Análise Morfológica e Funcional da Integrina Beta 2 (CD18)durante o desenvolvimento cardíaco
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/SGGA-8ALPKX |
Resumo: | Os receptores de adesão celular exercem uma variedade de funções durante o desenvolvimento embrionário e após o nascimento. Dentre essas funções, estão processos que envolvem morfogênese, adesão, migração e diferenciação celular. Dentre os vários tipos de receptores de adesão estão as integrinas, que representam a maior família de receptores de superfície que intermediam a ligação das células às proteínas da matriz extracelular. As integrinas são proteínas transmembrana que se ligam a proteínas contidas em complexos intracelulares que se ligam ao citoesqueleto. As integrinas formam heterodímeros compostos por uma subunidade alfa e uma beta e, até o momento, são conhecidos 24 heterodímeros diferentes. Entre as integrinas, existe uma subfamília representada pela integrina beta 2 (CD18) em associação com vários tipos diferentes de subunidades alfa. Essa subfamília tem sido reportada por ser expressa principalmente na superfície de leucócitos, onde medeia a adesão às células endoteliais durante a transmigração leucocitária. O gene que codifica a integrina beta 2 se localiza no cromossomo 21. Pacientes com Síndrome de Down, nos quais há uma cópia extra do cromossomo 21, apresentam uma redução do número de linfócitos maduros e também uma expressão aumentada de integrina beta 2, sendo que 40% dos indivíduos com esta Síndrome possuem defeitos cardíacos congênitos, mais comumente malformações no septo e nas válvulas átrio-ventriculares. Durante a morfogênese das válvulas átrio-ventriculares, uma subpopulação de células endoteliais dentro do coração embrionário transforma-se em células mesenquimais (transformação epitélio-mesenquimal), migra para o interior da geléia cardíaca e é responsável pela síntese do tecido conjuntivo das válvulas cardíacas e da porção membranosa do septo interventricular. É interessante apontar que os resultados obtidos na pesquisa do projeto de mestrado, utilizando métodos imunohistoquímicos, indicam que a integrina beta 2 não está presente somente nos leucócitos, mas também nas válvulas em formação, no miocárdio e epicárdio durante a cardiogênese. Portanto, o objetivo deste trabalho é pesquisar mais e desenvolver uma melhor caracterização da expressão da integrina beta 2 e, posteriormente, estudar sua função durante a cardiogênese. Dados obtidos utilizando técnicas de hibridização in situ e análises de PCR confirmam que a integrina beta 2 está presente durante a cardiogênese. Estudos funcionais mostram que a integrina beta 2 desempenha um papel, durante a transformação epitélio-mesenquimal, afetando a migração celular. Essas observações sustentam nossa hipótese de que a integrina beta 2 seja importante para a formação das válvulas cardíacas durante a cardiogênese. |
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Gregory Thomas KittenMarinilce Fagundes dos SantosAristobolo Mendes da SilvaClaudia Rocha CarvalhoMilena Bastos FurtadoLaser Antonio Machado Oliveira2019-08-09T13:20:32Z2019-08-09T13:20:32Z2009-10-02http://hdl.handle.net/1843/SGGA-8ALPKXOs receptores de adesão celular exercem uma variedade de funções durante o desenvolvimento embrionário e após o nascimento. Dentre essas funções, estão processos que envolvem morfogênese, adesão, migração e diferenciação celular. Dentre os vários tipos de receptores de adesão estão as integrinas, que representam a maior família de receptores de superfície que intermediam a ligação das células às proteínas da matriz extracelular. As integrinas são proteínas transmembrana que se ligam a proteínas contidas em complexos intracelulares que se ligam ao citoesqueleto. As integrinas formam heterodímeros compostos por uma subunidade alfa e uma beta e, até o momento, são conhecidos 24 heterodímeros diferentes. Entre as integrinas, existe uma subfamília representada pela integrina beta 2 (CD18) em associação com vários tipos diferentes de subunidades alfa. Essa subfamília tem sido reportada por ser expressa principalmente na superfície de leucócitos, onde medeia a adesão às células endoteliais durante a transmigração leucocitária. O gene que codifica a integrina beta 2 se localiza no cromossomo 21. Pacientes com Síndrome de Down, nos quais há uma cópia extra do cromossomo 21, apresentam uma redução do número de linfócitos maduros e também uma expressão aumentada de integrina beta 2, sendo que 40% dos indivíduos com esta Síndrome possuem defeitos cardíacos congênitos, mais comumente malformações no septo e nas