Felicidade territorializada em espaços místicos: o índice de Felicidade Interna Bruta (FIB) na comunidade Ilé Àse Ojú Oòrún em Caetité (BA)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ricardo Neiva Trindade
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/55848
Resumo: Esta dissertação se propôs a mensurar e analisar o índice de Felicidade Interna Bruta (FIB) como medida de bem-estar em contextos de povos e comunidades tradicionais, levando em consideração não apenas a estimativa do indicador, mas também o entendimento do seu significado para o universo de investigação, com base em informações de natureza qualitativa. O estudo foi realizado com base em pesquisa de campo realizada com integrantes do território-terreiro Ilé Àse Ojú Oòrún (em yorubá, Casa Poder do Olho do Sol), comunidade afro-religiosa localizada no município de Caetité, Bahia. A pesquisa ancora-se em dados quantitativos e qualitativos coletados por meio da aplicação de questionário com questões atinentes às dimensões ou domínios necessários para estimativa do FIB (padrão de vida, educação, saúde, meio ambiente, governança, uso do tempo, cultura, vitalidade comunitária, e bem-estar psicológico) e da realização de entrevistas em profundidade sobre questões objetivas e subjetivas que permeiam a percepção dos entrevistados sobre felicidade. As questões de múltipla escolha foram construídas a partir de uma escala likert. Para análise das respostas às questões abertas foi adotada a estratégia de geração de nuvem de palavras com utilização do R wordcloud no software R. A análise de conteúdo foi adotada para consideração das entrevistas em profundidade. A média geral do FIB calculada para o Ilé Àse Ojú Oòrún foi de 3,06, o que permite concluir que os integrantes dessa comunidade se consideram “felizes”. O menor índice na composição do FIB foi registrado para a dimensão governança, indicando que a comunidade pesquisada está “pouco feliz” com o desempenho do governo, nas três esferas do poder, com os investimentos públicos e com a participação política no município. No outro extremo, a maior média foi apresentada pelo FIB bem-estar psicológico, evidenciando uma comunidade “feliz” com suas orações e meditações, com sentimento de alegria, paz, satisfação e otimismo. Família, principalmente, e religião configuraram como pilares para a sensação de felicidade. Um segundo grupo de palavras apontadas como propulsoras de felicidade inclui amor, amigos e trabalho. Na sequência, em um terceiro nível de maior frequência foram mencionadas palavras como comunidade, saúde, estudos, cultura, paz, dança, natureza, dentre outras, além de dinheiro. Verificou-se a predominância de fatores não-materiais como indutores de felicidade, apontando para uma associação entre felicidade e relações sociais e familiares. Uma concepção importante para a análise e compreensão da estimativa do FIB apresentada nesta dissertação consiste na felicidade territorializada em espaços místicos. A felicidade é territorializada quanto vincula indivíduos e grupos a um princípio material de apropriação. Todavia, também é necessário pensar a felicidade para além da apropriação material do espaço, pois embora os territórios não sejam experimentados somente pela ótica do afeto, fato é que os afetos também produzem territórios. Em resumo, os resultados e análise do FIB na comunidade Ilé Àse Ojú Oòrún corroboraram a ideia de que o cálculo do FIB tem se transformado em um importante instrumento de pesquisa como aporte para o fomento de iniciativas públicas e privadas, individuais e comunitárias que sejam capazes de contribuir para a ampliação dos níveis de felicidade, sobretudo de felicidade comunitária. Verificou-se que a busca da felicidade subjetiva é meta desejada por todos, mas alcança-la não é somente uma questão de natureza subjetiva, pois depende também da cooperação e do favorecimento de elementos de natureza objetiva, tais como educação, saúde, trabalho e seguridade.
