Determinação da atividade pozolânica da cinza de bagaço de cana-de-açúcar comparada à sílica amorfa e cristalina

• Autor(a) principal: Marcela Maira Nascimento de Souza Soares
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A4SP2C
• topic: Pozolanicidade; Cinza de bagaço de cana-de-açúcar; Ensaios de pozolanicidade; Adições; Engenharia metalúrgica

Este trabalho tem como objetivo determinar se é possível estabelecer uma escala de pozolanicidade que correlacione os resultados dos diferentes ensaios diretos e indiretos, utilizando adições muito reativa (sílica ativa) e pouco reativa (quartzo) e determinar em que ponto da escala a cinza de bagaço de cana-de-açúcar (CBCA) se encontra. Inicialmente os materiais selecionados foram caracterizados, sendo determinado: a massa específica, a composição química, a granulometria, a superfície específica, a estrutura e a morfologia. Foram utilizados diversos métodos que avaliam a pozolanicidade das amostras puras e de pastas com diversas substituições de cimento por materiais silicosos como: variação de condutividade elétrica, teor fixado de CaO, difração de raios X, infravermelho (FTIR), análises térmicas (TGA e DTA) e resistência à compressão e à tração na flexão. Foi realizada análise da microestrutura das pastas utilizando MEV para complementar os resultados dos métodos de pozolanicidade. Para avaliar a formação do silicato de cálcio hidratado (C-S-H), foram utilizadas soluções de Ca(OH)2, com água e diversas adições (sílica, quartzo e CBCA), e o produto formado foi analisado por técnicas de raios X e FTIR. Os resultados mostraram que a CBCA apresenta atividade pozolânica. Também foi observado que, com exceção dos ensaios de resistência mecânica, todos os métodos apresentaram uma tendência de aumento da reatividade em função do aumento do teor de sílica ativa. Apenas os ensaios de variação de condutividade e de teor fixado de CaO apresentaram tendência linear. As imagens realizadas pelo MEV mostraram que a sílica ativa aglomera, prejudicando a tendência linear esperada nos ensaios, mas não foi possível quantificar as fases das pastas analisando as imagens do MEV. Em uma escala de pozolanicidade a CBCA está mais próxima do quartzo na maioria dos métodos, com exceção do ensaio de teor fixado, no qual a CBCA está mais próxima da sílica ativa.