O programa de mobilidade internacional Ciência Sem Fronteiras na perspectiva das desigualdades de oportunidades educacionais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AR6HA6 |
Resumo: | O fenômeno investigado nesta tese inscreve-se no campo da Sociologia da Educação, tendo como objeto central as desigualdades sociais de acesso à mobilidade estudantil internacional ofertada pelo Programa Ciência sem Fronteiras, criado em 2011 pelo governo federal. Com base na literatura sociológica sobre as oportunidades de internacionalização dos estudos, estabelece-se como objetivo desta pesquisa conhecer o perfil social e escolar dessa população, como meio de subsidiar o debate atual sobre as desigualdades sociais de acesso à mobilidade internacional. A hipótese principal é a de que os beneficiários referido programa, seriam detentores, em maior ou menor grau, de capitais simbólicos (cultural, escolar, linguístico) e de disposições (habitus migratório) facilitadores do acesso a esse bem educacional. Portanto, a tese defendida é a de que o acesso à formação acadêmica internacional é limitada pelas oportunidades educacionais, visto que os estudantes que alcançam esse bem fazem parte, na maioria das vezes, de uma elite acadêmica que desfruta de certo favorecimento social, o qual repercute-se nas trajetórias escolares que revelam excelência nos percursos educacionais. A metodologia utilizada consistiu na comparação entre estudantes do CsF com o seu grupo de origem, isto é, com o corpo discente da UFMG, e com seus pares dos cursos de engenharia (perfil preferencial do programa), os resultados revelariam um conjunto de jovens socialmente favorecidos e escolarmente selecionados, inclinados ao êxito escolar e à travessia de fronteiras acadêmicas. Para tanto, traçou-se com dados obtidos por meio de questionário o perfil demográfico, socioeconômico, sociocultural e escolar de 1538 estudantes de graduação da UFMG contemplados pelo Programa CsF no ano de 2013. |
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Maria Alice de Lima Gomes NogueiraRoberto Gonzalez DuarteJosé Marcelo Freitas de LunaMaria Inês MartinsMarina Alves AmorimCatarina Barbosa Torres Gomes2019-08-12T15:14:19Z2019-08-12T15:14:19Z2016-10-27http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AR6HA6O fenômeno investigado nesta tese inscreve-se no campo da Sociologia da Educação, tendo como objeto central as desigualdades sociais de acesso à mobilidade estudantil internacional ofertada pelo Programa Ciência sem Fronteiras, criado em 2011 pelo governo federal. Com base na literatura sociológica sobre as oportunidades de internacionalização dos estudos, estabelece-se como objetivo desta pesquisa conhecer o perfil social e escolar dessa população, como meio de subsidiar o debate atual sobre as desigualdades sociais de acesso à mobilidade internacional. A hipótese principal é a de que os beneficiários referido programa, seriam detentores, em maior ou menor grau, de capitais simbólicos (cultural, escolar, linguístico) e de disposições (habitus migratório) facilitadores do acesso a esse bem educacional. Portanto, a tese defendida é a de que o acesso à formação acadêmica internacional é limitada pelas oportunidades educacionais, visto que os estudantes que alcançam esse bem fazem parte, na maioria das vezes, de uma elite acadêmica que desfruta de certo favorecimento social, o qual repercute-se nas trajetórias escolares que revelam excelência nos percursos educacionais. A metodologia utilizada consistiu na comparação entre estudantes do CsF com o seu grupo de origem, isto é, com o corpo discente da UFMG, e com seus pares dos cursos de engenharia (perfil preferencial do programa), os resultados revelariam um conjunto de jovens socialmente favorecidos e escolarmente selecionados, inclinados ao êxito escolar e à travessia de fronteiras acadêmicas. Para tanto, traçou-se com dados obtidos por meio de questionário o perfil demográfico, socioeconômico, sociocultural e escolar de 1538 estudantes de graduação da UFMG contemplados pelo Programa CsF no ano de 2013.The phenomenon investigated in this thesis belongs to the field of Sociology of Education, having as central object the social inequalities of access to international student mobility offered by the "Science without Borders" Program, created in 2011 by the federal government. Based on the sociological literature on the opportunities of internationalization of studies, it is established as the objective of this research to know the social and scholastic profile of this population, as a means of subsidizing the current debate on the social inequalities of access to international mobility. The main hypothesis is that the beneficiaries referred to in this program would be the owners, to a greater or lesser extent, of symbolic capitals (cultural, school, linguistic) and dispositions (migratory habitus) facilitating access to this educational asset. Therefore, the thesis is that access to international academic training is limited by educational opportunities, since the students who achieve it are, for the most part, part of an academic elite that enjoys a certain social favor, which Repercussions on school trajectories that reveal "excellence" in educational pathways. The methodology used consisted of the comparison between this population with its origin group, that is, with the student body of the UFMG, and with its pairs of engineering courses (preferential profile of the program), the results would reveal a group of socially favored young people And school-based schools, inclined to scholastic success and crossing academic boundaries. For that, the demographic, socioeconomic, sociocultural and scholastic profile of 1538 undergraduate students of the UFMG contemplated by the CsF Program in the year of 2013 were drawn-with data obtained through a questionnaire.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGSociologia educacionalEducaçãoProblemas sociaisMobilidade de pessoalEstudantes universitáriosCapital migratórioCapital culturalCapital escolarDesigualdades escolaresInternacionalizaçãoMobilidade acadêmicaO programa de mobilidade internacional Ciência Sem Fronteiras na perspectiva das desigualdades de oportunidades educacionaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALcatarina___tese2___ap_s_defesa.pdfapplication/pdf2312740https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AR6HA6/1/catarina___tese2___ap_s_defesa.pdf69166e88b2c4742e0f80c7c97867e769MD51TEXTcatarina___tese2___ap_s_defesa.pdf.txtcatarina___tese2___ap_s_defesa.pdf.txtExtracted texttext/plain430985https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AR6HA6/2/catarina___tese2___ap_s_defesa.pdf.txt9ebb83cd3b7eecac76b3f8f6d97a04f7MD521843/BUOS-AR6HA62019-11-14 18:21:56.773oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-AR6HA6Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T21:21:56Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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