Neoplasias melanocíticas uveais em cães e gatos: aspectos morfológicos e imuno-histoquímicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matheus Vilardo Lóes Moreira
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/43466
https://orcid.org/0000-0003-0173-3524
Resumo: As lesões mais frequentes envolvendo o bulbo ocular são de natureza neoplásica e as melanocíticas são as mais comuns na úvea dos cães e na íris dos gatos. Podem ser classificadas como melanocitomas (benignas) e melanomas (malignas). Para melhor compreensão do comportamento biológico de neoplasias melanocíticas uveais em cães e gatos, foram utilizadas ferramentas histológicas e imuno-histoquímicas em 32 bulbos oculares, 27 de cães e cinco de gatos. As neoplasias dos bulbos oculares destes animais foram classificadas em benignas (19/27 - cães) ou malignas (8/27 - cães; 5/5 - gatos), e a localização das estruturas oculares envolvidas foi descrita. Determinaram-se, também, os tipos celulares destas neoplasias, os quais foram denominados como epitelioides, fusiformes e mistas, bem como tipos especiais, como de células balonosas, células gigantes multinucleadas e células em anel de sinete. Além disso, foram caracterizadas porcentagem de células com melanina, intensidade de melanina nas células, anisocitose e anisocariose, índice mitótico, presença de inflamação e necrose intratumoral, invasão vascular e desenvolvimento de glaucoma secundário à neoplasia. Para a confirmação da origem melanocítica, foi realizada imuno-histoquímica com os anticorpos anti-PNL2 (29/32) e anti-melan-A (3/3). O índice proliferativo foi verificado, utilizando-se o anticorpo anti-Ki-67, que variou de 2,8 a 12% em melanocitomas de cães, com média de 6,45 ± 4,1 e de 15,8 a 70% em melanomas de cães, com média de 38,3 ± 25,21. Os melanomas em gatos tiveram variação do índice proliferativo de 10,8 a 30,4%, com média de 18,96 ± 7,36. Também foi avaliado o índice apoptótico, utilizando o anticorpo anti-caspase-3, que variou de 3,8 a 50% em melanocitomas de cães, com média de 16,62 ± 13,26 e de 30 a 84% em melanomas de cães, com média de 58,04 ± 24,25. Nos gatos, o índice apoptótico variou de 3,6 a 92%, com média de 23,16 ± 38,62. A proteína BAP1, cujo padrão de marcação poderia refletir a agressividade tumoral, similar ao relatado para neoplasias oculares melanocíticas em seres humanos, foi também avaliada, e todas as neoplasias uveais do presente estudo foram imunomarcadas. As características histológicas e imuno-histoquímicas encontradas nas neoplasias melanocíticas uveais em cães e gatos deste estudo ampliaram o conhecimento sobre o uso destas ferramentas como fatores prognósticos; entretanto, recomenda-se mais estudos com acompanhamento da sobrevida do animal após o diagnóstico.
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spelling Roselene Eccohttp://lattes.cnpq.br/7882528997192782Ingeborg Maria LangohrMarina Rios de Araújo CamposFelipe PierezanAngélica Terezinha Barth WoutersFabiano Montiani Ferreirahttp://lattes.cnpq.br/5848944019908100Matheus Vilardo Lóes Moreira2022-07-20T14:24:40Z2022-07-20T14:24:40Z2020-02-20http://hdl.handle.net/1843/43466https://orcid.org/0000-0003-0173-3524As lesões mais frequentes envolvendo o bulbo ocular são de natureza neoplásica e as melanocíticas são as mais comuns na úvea dos cães e na íris dos gatos. Podem ser classificadas como melanocitomas (benignas) e melanomas (malignas). Para melhor compreensão do comportamento biológico de neoplasias melanocíticas uveais em cães e gatos, foram utilizadas ferramentas histológicas e imuno-histoquímicas em 32 bulbos oculares, 27 de cães e cinco de gatos. As neoplasias dos bulbos oculares destes animais foram classificadas em benignas (19/27 - cães) ou malignas (8/27 - cães; 5/5 - gatos), e a localização das estruturas oculares envolvidas foi descrita. Determinaram-se, também, os tipos celulares destas neoplasias, os quais foram denominados como epitelioides, fusiformes e mistas, bem como tipos especiais, como de células balonosas, células gigantes multinucleadas e células em anel de sinete. Além disso, foram caracterizadas porcentagem de células com melanina, intensidade de melanina nas células, anisocitose e anisocariose, índice mitótico, presença de inflamação e necrose intratumoral, invasão vascular e desenvolvimento de glaucoma secundário à neoplasia. Para a confirmação da origem melanocítica, foi realizada imuno-histoquímica com os anticorpos anti-PNL2 (29/32) e anti-melan-A (3/3). O índice proliferativo foi