Revista Bem Legal, UFRGS, v. 6. n. 2, 2016. Disponível em:<http://www.ufrgs.br/revistabemlegal/edicao-atual/what-is-the-soundtrack-of-my-life-2013-an-internship-in-group-92>. Acesso em 10 junho 2017./*ref*/PESSOA, R. R. Movimentos críticos de uma prática docente. In: PESSOA, R. R.; SILVESTRE, V. P. V.; MONTE-MÓR, W. Perspectivas críticas de educação linguística no Brasil: trajetórias e práticas de professoras(es) universitárias(os) de inglês. 1. ed. São Paulo: Pá de Palavra, 2018, p. 185-198./*ref*/PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004. 312p./*ref*/PUREZA, P. H. P.; ZANIOL, V. Culture and Consumerism in the classroom. Revista Bem Legal, UFRGS, v. 6. n. 2, 2016. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/revistabemlegal/edicao-atual>. Acesso em 12 junho 2017./*ref*/QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: Conselho Latino-americano de Ciências Sociais - CLACSO, 2005, p. 107-130./*ref*/QUIJANO, A. Colonialidad del poder, cultura, y conocimiento em América Latina. Ecuador Debate, Quito-Ecuador, v. 44, p. 227-238, 1998./*ref*/QUINTERO, A. H.; GUERRERO, C. H. The (Re)Construction of Self Through Student-Teachers’ Storied Agency in ELT: Between Marginalization and Idealization. In: YAZAN, B.; NATHANAEL, R. (Ed.). Criticality, Teacher Identity, and (In)equity in English Language Teaching Issues and Implications, 2018, p. 81-102./*ref*/RICHARDS, J.; LOCKHART, C. Reflective teaching in second language classrooms. Cambridge: CUP, 1996. 218p./*ref*/ROSENBERG, A. J. O estágio burocrático e a formação do professor: paisagens de ação e paisagens de consciência na licenciatura em língua inglesa - um estudo de caso. 2008. 191 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo./*ref*/SANTOS, B. S. 2007. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. Novos Estudos CEBRAP, v. 79, p. 71-94./*ref*/SANTOS, B. S. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. São Paulo: Cortez, 2009. 416p./*ref*/SCHLATTER, M. O ensino de leitura em língua estrangeira na escola: uma proposta de letramento. Calidoscopio, v. 7, n. 1, p. 11-23, 2009./*ref*/SCHON, D. The reflective practitioner: how professionals think in action. New York: Basic Books, 1983. 384p./*ref*/SILVA, A. F.; SANTIAGO, M. L. T. Hi, Future Me! A time in class to think about past, present and future, in English. Revista Bem Legal, v. 6. n. 2, 2016. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/revistabemlegal/edicao-atual>. Acesso em 12 julho 2017./*ref*/SKLIAR, C. A inclusão que é nossa e a diferença que é do outro. In: RODRIGUES, D. (Org.). Inclusão e educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. Summus Editorial, 2006, p. 15-34./*ref*/SMYTH, J. Teachers’ work and the politics of reflection. American Educational Research Journal, v. 29, n. 2, p. 267-300, 1992./*ref*/SOUSA, J. 2009. A ralé brasileira: quem é e como vive. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2009. 483p./*ref*/SÜSSEKIND VERÍSSIMO, M. L. Teatro de Ações: arqueologia dos estudos nosdoscom os cotidianos: relatos das práticas pedagógicas emancipatórias nas escolas. 2007. 235 f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro./*ref*/WALSH, C. Estudios (inter)culturales em clave decolonial. Tabula Rasa, Bogotá, n. 12, p. 209-227, 2010./*ref*/WALSH, C. Interculturalidad crítica y educación intercultural. In: VIAÑA, J.; TAPIA, L.; WALSH, C. Construyendo Interculturalidad Crítica. III CAB. La Paz, Bolivia: Instituto Internacional de Integración del Convenio Andrés Bello, 2010a, p. 75-96./*ref*/ZEICHNER, K. Uma análise crítica sobre a “reflexão” como conceito estruturante na formação docente. Educ. Soc. Campinas, v. 29, n. 103, p. 535-554, 2008./*ref*/ZEICHNER, K.; LISTON, D. Reflective teaching: an introduction. New York: Routledge; Erlbaum, 1996. 