Identidade juvenil e identidade discente: processos de escolarização no terceiro ciclo da escola plural

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paulo Henrique de Queiroz Nogueira
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/FAEC-85RNBH
Resumo: A investigação tem como objeto as interações em sala de aula de alunos e alunas do terceiro ciclo do ensino fundamental e de como essas posições recíprocas estabelecidas face-a-face organizam a sala e dão sentido à inserção desses sujeitos no espaço escolar. O intuito, portanto, é compreender as redes que se criam e que expressam os pertencimentos juvenis dos alunos em situações de interação. Essas pertenças, inseridas em regime de cooperação ou competição entre indivíduos, conformam a sua identidade discente em um imbricamento de variáveis favoráveis ou não à manutenção do Frame (enquadre) necessário a continuidades das aulas. São essas modulações que provocam a ruptura dos laços de solidariedades entre os alunos e deles para com os professores fazendo aparecer o conflito aberto entre ambos. O dilema, portanto, da forma escolar é manter-se como coativa das subjetividades através das atribuições de papéis ao discente ou abrir-se a outras dinâmicas em que ser jovem é zoar em uma perspectiva de quebra no clima proposto pela docência. Para tanto se pesquisou, em uma escola de ensino fundamental da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte, as turmas do último ano do ensino fundamental e que se encontravam, portanto, na iminência de deixar a escola. Eles foram escolhidos por, justamente, se verem frente às perspectivas de futuro abertas pelo término de um período de escolarização em que se torna possível avaliar o já transcorrido. As observações em campo se deram em dois semestres descontínuos nos anos de 2003 e 2005, em que o foco se dirigia para as interações que eram analisadas pelos próprios atores em entrevistas coletivas e individuais. Assim, buscaram-se dados que apontassem para a dinâmica interacional levada a cabo por alunos e alunas na construção de um quadro analítico em que as perspectivas geracionais, de gênero e classe social emergem como vetores explicativos do fenômeno. Como aporte teórico utilizou-se as contribuições de SIMMEL, DUBET e GOFFMAN que foram solicitados para a melhor compreensão dessa rede de sociação urdida em contextos escolares.
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São essas modulações que provocam a ruptura dos laços de solidariedades entre os alunos e deles para com os professores fazendo aparecer o conflito aberto entre ambos. O dilema, portanto, da forma escolar é manter-se como coativa das subjetividades através das atribuições de papéis ao discente ou abrir-se a outras dinâmicas em que ser jovem é zoar em uma perspectiva de quebra no clima proposto pela docência. Para tanto se pesquisou, em uma escola de ensino fundamental da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte, as turmas do último ano do ensino fundamental e que se encontravam, portanto, na iminência de deixar a escola. Eles foram escolhidos por, justamente, se verem frente às perspectivas de futuro abertas pelo término de um período de escolarização em que se torna possível avaliar o já transcorrido. As observações em campo se deram em dois semestres descontínuos nos anos de 2003 e 2005, em que o foco se dirigia para as interações que eram analisadas pelos próprios atores em entrevistas coletivas e individuais. Assim, buscaram-se dados que apontassem para a dinâmica interacional levada a cabo por alunos e alunas na construção de um quadro analítico em que as perspectivas geracionais, de gênero e classe social emergem como vetores explicativos do fenômeno. Como aporte teórico utilizou-se as contribuições de SIMMEL, DUBET e GOFFMAN que foram solicitados para a melhor compreensão dessa rede de sociação urdida em contextos escolares.The object of this research is the interactions of male and female eighth-grade elementary school students in the classroom, and how those mutual positions, established face to face, organize the classroom and give meaning to those subjects insertion in the school space. Therefore, the goal is to understand the networks that are created and express the students juvenile affiliations in interaction situations. Such affiliations, either cooperative or competitive, shape the students identity into na intricacy of variables, which can be favorable or not to maintaining the necessary social frame for the continuity of the classes. It is such modulations that cause the rupture of sympathy bonds between the students and between them and the teachers, causing overt conflict to appear between the parties. Thus, the dilemma of the school model is whether to keep itself co-active to the subjectivation components by attributing determined roles to the student or to open itself to other processes, in which being young is to play anarchically in order to break up the atmosphere proposed by the teachers. For that purpose, the research was carried out on classes of the last year (therefore about to leave school) of an elementary school of the City of Belo Horizonte (Brazil) public educational network. They were chosen exactly because they faced the future prospects opened by the end of a schooling period, in which it becomes possible to evaluate what has already come to be. The field observations were performed in two separate semesters in the years 2003 and 2005, in which interactions were focused and analyzed by the players themselves in both collective and individual interviews. It was thus sought to gather data that evidenced the interaction dynamics carried out by male and female students, in order to build na analytic frame in which generation, gender, and social class perspectives emerged as explanatory vectors for the phenomenon. For theoretical support, the contributions of SIMMEL, DUBET and GOFFMAN were used in order to better understand that social interaction web woven in school contexts.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEscola fundamentalIdentidade social BrasilEscola pluralEducaçãoEstudantesForma escolar e processos de subjetivaçãoIdentidade juvenil e identidade discenteEnquadres relacionaisSociaçãoIdentidade juvenil e identidade discente: processos de escolarização no terceiro ciclo da escola pluralinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINAL2000000105.pdfapplication/pdf2275216https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FAEC-85RNBH/1/2000000105.pdf5a9cebdf2eed8069cf60872dce64bb6bMD51TEXT2000000105.pdf.txt2000000105.pdf.txtExtracted texttext/plain1024460https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FAEC-85RNBH/2/2000000105.pdf.txt22fcd6bbe2c1e9a93dcc963df8e01905MD521843/FAEC-85RNBH2019-11-14 20:02:52.939oai:repositorio.ufmg.br:1843/FAEC-85RNBHRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T23:02:52Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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