Dinâmica do perfil de ácidos graxos e composição de lipídeos em músculo de reprodutores, ovócitos e larvas das espécies Brycon orthotaenia (Günther, 1864) e Prochilodus argenteus (Spix & Agassiz, 1829)

• Autor(a) principal: Edenilce de Fátima Ferreira Martins
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-ARCKFW
• topic: Ácido araquidônico; Ácido docosahexaenóico; Reprodução; Ácido eicosapentaenoico; Desenvolvimento embrionário; Oócitos; Peixe Reprodução; Lipídeos; Ácidos graxos

O objetivo deste trabalho foi determinar a dinâmica do perfil de ácidos graxos e a composição de lipídeos no músculo de fêmeas, ovócitos, larvas recém-eclodidas (LRE) e larvas na primeira alimentação (LPA) de Brycon orthotaenia e Prochilodus argenteus. Em B. orthotaenia, o lipídeo total manteve-se constante em ovócitos e larvas em diferentes estágios de desenvolvimento. A concentração de lipídeo polar (LP) foi abundante em ovócitos e LRE, enquanto para lipídeo neutro (LN) foram maiores no músculo e menores em ovócitos e LRE. Em lipídeo neutro (LN) menores percentuais de C18:2n 6, maiores de C20:4n 6 (AA ácido araquidônico) e C22:6n 3 (DHA ácido docosaexaenóico) foram encontrados em LPA (P<0,05). O músculo das fêmeas apresentou a maior porcentagem de somatório de ácido graxo monoinsaturado ( MUFA). Nos estágios larvais a porcentagem de somatório de ácido graxo poliinsaturado ( PUFA) foi maior (P<0,05). Contudo em LP o C18:3n 3, DHA e AA foram maiores nos estágios larvais e EPA foi não significativo (P>0,05). O SFA foi maior (P<0,05) nos ovócitos e menor em LPA. Em P. argenteus, maior percentual de lipídeo total foi encontrado em ovócitos e LRE. LN e LP mantiveram-se constantes em ovócitos e estágios larvais (P<0,05). LN teve maior porcentagem de C18:2n 6 no músculo (P<0,05) e de C18:3n 3 no músculo e em ovócitos. Maiores porcentagens de AA foram encontrados no músculo e em LPA (P<0,05). O DHA apresentou maiores valores em LRE e LPA. Em LN o SFA foi maior em ovócitos e durante o desenvolvimento embrionário (P<0,05). Em MUFA maiores percentuais foram encontrados no músculo, ovócitos e LRE. O PUFA apresentou maiores percentuais no músculo e LPA (P<0,05). Contudo em LP o C18:2n 6 e AA apresentaram maiores porcentagens no músculo (P<0,05) e o EPA foi maior no músculo e ovócitos. Em LP o SFA foi maior em LRE e inferior em LPA e no músculo. O MUFA apresentou maiores porcentagens em ovócitos e durante o desenvolvimento embrionário (P<0,05). Nas duas espécies a evidência de que os ácidos graxos n-3 foram incorporados ao vitelo a partir de fonte dietética fornecida durante a vitelogênese ou de reservas corporais das matrizes que foram mobilizados para os ovócitos. O aumento de DHA reflete o potencial de bioconversão de ácidos graxos obtendo n-3HUFA a partir de C18:3n 3, demonstrando a importância deste para ambas as espécies durante o desenvolvimento larval.