Consumo de refrigerantes, estado nutricional e coocorrência de fatores de risco obesogênicos em adolescentes brasileiros: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Otaviana Cardoso Chaves
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/34500
Resumo: Introdução: Nas últimas décadas, tem-se observado globalmente mudanças nos padrões alimentares da população, com aumento do consumo de produtos ultraprocessados, mais especificamente de refrigerantes. O consumo de tais bebidas vem sendo associado ao ganho de peso e surgimento de alterações metabólicas. Assim é necessária a realização de pesquisas em contextos nacionais específicos, com o intuito de entender essa prática e sua relação com o estado nutricional. Além disso, ressalta-se que inadequadas escolhas dietéticas e baixo nível de atividade física tendem a se agrupar. Acredita-se que conhecer os fatores associados à ocorrência simultânea desses comportamentos pode ser um passo importante para prevenir doenças crônicas relacionadas ao excesso de peso. Objetivos: Esta tese apresenta três objetivos, a saber: 1) Estimar a prevalência de consumo diário de refrigerantes adoçados com açúcar por adolescentes brasileiros e identificar fatores associados. 2) Avaliar associações transversais entre consumo de refrigerantes adoçados com açúcar e o índice de massa corporal (IMC) em adolescentes eutróficos e com excesso de peso. 3) Estimar a prevalência e as características sociodemográficas e de contexto familiar associadas à coocorrência de fatores de risco obesogênicos em adolescentes. Métodos: Estudo epidemiológico transversal, realizado com dados provenientes da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (2009), que avaliou estudantes do 9º ano do ensino fundamental, das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal. Foram produzidos três manuscritos, cada um referindo-se a um dos objetivos. No primeiro, a associação entre fatores sociodemográficos, familiares e comportamentais e o consumo diário de refrigerantes foi estimada por meio da razão de prevalência (RP) e respectivos intervalos de confiança, obtidos pela regressão de Poisson. No segundo manuscrito, modelos de regressão multinomial foram usados para avaliar a associação entre consumo de refrigerantes e índice de massa corporal em adolescentes eutróficos e com excesso de peso. No terceiro manuscrito, a variável resposta foi a presença combinada de cinco potenciais fatores de risco obesogênicos (consumo diário de refrigerantes adoçados com açúcar, consumo diário de guloseimas, consumo insuficiente de frutas, consumo insuficiente de hortaliças e inatividade física). As variáveis sociodemográficas e de contexto familiar associadas à coocorrência de comportamentos de risco obesogênicos foram identificadas por meio de regressão logística ordinal com modelo de odds proporcionais parciais. Todas as análises foram realizadas considerando-se o delineamento complexo da amostra, utilizando-se o software stata versão 12. Resultados: O consumo diário de refrigerantes com adição de açúcar foi relatado por 21,6% (IC95%: 20,8 – 22,4) dos adolescentes. Ser do sexo feminino, realizar atividade física e consumir leite diariamente apresentou relação inversa com o consumo diário de refrigerantes. Observou-se maior prevalência de consumidores diários de refrigerantes entre aqueles estudantes de maior faixa etária, de escolas privadas, residentes em regiões de maior nível socioeconômico, pertencentes ao tercil mais elevado de escore de bens e serviços, aqueles cujos responsáveis tinham menor conhecimento sobre o seu tempo livre, que apresentavam o hábito de comer quando assistiam televisão ou estudavam, que apresentavam maior tempo de uso do computador e que consumiam diariamente guloseimas, biscoitos doces e embutidos. Foi encontrada interação entre o consumo desses alimentos e refrigerantes, com aumento gradativo da força de associação (artigo 1). Dos 57.268 adolescentes incluídos no segundo artigo, 23,81% apresentaram excesso de peso. Nos meninos eutróficos, o consumo de refrigerantes esteve associado à maior chance de estar nos maiores tercis de zIMC comparados aos não consumidores. Já nos adolescentes com excesso de peso, tanto do sexo masculino quanto feminino, o consumo de refrigerantes esteve associado à menor chance de estar no terceiro tercil de zIMC. No terceiro artigo, observou-se que 62,79% dos adolescentes estavam expostos a três ou mais fatores de risco obesogênicos, simultaneamente. Verificou-se maior chance de ocorrência simultânea dos fatores nos adolescentes do sexo feminino, naqueles que tinham menor monitoramento parental e que realizavam menor número de refeições com os responsáveis. Em contraste, adolescentes que residiam em regiões mais desenvolvidas do país e aqueles cujas mães possuíam maior escolaridade apresentaram menor chance de coocorrência de fatores de risco obesogênicos. Conclusão: Foram observadas altas frequências de consumo de refrigerantes com adição de açúcar e altas prevalências de excesso de peso em adolescentes brasileiros. O hábito de consumir a bebida diariamente manteve-se associado a outras práticas não saudáveis e, potencialmente, se associa a maiores categorias de zIMC em adolescentes eutróficos do sexo masculino. Além disso, merece destaque a ocorrência simultânea de fatores de risco obesogênicos nos adolescentes. Assim, estratégias de prevenção devem ser baseadas em uma abordagem integral, desestimulando o consumo de produtos ultraprocessados e devem contar com o envolvimento familiar, o que poderá trazer melhorias no estado nutricional e de saúde dos adolescentes.
