Éramos jovens, éramos muitos: memórias de dois casais de esquerda na América Latina

• Autor(a) principal: Maria Florencia Martínez Martinéz
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AB7MFM
• topic: Amor; Memória; Ideologia; Imagem; Amor; Antropologia; Memória; ideologia

O campo de trabalho desta pesquisa diagrama-se a partir dos itinerários narrativos evocados por meio dos arquivos pessoais de um casal uruguaio e outro brasileiro, que militaram politicamente entre os anos 1960 e 1990 e que encontram na denominação esquerdistaum critério definidor da suas subjetividades. Esta pesquisa dedica-se, por um lado, a desenhar um espaço-tempo vinculante entre as memórias dos dois casais, conectando na montagem antropológica lugares, episódios e pessoas não-contíguos, gerando comodesdobramento um dispositivo que permita aproximar descontinuidades e visualizar matrizes históricas e afetivas comuns. Por um lado, ao se propor a analisar o conteúdo destas matrizes comuns nas suas diferenças, estrutura-se um texto sobre retalhos dos encontros etnográficos que reiteram a imagem da heterogeneidade ao mesmo tempo que nos permitem pensar em traços definidores de uma ontologia de esquerda que interfere nas suas experiências amorosas. Por outro lado, tenta-se refletir sobre os processos de evocaçãoda memória comum a cada casal, por meio da aproximação a alguns elementos dos seus arquivos pessoais. Argumentando que estes arquivos são espaços-tempos vivos que instigam estes sujeitos a se reconfigurarem, provocamos finalmente uma atualização destesrelatos ao intervir neles no contexto desta investigação.