válvulas átrio-ventriculares. Durante a morfogênese das válvulas átrio-ventriculares, uma subpopulação de células endoteliais dentro do coração embrionário transforma-se em células mesenquimais (transformação epitélio-mesenquimal), migra para o interior da geléia cardíaca e é responsável pela síntese do tecido conjuntivo das válvulas cardíacas e da porção membranosa do septo interventricular. É interessante apontar que os resultados obtidos na pesquisa do projeto de mestrado, utilizando métodos imunohistoquímicos, indicam que a integrina beta 2 não está presente somente nos leucócitos, mas também nas válvulas em formação, no miocárdio e epicárdio durante a cardiogênese. Portanto, o objetivo deste trabalho é pesquisar mais e desenvolver uma melhor caracterização da expressão da integrina beta 2 e, posteriormente, estudar sua função durante a cardiogênese. Dados obtidos utilizando técnicas de hibridização in situ e análises de PCR confirmam que a integrina beta 2 está presente durante a cardiogênese. Estudos funcionais mostram que a integrina beta 2 desempenha um papel, durante a transformação epitélio-mesenquimal, afetando a migração celular. Essas observações sustentam nossa hipótese de que a integrina beta 2 seja importante para a formação das válvulas cardíacas durante a cardiogênese.Adhesion receptors play a key role in a variety of functions during embryonic development and after birth. Among such functions are processes involving morphogenesis, cellular adhesion, migration and differentiation. Among the several types of adhesion receptors are the integrins, which are the major family of surface receptors that mediate attachment of cells to the extracellular matrix. Integrins are transmembrane proteins that bind to proteins contained in intracellular complexes which are linked to the cytoskeleton. Integrins form heterodimers composed of one alpha and one beta subunit and, presently, 24 different heterodimers are known. Within the integrin family there is a subfamily which contains beta 2 integrin (CD18) in conjunction with one of several different types of alpha subunits. This subfamily has been reported to be primarily expressed on the surface of leukocytes, where it mediates adhesion to endothelial cells during leukocyte transmigration. The gene that encodes beta 2 integrin is localized on chromosome 21. Down syndrome patients, who have an extra copy of chromosome 21, display a reduction of mature lymphocytes and also an increased expression of beta 2 integrin. In addition, approximately 40% of Down syndrome patients have congenital heart defects, most commonly atrioventricular valve and septal malformations. During atrioventricular valve morphogenesis, a subset of endothelial cells within embryonic heart transforms into mesenchyme (epithelial-mesenchymal transformation), migrates into the cardiac jelly, and is responsible for the synthesis of connective tissue of the cardiac valves and the membranous portion of interventricular septum. Interestingly, research results obtained during my M.A. project using immunohistochemical methods indicated that beta 2 integrin is present not only in leukocytes, but also in the forming valves as well as in the myocardium and epicardium during cardiogenesis. Therefore, the objective of this work is to further characterize and verify the expression of beta 2 integrin, and then study its function during cardiogenesis. Data obtained using in situ hybridization techniques and PCR analysis confirmed that beta 2 integrin is present during cardiogenesis. Functional studies showed that beta 2 integrin plays a role during epithelial-mesenchymal transformation, affecting cellular migration. These observations support our hypothesis that beta 2 integrin is important for cardiac valve formation during cardiogenesis.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGBiologia celularCoraçãoCélulasCoração CrescimentoCardiogêneseTransformação epitélio-mesenquimalIntegrina beta 2Migração celularCardiogêneseAnálise Morfológica e Funcional da Integrina Beta 2 (CD18)durante o desenvolvimento cardíacoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALlaser_oliveira_tese_doutorado_biocel.pdfapplication/pdf3797327https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/SGGA-8ALPKX/1/laser_oliveira_tese_doutorado_biocel.pdffdaccea8c224c905d13b280babd5633eMD511843/SGGA-8ALPKX2019-08-09 10:20:32.767oai:repositorio.ufmg.br:1843/SGGA-8ALPKXRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-08-09T13:20:32Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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