144p.Copyright (c) 2020 Revista Brasileira de Linguística Aplicadainfo:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-05-05T11:24:17Zoai:periodicos.letras.ufmg.br:article/14886Revistahttp://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/rbla/indexPUBhttp://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/rbla/oairblasecretaria@gmail.com||periodicosfaleufmg@gmail.com1984-63981676-0786opendoar:2020-05-05T11:24:17Revista Brasileira de Lingüística Aplicada (Online) - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.none.fl_str_mv Abandonamos a sala da universidade: uma opção decolonial no estágio de inglês e na formação docente crítica
title Abandonamos a sala da universidade: uma opção decolonial no estágio de inglês e na formação docente crítica
spellingShingle Abandonamos a sala da universidade: uma opção decolonial no estágio de inglês e na formação docente crítica
Mastrella-de-Andrade, Mariana Rosa
formação docente de inglês; estágio supervisionado; decolonialidade
title_short Abandonamos a sala da universidade: uma opção decolonial no estágio de inglês e na formação docente crítica
title_full Abandonamos a sala da universidade: uma opção decolonial no estágio de inglês e na formação docente crítica
title_fullStr Abandonamos a sala da universidade: uma opção decolonial no estágio de inglês e na formação docente crítica
title_full_unstemmed Abandonamos a sala da universidade: uma opção decolonial no estágio de inglês e na formação docente crítica
title_sort Abandonamos a sala da universidade: uma opção decolonial no estágio de inglês e na formação docente crítica
author Mastrella-de-Andrade, Mariana Rosa
author_facet Mastrella-de-Andrade, Mariana Rosa
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Rosane Rocha Pessoa, Universidade Federal de Goiás
dc.contributor.author.fl_str_mv Mastrella-de-Andrade, Mariana Rosa
dc.subject.por.fl_str_mv formação docente de inglês; estágio supervisionado; decolonialidade
topic formação docente de inglês; estágio supervisionado; decolonialidade
description Neste artigo, discuto uma experiência de formação de professoras/es de inglês com o estágio supervisionado integralmente em uma escola pública. Para fundamentar as reflexões, adoto uma perspectiva decolonial (MIGNOLO, 2014), na busca por romper com colonialidades do saber, poder e do ser na relação universidade-escola para a formação docente (PESSOA, 2018; BORELLI, 2018). Objetivo entender como vivenciamos essa decolonialidade, com foco em três aspectos: a maneira como o estágio é estruturado, o meu papel como professora formadora e o papel dos sujeitos da escola. Sendo qualitativa (DENZIN; LINCOLN, 2005) e interpretativista (MOITA LOPES, 1994), esta pesquisa foi desenvolvida com material empírico gerado através de diários, entrevistas, notas de campo e trocas de mensagem por email e whatsapp. As discussões mostram como iniciamos um rompimento com a estrutura tradicional do estágio e como reconstruímos nossos saberes e nossas identidades a partir do entendimento da vivência na escola como ecologia de saberes (SANTOS, 2007).
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-05-05
dc.type.none.fl_str_mv

dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/rbla/article/view/14886
url http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/rbla/article/view/14886
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/rbla/article/downloadSuppFile/14886/2315
/*ref*/ANDRADE, M. P. A branquitude e a colonialidade na prática docente na educação básica (2000-2015). Revista da ABPN, v. 10, Ed. Especial, p. 238-264, 2018.
