Efeito do nível de estabilização do desempenho na adaptação às perturbações imprevisíveis em tarefas de características de controle distintas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Suziane Peixoto dos Santos Naves
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/EEFF-BBAN4V
Resumo: O presente estudo teve como objetivo investigar o efeito do nível de estabilização do desempenho na adaptação às perturbações imprevisíveis em tarefas com características de controle distintas. Foram realizados dois experimentos, um com a tarefa de controle de força e outro com a tarefa de interceptação à um alvo móvel, respectivamente. A amostra do experimento um foi constituída de 29 sujeitos (M = 24,2; DP = 3,4 anos) e a tarefa requeria controlar isometricamente 40% da força máxima dos músculos flexores do cotovelo durante três segundos. O experimento consistiu em fase de pré-exposição e de exposição. Durante a pré-exposição, dois níveis de estabilização do desempenho foram manipulados: estabilização (GE) e superestabilização (GSE). O GE praticou até atingir um bloco de cinco tentativas consecutivas controlando 40% da força máxima com um erro (RMSE) menor ou igual a 5% por três segundos; o GSE praticou até atingir o mesmo critério em seis blocos. Na segunda fase foram inseridas perturbações (P1 aumento e P2 redução) da forma máxima em ordem pseudo-aleatória, intercaladas com as tentativas controle. As medidas utilizadas foram; número de tentativas realizadas por cada grupo na pré-exposição, RMSE, tempo para pico de força (ms) e número de correções. Os resultados mostraram que o grupo superestabilização se adaptou melhor as perturbações em relação ao grupo estabilização e combinou melhor os mecanismos de feedforward e de feedback para as modificações. No experimento dois a amostra foi constituída de 28 sujeitos (M = 23,8; DP = 3,7 anos) e a tarefa requeria interceptar um alvo em movimento. O experimento teve o mesmo delineamento que o experimento 1, mas o desempenho critério do GE foi realizar três interceptações corretas e o GSE seis blocos do mesmo critério. Na fase de exposição foram inseridas as perturbações (P) relacionadas às mudanças na velocidade (P1 aumento e P2 - redução) de deslocamento do alvo após o sujeito ter iniciado o movimento. As medidas utilizadas foram erro absoluto temporal (ms), erro constante temporal (ms), número de tentativas realizadas por cada grupo na pré-exposição, tempo para o pico de velocidade (ms) e número de correções dos movimentos. Os resultados mostraram que o grupo superestabilização se adaptou melhor as perturbações que o grupo estabilização e utilizou melhor o mecanismo de feedback para as modificações. No geral é possível concluir que a superestabilização levou a melhor desempenho frente à perturbações imprevisíveis, mas com especificidades nos mecanismos de controle. Por último, a adaptação requereu modificação da macroestrutura do programa de ação.
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Por último, a adaptação requereu modificação da macroestrutura do programa de ação.This study aimed to investigate the effect of stabilization performance level on adaptation to unpredictable perturbations in tasks with different control characteristics. Two experiments were conducted, one with a force control task and another with interception to a moving target. A sample of experiment one consisted of 29 subjects (M = 24.2, SD = 3.4 years), and the task required controlling isometrically 40% of the maximum strength of the flexor muscles of the elbow for three seconds. The experiment consisted of pre-exposure and exposure phase. During pre-exposure, two performance stabilization levels were manipulated: stabilization (SG) and superstabilization (SSG). The SG practiced until reach a block of five trials in a row controlling 40% of maximum strength with error (RMSE) equal or less than 5% during three seconds; SSG practiced until reach the same criterion for six blocks. On the second phase it was inserted perturbations (P1 increment and P2 reduction) of maximal force on a pseudorandom order, interspersed with control trials. The measures used were; RMSE, time to peak force (ms) and number of corrections. The results showed that the superstabilization group adapted better to the perturbations in relation to the stabilization group and combined more efficiently the feedforward and feedback mechanisms for changes. On experiment two the sample consisted of 28 subjects (M = 23.8, SD = 3.7 years) and the task required intercepting a moving target. The experiment had the same design than experiment 1, but the SG performance criterion consisted of intercept the target four trials in a row and SSG six blocks of the same criterion. On exposure phase perturbations were included related to changes in speed (P1 or P2 increase - reduction) target velocity after the movement on set. The performance measures adopted were time absolute error (ms), time constant error (ms), number of attempts by each group in the pre-exposure, time to peak velocity (ms) and number of corrections of movements. The results showed that the superstabilization group adapted better to perturbations than stabilization group and used more efficiently the feedback mechanisms for changes. Summarizing it is possible to conclude that superstabilization conducted to better performance when facing unpredictable perturbations, but with specificities on control mechanisms. At last, adaptation required change on macrostructure of the action program.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGAprendizagem motoraCapacidade motoraNíveis de estabilizaçãoProcesso Adaptativo Perturbação imprevisívelTarefas com controle distintosEfeito do nível de estabilização do desempenho na adaptação às perturbações imprevisíveis em tarefas de características de controle distintasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese___suziane___finalizado_e_corrigido.pdfapplication/pdf2518684https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/EEFF-BBAN4V/1/tese___suziane___finalizado_e_corrigido.pdf8813635fe259ac4a6093f43c000fbe7cMD51TEXTtese___suziane___finalizado_e_corrigido.pdf.txttese___suziane___finalizado_e_corrigido.pdf.txtExtracted texttext/plain217290https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/EEFF-BBAN4V/2/tese___suziane___finalizado_e_corrigido.pdf.txt630febccf6b750041a76d1161a874f9dMD521843/EEFF-BBAN4V2019-11-14 09:23:01.887oai:repositorio.ufmg.br:1843/EEFF-BBAN4VRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T12:23:01Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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