verificado, utilizando-se o anticorpo anti-Ki-67, que variou de 2,8 a 12% em melanocitomas de cães, com média de 6,45 ± 4,1 e de 15,8 a 70% em melanomas de cães, com média de 38,3 ± 25,21. Os melanomas em gatos tiveram variação do índice proliferativo de 10,8 a 30,4%, com média de 18,96 ± 7,36. Também foi avaliado o índice apoptótico, utilizando o anticorpo anti-caspase-3, que variou de 3,8 a 50% em melanocitomas de cães, com média de 16,62 ± 13,26 e de 30 a 84% em melanomas de cães, com média de 58,04 ± 24,25. Nos gatos, o índice apoptótico variou de 3,6 a 92%, com média de 23,16 ± 38,62. A proteína BAP1, cujo padrão de marcação poderia refletir a agressividade tumoral, similar ao relatado para neoplasias oculares melanocíticas em seres humanos, foi também avaliada, e todas as neoplasias uveais do presente estudo foram imunomarcadas. As características histológicas e imuno-histoquímicas encontradas nas neoplasias melanocíticas uveais em cães e gatos deste estudo ampliaram o conhecimento sobre o uso destas ferramentas como fatores prognósticos; entretanto, recomenda-se mais estudos com acompanhamento da sobrevida do animal após o diagnóstico.The most frequent lesions involving the eye are of neoplastic nature and melanocytic lesions are the most common in the uvea of dogs and in the iris of cats. They can be classified as melanocytomas (benign) and melanomas (malignant). For a better understanding of the biological behavior of uveal melanocytic neoplasms in dogs and cats, histological and immunohistochemical tools were applied to 32 eyes, 27 from dogs and five from cats. The ocular neoplasms of these animals were classified as benign (19/27 - dogs) or malignant (8/27 - dogs; 5/5 - cats), and the location of the involved ocular structures was described. The cell types of these neoplasms were also determined, including epithelioid, spindle and mixed, as well as special types, such as balloon cells, multinucleated giant cells and signet rings cells. In addition, the percentage of cells with melanin, the intensity of melanin within the cells, anisocytosis and anisokaryosis, the mitotic index, the presence of intratumoral inflammation and necrosis, vascular invasion and the development of secondary glaucoma were determined. To confirm the melanocytic origin, immunohistochemistry was performed with anti-PNL2 (29/32) and anti-melan-A (3/3) antibodies. The proliferative index in dogs was verified using the anti-Ki-67 antibody, which varied from 2.8 to 12% in melanocytomas, with an average of 6.45 ± 4.1 and from 15.8 to 70% in melanomas, with an average of 38.3 ± 25.21. The proliferative index for cats varied from 10.8 to 30.4%, with an average of 18.96 ± 7.36. The apoptotic index was also evaluated for both species, using the anti-caspase-3 antibody. For dogs, the apoptotic index varied from 3.8 to 50% in melanocytomas, with an average of 16.62 ± 13.26 and from 30 to 84% in melanomas, with an average of 58.04 ± 24.25. For cats, the apoptotic index ranged from 3.6 to 92%, with an average of 23.16 ± 38.62. The BAP1 protein, the marking pattern of which might influence tumor aggressiveness as reported for melanocytic ocular neoplasms in humans, was also evaluated in all uveal neoplasms in the present study. The histological and immunohistochemical characteristics found in uveal melanocytic neoplasms in dogs and cats in this study expanded the knowledge about the use of these tools as prognostic factors; however, further studies with animal survival follow-up after diagnosis are recommended.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciência AnimalUFMGBrasilVETER - ESCOLA DE VETERINARIACães- Tumores em animaisImuno-histoquímicaPatologia animalNeoplasias melanocíticas uveais em cães e gatos: aspectos morfológicos e imuno-histoquímicosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese de Doutorado - Matheus Vilardo Lóes Moreira.pdfTese de Doutorado - Matheus Vilardo Lóes Moreira.pdfapplication/pdf2157745https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/43466/5/Tese%20de%20Doutorado%20-%20Matheus%20Vilardo%20L%c3%b3es%20Moreira.pdf7b8da8ded6d45ea97f777d39787365c3MD55LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/43466/6/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD561843/434662022-07-20 11:24:41.089oai:repositorio.ufmg.br:1843/43466TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-07-20T14:24:41Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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