/*ref*/ANDREOTTI, V. O. Renegotiating epistemic privilege and enchantments with modernity: the gain in the loss of the entitlement to control and define everything. Social policy, education and curriculum research unit. North Dartmouth: Centre For Policy Analyses/UMass Dartmouth, 2013. Disponível em: http://www.umassd.edu/seppce/centers/cfpa/ . Acesso em: 12 agosto 2018.
/*ref*/BIAZI, T. M. D.; GIMENEZ, T.; STUTZ, L. O papel da observação de aulas durante o estágio supervisionado de inglês. Revista SIGNUM: Estudos Linguísticos, Londrina, n. 14/1, p. 57-78, 2011.
/*ref*/BLOMMAERT, J. Discourse. A critical introduction. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. 299p.
/*ref*/BOHN, H. I. Maneiras inovadoras de ensinar e aprender: a necessidade de des(re)construção de conceitos. In: LEFFA, V. J. (Org.). O professor de línguas estrangeiras: construindo a profissão. 2.ed., Pelotas: EDUCAT, 2008, p. 123-132.
/*ref*/BORELLI, J. D. V. P. O estágio e o desafio decolonial: (des)construindo sentidos sobre a formação de professores/as de ingles, 2018. 223f. Tese (Doutorado em Letras e Linguística) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia.
/*ref*/BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Brasília, v. 1, Capítulo 3, 2006, p.87-122.
/*ref*/BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação Continuada. Resolução CNE/CP n. 02/2015, de 1º de julho de 2015. Brasília, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, seção 1, n. 124, p. 8-12, 02 de julho de 2015.
/*ref*/BRENNEISEN, E.; TARINI, A. M. F. Identidade, diferença e pluralidade: um olhar para a sala de aula. Linguagem & Ensino, v.11, n.1, p.81-99, jan./jun. 2008. Disponível em: <http://www.rle.ucpel.tche.br/index.php/rle/article/view/127/96>. Acesso em: 10 fevereiro 2016.
/*ref*/CAMERON, D.; FRASER, E.; HARVEY, P.; RAMPTON, B.; RICHARDSON, K. Ethics, advocacy and empowerment: issues of method in researching language. Language and communication, Oxford, v. 13, n. 2, p. 81-94, 1993.
/*ref*/COELHO, Hilda S. H. Experiências, emoções e transformações na educação continuada: um estudo de caso. 2011. 175 f. Tese (doutorado) – Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
/*ref*/DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. The Sage handbook of qualitative research. London: Sage Publications, 2005. 1211p.
/*ref*/GASPERI, F. V. Heroes and Villains: a report of a project to teach English for teenagers. Revista Bem Legal, UFRGS, v. 6. n. 2, 2016. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/revistabemlegal/edicao-atual>. Acesso em 12 junho 2017.
/*ref*/GOMES, N. L. Relações étnico-raciais, educação e descolonização dos currículos. Currículo sem Fronteiras, v.12, n.1, p. 98-109, 2012.
/*ref*/GROSFOGUEL, R. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: Transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 80, p. 115-147, 2008.
/*ref*/HALL, S. Who needs identity? In: HALL, S.; DU GAY, P. Questions of cultural identity. London: Sage Publications: 2003, p. 1-17.
/*ref*/IFA, S. Estágio supervisionado de língua inglesa: experiências significativas para a construção de conhecimentos sobre prática docente. Estudos Linguísticos e Literários, n. 50, p. 100-119, 2014.
/*ref*/JORDÃO, C. M.; MARTINEZ, J.; HALU, R. C. Formação desformatada: práticas com professores de língua inglesa. Campinas: Pontes, 2011. 308p.
/*ref*/JORDÃO, C.; BÜHRER, E. A Condição de Aluno-Professor de Língua Inglesa em Discussão: estágio, identidade e agência. Educação & Realidade, v. 38, n. 2, p. 669-682, 2013.
/*ref*/KLEIMAN, A. Preciso “ensinar” o letramento? Não basta ensinar a ler e a escrever? Série Linguagem e Letramento em Foco. Campinas: Unicamp, IEL, 2005.
