Adesivos odontológicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maicon Sebold
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Carolina Bosso André, Marcelo Giannini
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/45431
Resumo: Os adesivos odontológicos unem restauração dentária de resina composta à estrutura dental. Eles são São misturas de monômeros resinosos, solventes orgânicos, iniciadores, inibidores e, às vezes, partículas de carga. As principais indicações clínicas estão relacionadas à adesão das restaurações diretas de resina composta ao esmalte ou à dentina, para cimentar retentores intrarradiculares e/ou peças protéticas de cerâmica pura, compósito ou até mesmo metal, para selar margens de restaurações e para o tratamento de sensibilidade dentinária nos casos de exposição radicular. o tratamento do esmalte com ácido fosfórico aumentava a união da resina acrílica ao esmalte dental. tológicos: os convencionais, que são aplicados sobre esmalte e dentina previamente tratados com ácido fosfórico, e os autocondicionantes, capazes de desmineralizar e infiltrar os tecidos dentais simultaneamente, sem a necessidade de aplicação do ácido fosfórico. Os adesivos convencionais podem ser disponibilizados na forma de sistemas de três passos ou dois passos.Em ambos os casos, a primeira etapa da técnica adesiva consiste na aplicação de ácido fosfórico gel 35-37% em esmalte por 15 a 30 s e dentina por 15 s, com o objetivo de remover a smear layer6 , criar microporosidades no esmalte7 e desmineralizar a superfície dentinária, expondo a rede de fibrilas colágenas. Em seguida, o preparo deve ser lavado por 30 s para remoção dos resíduos do ácido fosfórico e de cristais solubilizados deixados na superfície9 . Então, para os sistemas de três passos, é feita a aplicação do primer, seguida por leve jato de ar para volatilizar o solvente. O primer contém monômeros hidrofílicos que deslocam a água presente na dentina7 e preparam o substrato para o passo subsequente, que é a aplicação da resina adesiva hidrófoba (bond). Por fim, o bond se difunde nos espaços entre as fibrilas colágenas e, após fotoativação pelo tempo recomendado pelo fabricante, o mesmo copolimeriza com o primer5 , criando uma camada ácido-resistente de dentina reforçada por resina – conhecida como camada híbrida, a qual é responsável pela união do material restaurador com a estrutura dental10 (Figura 2). Os adesivos convencionais de dois passos, por sua vez, unem primer e bond no mesmo frasco11, tornando necessária a aplicação de um único produto após o tratamento do dente com ácido fosfórico, seguida pela volatilização do solvente e fotoativação. Os agentes de união autocondicionantes dispensam a etapa clínica de tratamento da dentina com ácido fosfórico e podem ser disponibilizados como produtos de dois passos ou passo único. recomenda-se o condicionamento seletivo das margens de esmalte por 30 s, de modo a diminuir a descoloração, melhorar a adaptação das margens e aumentar a durabilidade das restaurações12. Para os adesivos autocondicionantes de dois passos, a primeira etapa clínica se baseia na aplicação ativa (esfregando contra a superfície) de um primer ácido que desmineralizará e infiltrará na dentina simultaneamente11, além de se ligar quimicamente ao cálcio da hidroxiapatita13. Leve jato de ar deve ser aplicado para volatilizar o solvente do primer e, em seguida, uma camada de bond é aplicada acompanhada por outro jato de ar, para deixá-la o mais uniforme possível. Após esses procedimentos, a superfície deve ser fotoativada pelo tempo recomendado pelo fabricante. Já no caso dos adesivos de passo único, basta aplicar o produto sobre a superfície em que será realizada a adesão, volatilizar o solvente e fotoativar o adesivo. Os adesivos autocondicionantes não removem a smear layer e desmineralizam a dentina muito superficialmente, criando uma camada híbrida delgada. Por isso, o uso destes sistemas em cavidades profundas de dentes vitais é recomendado. sistemas chamados de “universais' Estes adesivos podem ser utilizados com o condicionamento ácido prévio dos tecidos dentais ou como agentes autocondicionantes. O tratamento ácido do esmalte também é recomendado para os adesivos “universais” utilizados no modo autocondicionante agentes terapêuticos em sistemas adesivos, como antibacterianos, agentes remineralizantes e cross-linkers de colágeno, o que poderia ajudar no controle de cáries recorrentes19 e aumentar a longevidade da união dos materiais restauradores ao dente.
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