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A pesquisa ancora-se em dados quantitativos e qualitativos coletados por meio da aplicação de questionário com questões atinentes às dimensões ou domínios necessários para estimativa do FIB (padrão de vida, educação, saúde, meio ambiente, governança, uso do tempo, cultura, vitalidade comunitária, e bem-estar psicológico) e da realização de entrevistas em profundidade sobre questões objetivas e subjetivas que permeiam a percepção dos entrevistados sobre felicidade. As questões de múltipla escolha foram construídas a partir de uma escala likert. Para análise das respostas às questões abertas foi adotada a estratégia de geração de nuvem de palavras com utilização do R wordcloud no software R. A análise de conteúdo foi adotada para consideração das entrevistas em profundidade. A média geral do FIB calculada para o Ilé Àse Ojú Oòrún foi de 3,06, o que permite concluir que os integrantes dessa comunidade se consideram “felizes”. O menor índice na composição do FIB foi registrado para a dimensão governança, indicando que a comunidade pesquisada está “pouco feliz” com o desempenho do governo, nas três esferas do poder, com os investimentos públicos e com a participação política no município. No outro extremo, a maior média foi apresentada pelo FIB bem-estar psicológico, evidenciando uma comunidade “feliz” com suas orações e meditações, com sentimento de alegria, paz, satisfação e otimismo. Família, principalmente, e religião configuraram como pilares para a sensação de felicidade. Um segundo grupo de palavras apontadas como propulsoras de felicidade inclui amor, amigos e trabalho. Na sequência, em um terceiro nível de maior frequência foram mencionadas palavras como comunidade, saúde, estudos, cultura, paz, dança, natureza, dentre outras, além de dinheiro. Verificou-se a predominância de fatores não-materiais como indutores de felicidade, apontando para uma associação entre felicidade e relações sociais e familiares. Uma concepção importante para a análise e compreensão da estimativa do FIB apresentada nesta dissertação consiste na felicidade territorializada em espaços místicos. A felicidade é territorializada quanto vincula indivíduos e grupos a um princípio material de apropriação. Todavia, também é necessário pensar a felicidade para além da apropriação material do espaço, pois embora os territórios não sejam experimentados somente pela ótica do afeto, fato é que os afetos também produzem territórios. Em resumo, os resultados e análise do FIB na comunidade Ilé Àse Ojú Oòrún corroboraram a ideia de que o cálculo do FIB tem se transformado em um importante instrumento de pesquisa como aporte para o fomento de iniciativas públicas e privadas, individuais e comunitárias que sejam capazes de contribuir para a ampliação dos níveis de felicidade, sobretudo de felicidade comunitária. Verificou-se que a busca da felicidade subjetiva é meta desejada por todos, mas alcança-la não é somente uma questão de natureza subjetiva, pois depende também da cooperação e do favorecimento de elementos de natureza objetiva, tais como educação, saúde, trabalho e seguridade.This dissertation proposed to measure and analyze the Gross National Happiness Index (GNH) as a measure of well-being in contexts of traditional peoples and communities, taking into account not only the estimation of the indicator, but also the understanding of its meaning for the universe of investigation, based on qualitative information. The study was carried out based on field research carried out with members of the territory-terreiro Ilé Àse Ojú Oòrún, an afro-religious community located in the municipality of Caetité, Bahia, Brazil. The research is based on quantitative and qualitative data collected through the application of a questionnaire with questions related to the dimensions or domains necessary to estimate the GNH (standard of living, education, health, environment, governance, use of time, culture, vitality community, and psychological well-being). In-depth interviews on objective and subjective issues that permeate the respondents' perception of happiness was also conducted. The multiple-choice questions were constructed from a Likert scale. To analyze the answers to the open questions, the word cloud generation strategy was adopted using the R wordcloud in the R software. Content analysis was adopted to consider the in-depth interviews. The general average of the GNH calculated for Ilé Àse Ojú Oòrún was 3.06, which allows us to conclude that the members of this community consider themselves “happy”. The lowest index in the composition of the GNH was registered for the governance dimension, indicating that the researched community is “not very happy” with the performance of the government, in the three spheres of power, with public investments and with political participation in the municipality. At the other extreme, the highest average was presented by the GNH psychological well-being, showing a “happy” community with their prayers and meditations, with a feeling of joy, peace, satisfaction and optimism. Family, mainly, and religion were pillars for the feeling of happiness. A second group of words identified as happiness drivers include love, friends and work. Then, at a third more frequent level, words such as community, health, education, culture, peace, dance, nature, among others, were mentioned, in addition to money. There was a predominance of non-material factors as happiness inducers, pointing to an association between happiness and social and family relationships. An important conception for the analysis and understanding of the estimate of the GNH presented in this dissertation consists of territorialized happiness in mystical spaces. Happiness is territorialized when it links individuals and groups to a material principle of appropriation. However, it is also necessary to think of happiness beyond the material appropriation of space, because although territories are not experienced only from the perspective of affection, the fact is that affections also produce territories. In summary, the results and analysis of the GNH in the Ilé Àse Ojú Oòrún community corroborate the idea that the calculation of the GNH has become an important research instrument as a contribution to the promotion of public and private, individual and community initiatives that are capable of to contribute to increasing levels of happiness, especially community happiness. It was found that the pursuit of subjective happiness is a goal desired by all, but achieving it is not only a matter of a subjective nature, as it also depends on the cooperation and favoring of elements of an objective nature, such as education, health, work and security.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Sociedade, Ambiente e TerritórioUFMGBrasilICA - INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIASFelicidade - IndicesFelicidade - Ilé Àse Ojú Oòrún, Caetité (BA)Felicidade Interna BrutaFelicidadeFelicidade TerritorializadaDomínios do FIBCaetitéIlé Àse Ojú OòrúnFelicidade territorializada em espaços místicos: o índice de Felicidade Interna Bruta (FIB) na comunidade Ilé Àse Ojú Oòrún em Caetité (BA)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação_Ricardo_Neiva_Trindade_[Repositório_UFMG_Final]1.pdfDissertação_Ricardo_Neiva_Trindade_[Repositório_UFMG_Final]1.pdfapplication/pdf6825986https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/55848/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Ricardo_Neiva_Trindade_%5bReposit%c3%b3rio_UFMG_Final%5d1.pdf0e79de62a39cd5413c3d3433e0d9eee8MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/55848/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/558482023-07-05 19:26:17.589oai:repositorio.ufmg.br:1843/55848TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-07-05T22:26:17Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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