Migração e fecundidade como respostas multifásicas à seca de 2011-2016 no Seridó Potiguar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Isac Alves Correia
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/54661
https://orcid.org/0000-0001-9495-2325
Resumo: As respostas multifásicas são caracterizadas por mudanças sucessivas de comportamento da população, inclusive os demográficos (migração e fecundidade), como alternativas para lidar com as pressões sociais. A seca de 2011-2016 pode ter estimulado as respostas multifásicas no Seridó Potiguar, uma vez que essa região depende de atividades agropastoris, altamente influenciadas pelas chuvas, disponibilidade de recursos hídricos e temperaturas. O principal objetivo dessa tese é identificar as respostas demográficas às secas com base na conjugação entre a migração durante a seca de 2011-2016 (fluxo migratório, idade média à migração e tipos de migração) e a mudança nos indicadores de fecundidade (Idade Média ao Primeiro Filho - IMPF e Intervalo Intergenésico - II) no Seridó Potiguar. Para tanto, são utilizadas como fontes de dados duas pesquisas domiciliares com informações sobre questões sociodemográficas, econômicas e ambientais, com representatividade amostral para a população urbana do Seridó Potiguar nos anos de 2017 e 2019, além das estatísticas oficiais como os censos demográficos e dados de nascidos vivos. A metodologia consiste em modelos de regressão Tobit para comparar as medidas de fecundidade dos grupos de tratamento (mulheres de 29-49 e 20-34 anos no período da seca) com os de controle (mulheres de 59+ e 20-34 anos no período pré seca), controlando por características socioeconômicas, ambientais e demográficas, inclusive a condição de migração no período da seca (saída de um município do semiárido para o Seridó no período de 2011-2016), para testar a hipótese de respostas multifásicas. Os resultados mostram um aumento nos fluxos migratórios e na participação relativa da migração interna e urbana-urbana no volume da migração total no período da seca de 2011-2016 se comparados aos anos anteriores (2000 a 2010). As análises também são condizentes com a hipótese do adiamento da fecundidade no período da seca, onde as mulheres de 50+ anos no período pré seca experimentaram uma IMPF mais jovem (aos 24 anos em média) que as mulheres de 29-49 anos que tiveram o primeiro filho durante ou após a seca (30 anos). Os resultados para o II também mostram intervalos médios em meses mais altos para os filhos das mulheres de 20-24, 25-29 e 30-34 anos durante a seca (57,9, 82,9 e 104,0 meses, respectivamente), quando comparados aos filhos das mulheres no período pré seca (39,7, 42,5 e 55,6). Além disso, a IMPF das mulheres de 29-49 que tiveram o primeiro filho no período da seca tem uma associação positiva com o aumento percebido da temperatura. Por sua vez, o II para as mulheres de 20-34 anos no período da seca é positivamente associado à ocorrência de problema de saúde relacionado à falta de água no domicílio. Nos modelos de regressão para as mulheres de 20-34 anos no período da seca de 2011-2016 as respostas multifásicas foram confirmadas, com uma associação positiva entre a migração e o adiamento. Contudo, para as mulheres de 25-29 anos a associação da emigração de um morador do domicílio é negativa, pressupondo que a migração de outro indivíduo do domicílio dispensa a resposta a seca via espaçamento dos nascimentos. Outra questão importante é que mesmo no período pré seca foi observada uma associação entre uma maior IMPF para as mulheres de 59+ anos que viviam na zona urbana do Seridó mas que exerciam alguma atividade na zona rural, comprovando a existência de domicílios multi-situados que contemplam estratégias de produção em ambos os locais (rural e urbano) para um maior aproveitamento de oportunidades. Em um cenário de baixa fecundidade e de mudanças climáticas que podem aumentar a severidade dos períodos de secas, as respostas multifásicas são cada vez mais relevantes para desenhar políticas de adaptação. Ademais, é importante considerar a possibilidade de incorporar as respostas multifásicas às secas e outros tipos de desastres e choques climáticos nas projeções populacionais.
