Adolescentes e internet: o risco como aposta

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Patricia da Silva Gomes
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B77EZ7
Resumo: Essa pesquisa tem por objetivo investigar o estatuto das condutas de risco para os adolescentes na contemporaneidade. A investigação surgiu da escuta de jovens que participavam do projeto de pesquisa e extensão Conversação na escola: Adolescentes e Redes Sociais, vinculado ao Grupo de Pesquisa Além da Tela: Psicanálise e Cultura Digital, da UFMG. Esse projeto nasceu para responder a uma demanda escolar em função de queixas relativas ao uso excessivo e inadequado dos dispositivos eletrônicos. Na escuta dos jovens, chamou-nos a atenção o fato de relatarem situações que nos pareciam de risco, tais como conflitos que vivenciam na internet, comentários ofensivos, publicação de fotos íntimas de colegas, a invasão de hackers em seus perfis de jogos, as abordagens de desconhecidos nos chats de jogos e nas redes sociais, marcação de brigas pela internet, bem como o envolvimento em jogos do tipo desafio, como o da Baleia Azul, entre outros. Entretanto, muitas dessas situações eram consideradas por eles como perfeitamente normais e corriqueiras, levando-nos a interrogação sobre o caráter adjacente desses comportamentos. Nossa hipótese foi sustentada pelo apoio teórico da psicanálise a partir, principalmente, da leitura do Seminário 16, de um Outro ao outro, de Jacques Lacan (1968-1969/2008), e consiste na suposição de que na adolescência, o ato, que se manifesta por meio das condutas de risco, constitui-se como uma aposta na ex-sistência do Outro. Para esse estudo, partimos de um levantamento antropológico e histórico da adolescência, relacionando-o às condutas de risco, segundo a antropologia, e ao ato, na perspectiva psicanalítica. Em seguida, ao examinarmos as características da contemporaneidade, estabelecemos uma relação entre esses atos e o desvelamento da inconsistência do Outro em nossos dias.
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