Mobilidade e vulnerabilidade socioambiental: um estudo de caso para Governador Valadares

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marina Cavaliéri Gomes
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/30062
Resumo: A decisão de migrar nem sempre é resultado apenas de uma escolha puramente racional e individual, em que se ponderam os custos e os benefícios do movimento. As migrações normalmente refletem também os contextos socioeconômicos, políticos e ambientais. A exposição aos riscos ambientais e a disponibilidade e a confiabilidade dos serviços ecossistêmicos afetam a migração direta e indiretamente, uma vez que esses afetam os demais fatores condutores de migrações, como o contexto econômico. Sendo assim, é importante considerar o contexto e as características dos domicílios no estudo das migrações e, de forma mais ampla, da mobilidade. Sob essa perspectiva, as respostas de mobilidade ou de imobilidade às questões ambientais provavelmente estão associadas às características e à vulnerabilidade socioambiental das famílias e ao contexto, e essas respostas podem ser um mecanismo de adaptação (aos acontecimentos ambientais) e de redução ou agravo de vulnerabilidade. Além disso, a velocidade e a gravidade dos eventos ambientais podem impor a adoção da mobilidade aos indivíduos, como no caso de um evento rapid onset. Esta dissertação consiste em um estudo de caso sobre a associação entre a vulnerabilidade socioambiental e as estratégias de (i)mobilidade adotadas pelos indivíduos que residem nos domicílios urbanos de Governador Valadares. Foi proposto um arcabouço conceitual como síntese da discussão da literatura, em que a vulnerabilidade e a mobilidade interagem através de dois mecanismos (seletividade e adaptação), podendo gerar um hiato de vulnerabilidade socioambiental dos domicílios segundo seu potencial e histórico migratório. O principal objetivo desta dissertação é investigar se as experiências de mobilidade experimentadas pelos domicílios de Governador Valadares relacionam-se com níveis e dimensões distintas de vulnerabilidade socioambiental. Para isso foi construído um índice de vulnerabilidade socioambiental domiciliar e tipologias de mobilidade, utilizando os dados de uma amostra probabilística, mutli-estágio, relativa a 1226 domicílios urbanos, coletados entre 2013 e 2016. Os dados são parte do projeto survey Migração, Vulnerabilidade e Mudanças Ambientais no Vale do Rio Doce. O índice de vulnerabilidade foi desenvolvido usando o método AlkireFoster (AF), que permitiu sintetizar as informações dos indicadores selecionados em uma única variável que representasse o nível e intensidade da vulnerabilidade experimentada pelo domicíio. Como parte dos indicadores originais tinham escalas de mensuração distintas e as dimensões teóricas da vulnerabilidade requeriam uma interpretação probabilística, aplicou-se uma padronização dessas variáveis e a probabilidade de sua ocorrência foi calculada a partir da integral semi-definida sob a curva normal até o seu valor padronizado. A aplicação do método AF também possibilitou fazer a decomposição da vulnerabilidade socioambiental por subgrupos de mobilidade domiciliar e por dimensões de vulnerabilidade. Desta forma foi possível qualificar os domicílios de cada subgrupo de mobilidade como vulneráveis e medir a intensidade dessa vulnerabilidade a partir de três grandes dimensões: a exposição ao risco, a sensibilidade e a capacidade adaptativa e resiliência. Os resultados de forma geral sugerem que apesar dos domicílios vulneráveis do subgrupo de mobilidade internacional estarem mais expostos aos riscos socioambientais do que os do subgrupo que nunca experimentou migração internacional, eles são mais resilientes, têm melhor capacidade de adaptação à ocorrência de problemas socioambientais e há indícios de que eles são menos vulneráveis do que o outro subgrupo que nunca experimentou mobilidade internacional. Os resultados também sugerem que há seletividade nas emigrações internacionais, com os domicílios menos vulneráveis enviando emigrantes para o exterior, e essa provavelmente seria uma estratégia de adaptação à exposição aos riscos socioambientais. Verificou-se ainda que as condições do entorno dos domicílios vulneráveis seriam as principais agravantes da vulnerabilidade socioambiental, e por isso devem ser prioridades nos investimentos que objetivam a mitigação desta.