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O principal objetivo dessa tese é identificar as respostas demográficas às secas com base na conjugação entre a migração durante a seca de 2011-2016 (fluxo migratório, idade média à migração e tipos de migração) e a mudança nos indicadores de fecundidade (Idade Média ao Primeiro Filho - IMPF e Intervalo Intergenésico - II) no Seridó Potiguar. Para tanto, são utilizadas como fontes de dados duas pesquisas domiciliares com informações sobre questões sociodemográficas, econômicas e ambientais, com representatividade amostral para a população urbana do Seridó Potiguar nos anos de 2017 e 2019, além das estatísticas oficiais como os censos demográficos e dados de nascidos vivos. 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As análises também são condizentes com a hipótese do adiamento da fecundidade no período da seca, onde as mulheres de 50+ anos no período pré seca experimentaram uma IMPF mais jovem (aos 24 anos em média) que as mulheres de 29-49 anos que tiveram o primeiro filho durante ou após a seca (30 anos). Os resultados para o II também mostram intervalos médios em meses mais altos para os filhos das mulheres de 20-24, 25-29 e 30-34 anos durante a seca (57,9, 82,9 e 104,0 meses, respectivamente), quando comparados aos filhos das mulheres no período pré seca (39,7, 42,5 e 55,6). Além disso, a IMPF das mulheres de 29-49 que tiveram o primeiro filho no período da seca tem uma associação positiva com o aumento percebido da temperatura. Por sua vez, o II para as mulheres de 20-34 anos no período da seca é positivamente associado à ocorrência de problema de saúde relacionado à falta de água no domicílio. Nos modelos de regressão para as mulheres de 20-34 anos no período da seca de 2011-2016 as respostas multifásicas foram confirmadas, com uma associação positiva entre a migração e o adiamento. Contudo, para as mulheres de 25-29 anos a associação da emigração de um morador do domicílio é negativa, pressupondo que a migração de outro indivíduo do domicílio dispensa a resposta a seca via espaçamento dos nascimentos. Outra questão importante é que mesmo no período pré seca foi observada uma associação entre uma maior IMPF para as mulheres de 59+ anos que viviam na zona urbana do Seridó mas que exerciam alguma atividade na zona rural, comprovando a existência de domicílios multi-situados que contemplam estratégias de produção em ambos os locais (rural e urbano) para um maior aproveitamento de oportunidades. Em um cenário de baixa fecundidade e de mudanças climáticas que podem aumentar a severidade dos períodos de secas, as respostas multifásicas são cada vez mais relevantes para desenhar políticas de adaptação. Ademais, é importante considerar a possibilidade de incorporar as respostas multifásicas às secas e outros tipos de desastres e choques climáticos nas projeções populacionais.The multiphasic responses are characterized by successive changes of population behavior, including demographics (migration and fertility), as an alternative to deal with social pressures. The 2011-2016’s drought may have stimulated multiphasic responses in Seridó Potiguar, since this region depends on agro pastoral activities, highly influenced by rain, availability of water resources and temperatures. The main objective of this thesis, therefore, will be to identify the demographic responses to droughts based on the combination between migration (migratory flow, average age of migration and types of migration) during the 2011-2016 drought and the change in fertility indicators (Average Age at First Child - AAFC and Interpregnancy Interval - II) in Seridó Potiguar. Therefore, this thesis will use as data sources two household surveys with information on sociodemographic, economic and environmental issues, with sample representation for the urban population of Seridó Potiguar in the years 2017 and 2019, in addition to official statistics such as demographic censuses and data from live births. The methodology consists of Tobit regression models to compare the fertility measures of the treatment groups (women aged 29-49 and 20-34 years in the drought period) with the control groups (women aged 59+ and 20-34 years in the pre-drought period), controlling for socioeconomic, environmental and demographic characteristics, including the condition of migration in the drought period (departure from a semi-arid municipality to the Seridó in the period 2011-2016) to test the hypothesis of multiphasic responses. The results show an increase in flows and the relative share of internal and urban-urban migration in the volume of total migration compared to previous years (2000 to 2010). The analyzes are also consistent with the hypothesis of postponement of fertility in the drought period, where women aged 50+ years in the pre-drought period experienced a younger AAFC (at 24 years old on average) than women aged 29-49 who had the first child during or after the drought (30 years). The results for II also show higher averages of intervals in months for children of women aged 20-24, 25-29 and 30-34 years during the drought (57.9; 82.9 and 104.0 months, respectively), when compared to the births of women's children in the pre period (39.7; 42.5 and 55.6). In addition, the AAFC of women aged 29-49 who had their first child during the drought period has a positive association with perceived temperature increase. In turn, the II for women aged 20-34 years in the drought period is positively associated with the occurrence of a health problem related to the lack of water at home. In regression models for women aged 20-34 years in the 2011-2016 drought period, multiphasic responses were confirmed, with a positive association between migration and postponement. However, for women aged 25-29 years, the association with the emigration of a resident of the household is negative, assuming that the migration of another individual from the household dispenses with the drought response through birth spacing. Another important issue is that even in the pre-drought period, an association was observed between a higher AAFC for women aged 59+ who lived in the urban area of Seridó but who exercised some activity in the rural area, proving the existence of multi-situated households that contemplate strategies of production in both locations (rural and urban) to better take advantage of opportunities. In a scenario of low fertility and of climate change that may increase the severity of periods of drought, the multiphasic responses are increasingly relevant for designing adaptation policies. Furthermore, it is important to consider the possibility of incorporating multiphasic responses to droughts, other types of disasters and other climate shocks in population projections.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em DemografiaUFMGBrasilFACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICASMigraçãoFecundidadeDemografiaDemografia da SecaIdade Média ao Primeiro FilhoIntervalos entre os NascimentosMigraçãoRespostas MultifásicasMigração e fecundidade como respostas multifásicas à seca de 2011-2016 no Seridó PotiguarMigration and fertility as multiphasic responses to the 2011-2016 drought in Seridó Potiguarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese_Isac_Correia.pdfTese_Isac_Correia.pdfMigração e fecundidade como respostas multifásicas à seca de 2011-2016 no Seridó Potiguarapplication/pdf6043141https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/54661/1/Tese_Isac_Correia.pdf01be4a9164e99d91a9b90ac9ef3650e9MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/54661/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/546612023-06-07 15:46:46.662oai:repositorio.ufmg.br:1843/54661TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-06-07T18:46:46Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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