/*ref*/KUMARAVADIVELU, B. Individual identity, cultural globalization and teaching English as an international language: the case for an epistemic break. In: ALSAGOFF, L.; RENANDYA, W. A.; HU, G.; MCKAY, S. (Ed.). Teaching English as an international language: principles and practices. New York: Routledge, 2012, p. 9-27.
/*ref*/LANDER, E. (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino americanas. Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina, Colección Sur Sur, CLACSO, 2005. Disponível em: <http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar>. Acesso em: 10/08/2016.
/*ref*/LIMA, Francisca de F. de; SALES, Luís Carlos. 2007. As representações sociais do aluno de escola pública partilhadas por professores de língua inglesa que ensinam em escolas públicas e particulares de Teresina. Atos de Pesquisa em Educação, 2(1): 106-122.
/*ref*/MARQUES, J. L. Formação de professores reflexivos em serviço. In: PONTES, A. (Org.) Educação e formação de professores: reflexões e tendências atuais. São Paulo: Zouk, 2004, p. 51-71.
/*ref*/MATEUS, E. Torres de Babel e Línguas de Fogo: um pouco sobre a pesquisa na formação de professores de inglês. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 9, n. 1, p. 307-328, 2009.
/*ref*/MIGNOLO, W. Educación y decolonialidad: aprender a desaprender para poder re-aprender: Um diálogo geopolítico-pedagógico com Walter Mignolo. Revista del IICE, n. 35, p. 61-71, 2014. [Entrevista concedida a Facundo Giuliano e Daniel Berisso]. Disponível em: <http://revistascientificas.filo.uba.ar/index.php/iice/article/view/1961/1807>. Acesso em: 15 agosto 2018.
/*ref*/MOITA LOPES, L. P. Pesquisa interpretativista em lingüística aplicada: a linguagem como condição e solução. D.E.L.T.A, vol. 10, n. 2, 1994, p. 329-338.
/*ref*/NACARATO, A. M. A parceria universidade-escola: utopia ou possibilidade de formação continuada no âmbito das políticas públicas?. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 21, n. 66, p. 699-716, 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782016000300699&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 junho 2017.
/*ref*/NODARI, J. I.; ALMEIDA, M. R. Refletindo sobre a agência docente através da observação de aulas. Revista X , v. 2 , p. 24-46, 2012.
/*ref*/NUNES, M. B. What is the soundtrack of my life? An internship in group 92. Revista Bem Legal, UFRGS, v. 6. n. 2, 2016. Disponível em:<http://www.ufrgs.br/revistabemlegal/edicao-atual/what-is-the-soundtrack-of-my-life-2013-an-internship-in-group-92>. Acesso em 10 junho 2017.
/*ref*/PESSOA, R. R. Movimentos críticos de uma prática docente. In: PESSOA, R. R.; SILVESTRE, V. P. V.; MONTE-MÓR, W. Perspectivas críticas de educação linguística no Brasil: trajetórias e práticas de professoras(es) universitárias(os) de inglês. 1. ed. São Paulo: Pá de Palavra, 2018, p. 185-198.
/*ref*/PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004. 312p.
/*ref*/PUREZA, P. H. P.; ZANIOL, V. Culture and Consumerism in the classroom. Revista Bem Legal, UFRGS, v. 6. n. 2, 2016. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/revistabemlegal/edicao-atual>. Acesso em 12 junho 2017.
/*ref*/QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: Conselho Latino-americano de Ciências Sociais - CLACSO, 2005, p. 107-130.
/*ref*/QUIJANO, A. Colonialidad del poder, cultura, y conocimiento em América Latina. Ecuador Debate, Quito-Ecuador, v. 44, p. 227-238, 1998.