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Foi proposto um arcabouço conceitual como síntese da discussão da literatura, em que a vulnerabilidade e a mobilidade interagem através de dois mecanismos (seletividade e adaptação), podendo gerar um hiato de vulnerabilidade socioambiental dos domicílios segundo seu potencial e histórico migratório. O principal objetivo desta dissertação é investigar se as experiências de mobilidade experimentadas pelos domicílios de Governador Valadares relacionam-se com níveis e dimensões distintas de vulnerabilidade socioambiental. Para isso foi construído um índice de vulnerabilidade socioambiental domiciliar e tipologias de mobilidade, utilizando os dados de uma amostra probabilística, mutli-estágio, relativa a 1226 domicílios urbanos, coletados entre 2013 e 2016. Os dados são parte do projeto survey Migração, Vulnerabilidade e Mudanças Ambientais no Vale do Rio Doce. O índice de vulnerabilidade foi desenvolvido usando o método AlkireFoster (AF), que permitiu sintetizar as informações dos indicadores selecionados em uma única variável que representasse o nível e intensidade da vulnerabilidade experimentada pelo domicíio. Como parte dos indicadores originais tinham escalas de mensuração distintas e as dimensões teóricas da vulnerabilidade requeriam uma interpretação probabilística, aplicou-se uma padronização dessas variáveis e a probabilidade de sua ocorrência foi calculada a partir da integral semi-definida sob a curva normal até o seu valor padronizado. A aplicação do método AF também possibilitou fazer a decomposição da vulnerabilidade socioambiental por subgrupos de mobilidade domiciliar e por dimensões de vulnerabilidade. Desta forma foi possível qualificar os domicílios de cada subgrupo de mobilidade como vulneráveis e medir a intensidade dessa vulnerabilidade a partir de três grandes dimensões: a exposição ao risco, a sensibilidade e a capacidade adaptativa e resiliência. Os resultados de forma geral sugerem que apesar dos domicílios vulneráveis do subgrupo de mobilidade internacional estarem mais expostos aos riscos socioambientais do que os do subgrupo que nunca experimentou migração internacional, eles são mais resilientes, têm melhor capacidade de adaptação à ocorrência de problemas socioambientais e há indícios de que eles são menos vulneráveis do que o outro subgrupo que nunca experimentou mobilidade internacional. Os resultados também sugerem que há seletividade nas emigrações internacionais, com os domicílios menos vulneráveis enviando emigrantes para o exterior, e essa provavelmente seria uma estratégia de adaptação à exposição aos riscos socioambientais. Verificou-se ainda que as condições do entorno dos domicílios vulneráveis seriam as principais agravantes da vulnerabilidade socioambiental, e por isso devem ser prioridades nos investimentos que objetivam a mitigação desta.The decision to migrate is not always the only result of a purely weighted and individual choice, in which the costs and benefits of the movement are weighed. Migration often also reflects the socio-economic, political, and environmental contexts in which it is embedded. Exposure to environmental risks and the availability and reliability of ecosystem services affect migration directly and indirectly, since these services affect other drivers of migrations, such as the economic context. Thus, it is important to consider the context and characteristics of households in the study of migration and, more broadly, mobility. From this perspective, mobility or immobility responses to environmental issues are likely to be associated with socio-environmental characteristics and vulnerability of families and the context, and these responses may be a mechanism of adaptation (to environmental events) and reduction or aggravation of vulnerability. In addition, the speed and severity of environmental events may impose the adoption of mobility on individuals, as in the case of a rapid onset event. This dissertation consists of a case study about the association between socioenvironmental vulnerability and the strategies of (im)mobility adopted by individuals residing in the urban households of Governador Valadares. A conceptual framework was proposed as a synthesis of the literature discussion, in which vulnerability and mobility interact through two mechanisms (selectivity and adaptation), that could yield a gap of socio-environmental vulnerability of households according to their potential to migrate and migratory history. The main objective of this dissertation is to investigate if the mobility experiences lived up by the households in Governador Valadares are related to different levels and dimensions of socio-environmental vulnerability. For this purpose, a socio-environmental vulnerability index and mobility typologies were constructed using data from a probabilistic, mutli-stage sample of 1226 urban households collected between 2013 and 2016. The data are part of the project research Migração, Vulnerabilidade e Mudanças Ambientais no Vale do Rio Doce. The vulnerability index was developed using the Alkire-Foster (AF) method, which synthesizes information from the selected indicators into a single variable that represents the level and intensity of the vulnerability experienced by the household. Since part of the original indicators had different measurement scales and the theoretical dimensions of vulnerability required a probabilistic interpretation, a standardization of these variables was applied and the probability of its occurrence was calculated from the half-defined integral under the normal curve up to its standardized value. The application of the AF method also allowed the decomposition of socio-environmental vulnerability by subgroups of home mobility and vulnerability dimensions. This way, it was possible to qualify the households of each subgroup of mobility as vulnerable and to measure the intensity of this vulnerability from three major dimensions: exposure to risk, sensitivity, and adaptive capacity and resilience. The results suggest that although vulnerable households in the international mobility subgroup are more exposed to socio-environmental risks than those in the subgroup that have never experienced international migration, they are more resilient, better able to adapt to the occurrence of socioenvironmental problems and there are indications that they are less vulnerable than the other subgroup. Our findings also suggest that there is selectivity in international emigration, with the least vulnerable households sending emigrants abroad as a likely strategy to adapt to exposure to social and environmental risks. We also found the conditions at the household surroundings among the vulnerable would be the main aggravating factors of socioenvironmental vulnerability, and therefore should be priorities in any mitigating strategy aimed to curb vulnerability at the household level.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em DemografiaUFMGBrasilAtribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Portugalhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessMobilidadeVulnerabilidade socioambientalAdaptaçãoSeletividadeMobilidade e vulnerabilidade socioambiental: um estudo de caso para Governador Valadaresinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação - Marina Cavaliéri Gomes.pdfDissertação - Marina Cavaliéri Gomes.pdfapplication/pdf2900919https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30062/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20-%20Marina%20Cavali%c3%a9ri%20Gomes.pdf0306434a19bdde29617b1b906c525202MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30062/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30062/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD53TEXTDissertação - Marina Cavaliéri Gomes.pdf.txtDissertação - Marina Cavaliéri Gomes.pdf.txtExtracted texttext/plain304268https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30062/4/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20-%20Marina%20Cavali%c3%a9ri%20Gomes.pdf.txtf619ebdcae0eb3f4c9578bef6a194ba2MD541843/300622019-11-14 12:16:47.692oai:repositorio.ufmg.br:1843/30062TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:16:47Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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