Ecologia e evolução da dispersão de sementes por primatas neotropicais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B8JJS7 |
Resumo: | O funcionamento e a dinâmica de florestas tropicais são, em grande parte, infuenciados pelo mutualismo entre frutos carnosos e vertebrados frugívoros, processo que promove consequências evolutivas e ecológicas fundamentais. Em troca do transporte de suas sementes para locais adequados para germinar e crescer, as plantas oferecem aos frugívoros uma recompensa nutricional. Assim, a ecologia alimentar e os padrões de atividade dos frugívoros determinam a efetividade do serviço oferecido como dispersores e este serviço está diretamente relacionado à probabilidade de sobrevivência, germinação desementes e recrutamento de plântulas. Devido a este impacto na reprodução e fitness, as interações mutualísticas podem determinar a seleção e subsequente evolução de traços nas plantas. Primatas, juntamente com aves e morcegos, são os principais agentes dispersores em florestas tropicais. Seu corpo grande e hábito arbóreo, associados ao elevado consumo de frutos são o resultado de adaptações morfológicas, de locomoção e também sensoriais que se refletem em guildas alimentares. Buscando preencher lacunas no conhecimento acerca das consequências ecológicas e evolutivas da dispersão de sementes por primatas na região Neotropical, procuramos reunir, organizar e ampliar as informações disponíveis. Avaliamos, do ponto de vista ecológico e filogenético das plantas, as consequências das interações com primatas e testamos hipóteses acerca da ecologia e evolução da dispersão de sementes por diferentes guildas alimentares. O hábito alimentar generalista dos primatas não nos permitiu identificar consequências do mutualismo para a evolução da morfologia de frutos. Porém, a forte associação entre caracteres morfológicos apontou para existência de uma síndrome de dispersão primatocórica. Além disso, demonstramos que primatas dispersam grande diversidade de espécies de plantas, ingerem e dispersam sementes e frutos de variados tamanhos, tipos e cores, movem sementes para locais fora da área de influência do parental e favorecem a germinação após a passagem pelo trato digestivo. O papel dos primatas como dispersores é definido de acordo com as guildas alimentares, sendo o grau de frugivoria diretamente proporcional à qualidade do serviço oferecido |
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Devido a este impacto na reprodução e fitness, as interações mutualísticas podem determinar a seleção e subsequente evolução de traços nas plantas. Primatas, juntamente com aves e morcegos, são os principais agentes dispersores em florestas tropicais. Seu corpo grande e hábito arbóreo, associados ao elevado consumo de frutos são o resultado de adaptações morfológicas, de locomoção e também sensoriais que se refletem em guildas alimentares. Buscando preencher lacunas no conhecimento acerca das consequências ecológicas e evolutivas da dispersão de sementes por primatas na região Neotropical, procuramos reunir, organizar e ampliar as informações disponíveis. Avaliamos, do ponto de vista ecológico e filogenético das plantas, as consequências das interações com primatas e testamos hipóteses acerca da ecologia e evolução da dispersão de sementes por diferentes guildas alimentares. O hábito alimentar generalista dos primatas não nos permitiu identificar consequências do mutualismo para a evolução da morfologia de frutos. Porém, a forte associação entre caracteres morfológicos apontou para existência de uma síndrome de dispersão primatocórica. Além disso, demonstramos que primatas dispersam grande diversidade de espécies de plantas, ingerem e dispersam sementes e frutos de variados tamanhos, tipos e cores, movem sementes para locais fora da área de influência do parental e favorecem a germinação após a passagem pelo trato digestivo. O papel dos primatas como dispersores é definido de acordo com as guildas alimentares, sendo o grau de frugivoria diretamente proporcional à qualidade do serviço oferecidoThe mutualism among fleshy fruits and fruit-eating vertebrates largely influence tropical forests functioning and dynamics, and promotes fundamental evolutionary and ecological consequences. During food handling, frugivores transport seeds to sutable sites to germinate and grow and, in turn, plants offer a nutritional reward. Thus, the frugivorefeeding ecology and activity patterns determine its effectiveness as a disperser. Seed dispersal process establishes the probability of seed and seedling survival, seed germination and seedling recruitment. These impacts of mutualistic interactions on plant reproduction and fitness therefore influence selection and evolution of fruit traits. Primates,toghether with birds and bats, are the main disperser agents in tropical forests. A large body size associated with the arboreal habit and high fruit consumption are the outcome of sensorial, morphological and locomotor daptations, which reflects in feeding guilds. Here we gather, organize and expand available information about the ecological and evolutionary consequences of seed dispersal by primates in the Neotropical region aiming to fill knowledge gaps. We evaluate, from a plant ecological and phylogenetic point of view, the consequences of mutualistic interactions with Neotropical primates. We tested hypotheses on the ecology and evolution of seed dispersal by distinct feeding guilds. In terms of feeding ecology primates tend to be generalist and this fact prevented us to identify the consequences of mutualism to the evolution of fruit morphology. However, the strong association among morphological fruit traits in primate-dispersed species pointed to the existence of a dispersal syndrome. Also, we showed that primates are able to swallowand disperse a wide range of plant species, fruit colors, types and sizes, and move seeds to sites far from the zone of influence of the parent crown, and also promote germination after gut passage. The role of primates as seed dispersers is defined according to the feedingguilds, and the degree of frugivory modulates the quality of the service offeredUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGPrimatasGerminaçãoMeta-análisesSementes DispersãoFisiologia vegetalBiologia vegetalEcologia e evolução da dispersão de sementes por primatas neotropicaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_lisieux_franco_fuzessy_biologia_vegetal_2017.pdfapplication/pdf5578818https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B8JJS7/1/tese_lisieux_franco_fuzessy_biologia_vegetal_2017.pdf530258e4dcb68585bf6b6b5739b426e8MD51TEXTtese_lisieux_franco_fuzessy_biologia_vegetal_2017.pdf.txttese_lisieux_franco_fuzessy_biologia_vegetal_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain295412https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B8JJS7/2/tese_lisieux_franco_fuzessy_biologia_vegetal_2017.pdf.txtb6474754887e3520fa1829a094e83771MD521843/BUOS-B8JJS72019-11-14 15:02:35.938oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-B8JJS7Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T18:02:35Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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