Efeito da própolis verde nos componentes angiogênico, inflamatório e fibrogênico em modelo murino de aderência intraperitoneal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luiza Dias da Cunha Lima
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9EGMAL
Resumo: Aderência intraperitoneal é a principal causa de complicações pós-operatórias, como dor crônica, isquemia, obstrução intestinal e infertilidade. A própolis, um composto produzido por abelhas, tem mostrado possuir múltiplas ações no reparo tecidual. Utilizando um modelo de aderência intraperitoneal induzido por implantes de esponja em camundongos Swiss, nós observamos que o tratamento sistêmico com a própolis verde (500mg/kg/dia) diminuiu a taxa de difusão intraperitoneal da fluoresceína sódica, sinalizando uma redução da permeabilidade vascular. Além disso, a própolis diminuiu a angiogênese, determinada pela regulação no conteúdo de hemoglobina, e a fibrose, por diminuir os níveis de TGF-1 e de deposição de colágeno. Por outro lado, o tratamento aumentou a atividade de enzimas inflamatórias (mieloperoxidase e N-acetil--D-glicosaminidase) e os níveis de TNF-. De maneira importante, o tratamento com própolis foi capaz de ativar tanto o perfil clássico de macrófagos quanto o alternativo, embora a ativação esteja mais expressiva para M1. A expressão de iNOS estava aumentada em aproximadamente 23 vezes e em 7 vezes para IFN-. Um aumento na expressão gênica de FIZZ1 e YM1 no tecido de aderência também foi detectado após o tratamento com própolis. Estas observações mostraram pela primeira vez o efeito atenuante da própolis em aderência em camundongos e revelaram mecanismos de ação importantes do composto (regulação dos componentes angiogênicos e ativação das vias de macrófagos murinos).
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