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Acredita-se que conhecer os fatores associados à ocorrência simultânea desses comportamentos pode ser um passo importante para prevenir doenças crônicas relacionadas ao excesso de peso. Objetivos: Esta tese apresenta três objetivos, a saber: 1) Estimar a prevalência de consumo diário de refrigerantes adoçados com açúcar por adolescentes brasileiros e identificar fatores associados. 2) Avaliar associações transversais entre consumo de refrigerantes adoçados com açúcar e o índice de massa corporal (IMC) em adolescentes eutróficos e com excesso de peso. 3) Estimar a prevalência e as características sociodemográficas e de contexto familiar associadas à coocorrência de fatores de risco obesogênicos em adolescentes. Métodos: Estudo epidemiológico transversal, realizado com dados provenientes da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (2009), que avaliou estudantes do 9º ano do ensino fundamental, das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal. Foram produzidos três manuscritos, cada um referindo-se a um dos objetivos. No primeiro, a associação entre fatores sociodemográficos, familiares e comportamentais e o consumo diário de refrigerantes foi estimada por meio da razão de prevalência (RP) e respectivos intervalos de confiança, obtidos pela regressão de Poisson. No segundo manuscrito, modelos de regressão multinomial foram usados para avaliar a associação entre consumo de refrigerantes e índice de massa corporal em adolescentes eutróficos e com excesso de peso. No terceiro manuscrito, a variável resposta foi a presença combinada de cinco potenciais fatores de risco obesogênicos (consumo diário de refrigerantes adoçados com açúcar, consumo diário de guloseimas, consumo insuficiente de frutas, consumo insuficiente de hortaliças e inatividade física). As variáveis sociodemográficas e de contexto familiar associadas à coocorrência de comportamentos de risco obesogênicos foram identificadas por meio de regressão logística ordinal com modelo de odds proporcionais parciais. Todas as análises foram realizadas considerando-se o delineamento complexo da amostra, utilizando-se o software stata versão 12. Resultados: O consumo diário de refrigerantes com adição de açúcar foi relatado por 21,6% (IC95%: 20,8 – 22,4) dos adolescentes. Ser do sexo feminino, realizar atividade física e consumir leite diariamente apresentou relação inversa com o consumo diário de refrigerantes. Observou-se maior prevalência de consumidores diários de refrigerantes entre aqueles estudantes de maior faixa etária, de escolas privadas, residentes em regiões de maior nível socioeconômico, pertencentes ao tercil mais elevado de escore de bens e serviços, aqueles cujos responsáveis tinham menor conhecimento sobre o seu tempo livre, que apresentavam o hábito de comer quando assistiam televisão ou estudavam, que apresentavam maior tempo de uso do computador e que consumiam diariamente guloseimas, biscoitos doces e embutidos. Foi encontrada interação entre o consumo desses alimentos e refrigerantes, com aumento gradativo da força de associação (artigo 1). Dos 57.268 adolescentes incluídos no segundo artigo, 23,81% apresentaram excesso de peso. Nos meninos eutróficos, o consumo de refrigerantes esteve associado à maior chance de estar nos maiores tercis de zIMC comparados aos não consumidores. Já nos adolescentes com excesso de peso, tanto do sexo masculino quanto feminino, o consumo de refrigerantes esteve associado à menor chance de estar no terceiro tercil de zIMC. No terceiro artigo, observou-se que 62,79% dos adolescentes estavam expostos a três ou mais fatores de risco obesogênicos, simultaneamente. Verificou-se maior chance de ocorrência simultânea dos fatores nos adolescentes do sexo feminino, naqueles que tinham menor monitoramento parental e que realizavam menor número de refeições com os responsáveis. Em contraste, adolescentes que residiam em regiões mais desenvolvidas do país e aqueles cujas mães possuíam maior escolaridade apresentaram menor chance de coocorrência de fatores de risco obesogênicos. Conclusão: Foram observadas altas frequências de consumo de refrigerantes com adição de açúcar e altas prevalências de excesso de peso em adolescentes brasileiros. O hábito de consumir a bebida diariamente manteve-se associado a outras práticas não saudáveis e, potencialmente, se associa a maiores categorias de zIMC em adolescentes eutróficos do sexo masculino. Além disso, merece destaque a ocorrência simultânea de fatores de risco obesogênicos nos adolescentes. Assim, estratégias de prevenção devem ser baseadas em uma abordagem integral, desestimulando o consumo de produtos ultraprocessados e devem contar com o envolvimento familiar, o que poderá trazer melhorias no estado nutricional e de saúde dos adolescentes.Introduction: In recent decades, there have been global changes in dietary patterns with the increased consumption of ultra-processed products, more specifically of soft drinks. The consumption of such beverages has been associated with weight gain and the emergence of metabolic changes. Thus, it is necessary to research specific national contexts to understand this practice and its relationship with nutritional status. Furthermore, inadequate dietary choices and low levels of physical activity tend to cluster. We believe that knowing the factors associated with the simultaneous occurrence of these behaviors can be an important step to prevent chronic diseases related to overweight. Objectives: This dissertation has three