/*ref*/QUINTERO, A. H.; GUERRERO, C. H. The (Re)Construction of Self Through Student-Teachers’ Storied Agency in ELT: Between Marginalization and Idealization. In: YAZAN, B.; NATHANAEL, R. (Ed.). Criticality, Teacher Identity, and (In)equity in English Language Teaching Issues and Implications, 2018, p. 81-102.
/*ref*/RICHARDS, J.; LOCKHART, C. Reflective teaching in second language classrooms. Cambridge: CUP, 1996. 218p.
/*ref*/ROSENBERG, A. J. O estágio burocrático e a formação do professor: paisagens de ação e paisagens de consciência na licenciatura em língua inglesa - um estudo de caso. 2008. 191 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo.
/*ref*/SANTOS, B. S. 2007. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. Novos Estudos CEBRAP, v. 79, p. 71-94.
/*ref*/SANTOS, B. S. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. São Paulo: Cortez, 2009. 416p.
/*ref*/SCHLATTER, M. O ensino de leitura em língua estrangeira na escola: uma proposta de letramento. Calidoscopio, v. 7, n. 1, p. 11-23, 2009.
/*ref*/SCHON, D. The reflective practitioner: how professionals think in action. New York: Basic Books, 1983. 384p.
/*ref*/SILVA, A. F.; SANTIAGO, M. L. T. Hi, Future Me! A time in class to think about past, present and future, in English. Revista Bem Legal, v. 6. n. 2, 2016. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/revistabemlegal/edicao-atual>. Acesso em 12 julho 2017.
/*ref*/SKLIAR, C. A inclusão que é nossa e a diferença que é do outro. In: RODRIGUES, D. (Org.). Inclusão e educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. Summus Editorial, 2006, p. 15-34.
/*ref*/SMYTH, J. Teachers’ work and the politics of reflection. American Educational Research Journal, v. 29, n. 2, p. 267-300, 1992.
/*ref*/SOUSA, J. 2009. A ralé brasileira: quem é e como vive. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2009. 483p.
/*ref*/SÜSSEKIND VERÍSSIMO, M. L. Teatro de Ações: arqueologia dos estudos nosdoscom os cotidianos: relatos das práticas pedagógicas emancipatórias nas escolas. 2007. 235 f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
/*ref*/WALSH, C. Estudios (inter)culturales em clave decolonial. Tabula Rasa, Bogotá, n. 12, p. 209-227, 2010.
/*ref*/WALSH, C. Interculturalidad crítica y educación intercultural. In: VIAÑA, J.; TAPIA, L.; WALSH, C. Construyendo Interculturalidad Crítica. III CAB. La Paz, Bolivia: Instituto Internacional de Integración del Convenio Andrés Bello, 2010a, p. 75-96.
/*ref*/ZEICHNER, K. Uma análise crítica sobre a “reflexão” como conceito estruturante na formação docente. Educ. Soc. Campinas, v. 29, n. 103, p. 535-554, 2008.
/*ref*/ZEICHNER, K.; LISTON, D. Reflective teaching: an introduction. New York: Routledge; Erlbaum, 1996. 144p.
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2020 Revista Brasileira de Linguística Aplicada
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2020 Revista Brasileira de Linguística Aplicada
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Faculdade de Letras - Universidade Federal de Minas Gerais
publisher.none.fl_str_mv Faculdade de Letras - Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Linguística Aplicada; Vol 20, No 1 (2020)
Revista Brasileira de Linguística Aplicada; Vol 20, No 1 (2020)
Revista Brasileira de Linguística Aplicada; Vol 20, No 1 (2020)
1984-6398
1676-0786
reponame:Revista Brasileira de Lingüística Aplicada (Online)
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Revista Brasileira de Lingüística Aplicada (Online)
collection Revista Brasileira de Lingüística Aplicada (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Brasileira de Lingüística Aplicada (Online) - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv rblasecretaria@gmail.com||periodicosfaleufmg@gmail.com
_version_ 1799711102562467840