objectives, namely 1) to estimate the prevalence of daily consumption of sugar-sweetened soft drinks by Brazilian adolescents and to identify associated factors; 2) to evaluate cross-sectional associations between the consumption of sugar-sweetened soft drinks and body mass index (BMI) in eutrophic and overweight adolescents; and 3) to estimate the prevalence and sociodemographic and family context characteristics associated with the co-occurrence of obesogenic risk factors in adolescents. Methods: This was a cross-sectional epidemiological study based on data from the National Adolescent Student Health Survey (2009), which evaluated students from the 9th grade of the 26 Brazilian state capitals and the Federal District. Three manuscripts were produced, each referring to one of the objectives. In the first manuscript, we estimated the association between sociodemographic, family, and behavioral factors and the daily consumption of soft drinks using the prevalence ratio (PR) and respective intervals of confidence obtained by the Poisson regression. In the second manuscript, we used multinomial regression models to evaluate the association between the consumption of soft drinks and body mass index in eutrophic and overweight adolescents. In the third manuscript, the response variable was the combined presence of five potential obesogenic risk factors (daily consumption of sugar-sweetened soft drinks, daily consumption of sweets, insufficient fruit intake, insufficient vegetable intake, and physical inactivity). We identified the sociodemographic and family context variables associated with the co-occurrence of obesogenic risk behaviors using the ordinal logistic regression through the partial proportional odds model. We conducted the analyses considering the complex design of the sample, using the Stata software version 12. Results: The daily consumption of sugar-sweetened soft drinks was reported by 21.6% (95% IC: 20.8 - 22.4) of adolescents. The variables of being female, performing physical activity, and consuming milk daily had an inverse relationship with the daily consumption of soft drinks. We observed a higher prevalence of daily soft drink consumers among the older students from private schools, living in regions of higher socioeconomic status, belonging to the upper third score for goods and services, those whose guardians had less knowledge about their free time, who had the habit of eating while watching television or studying, who had more time using the computer, and who consumed daily sweets, cookies, and processed meat. We found an interaction between the consumption of these foods and soft drinks, with a gradual increase in the strength of association (article 1). Of the 57,268 adolescents included in the second article, 23.81% were overweight. In eutrophic boys, soft drink consumption was associated with a higher chance of being in the upper third BMIz when compared to non-consumers. In overweight adolescents, both male and female, the consumption of soft drinks was associated with a lower chance of being in the upper third BMIz. The third article showed that 62.79% of adolescents were exposed to three or more obesogenic risk factors, simultaneously. There was a greater chance of simultaneous occurrence of factors in female adolescents, in those with less parental monitoring, and who shared fewer meals with their guardians. In contrast, adolescents living in more developed regions of the country and those whose mothers had higher education had a lower chance of co-occurrence of obesogenic risk factors. Conclusion: We observed high frequencies in the consumption of sugar-sweetened soft drinks and a high prevalence of overweight in Brazilian adolescents. The habit of consuming the beverage daily remained associated with other unhealthy practices and potentially associated with higher categories of BMIz in eutrophic male adolescents. Furthermore, the simultaneous occurrence of obesogenic risk factors in adolescents is worth noting. Thus, prevention strategies should be based on a comprehensive approach, discouraging the consumption of ultra-processed products and relying on family involvement, which may improve the nutritional and health status of adolescents.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Saúde da Criança e do AdolescenteUFMGBrasilMEDICINA - FACULDADE DE MEDICINAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessAdolescenteBebidas GaseificadasEstado NutricionalObesidadeFatores de RiscoEstudos TransversaisConsumo de AlimentosAdolescentesConsumo alimentarRefrigerantesObesidadeFatores de riscoEstudos transversaisConsumo de refrigerantes, estado nutricional e coocorrência de fatores de risco obesogênicos em adolescentes brasileiros: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALconsumo de refrigerantes, estado nutricional e coocorrência de fatores de risco obesogênicos em adolescentes brasileiros pesquisa nacional de saúde do escolar.pdfconsumo de refrigerantes, estado nutricional e coocorrência de fatores de risco obesogênicos em adolescentes brasileiros pesquisa nacional de saúde do escolar.pdfapplication/pdf4980684https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34500/1/consumo%20de%20refrigerantes%2c%20estado%20nutricional%20e%20coocorr%c3%aancia%20de%20fatores%20de%20risco%20obesog%c3%aanicos%20em%20adolescentes%20brasileiros%20pesquisa%20nacional%20de%20sa%c3%bade%20do%20escolar.pdf7017466b51b73dc5b674c337d9816143MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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