A construção de uma cidade-monumento: o caso de Ouro Preto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigo Otavio de Marco Meniconi
Data de Publicação: 1999
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8GCML9
Resumo: Busca este estudo estabelecer uma leitura de Ouro Preto sob aótica de sua preservação, acompanhando a trajetória da cidade, desde o seu é surgimento e consolidação no século XVlll, passando pelas transformações ocorridas no século XIX , o esvaziamento provocado pela mudança da capital e li a sua gradativa transformação em monumento, no século XX. Na dissertação são identificados os momentos mais significativos tanto para a construção da imagem da cidade quanto para o seu reconhecimento como bem cultural. Com maior detalhe, o estudo propõe-se a identificar e caracterizar as várias fases e modalidades que as ações e procedimentos voltados para a conservação e restauração a cidade assumem ao longo deste século. Nas três primeiras décadas do século XX, por ação dos discursos,a cidade passa a encarnar valores essenciais na construção da identidade nacional. Esses discursos ,que têm sua origem ainda no século XIX, são retomados e consolidados por ocasião do bicentenário de Ouro Preto. A partir de artigo publicado, em 1916, por Alceu de Amoroso Lima, a cidade será sucessivamente visitada por intelectuais e artistas. O relato e a ação desses novos viajantes vão fazer com que os valores da cidade adquiram reconhecimento no plano nacional, suscitando a adoção de medidas concretas para a sua tutela e salvaguarda.Com a elevação de Ouro Preto a condição de monumento Nacional essas medidas adquirem consistência institucional e operativa. A criação da inspetoria dos Monumentos Nacionais e, depois, do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, vão fazer com que na cidade sejam aplicados e desenvolvidos os conceitos, as metodologias e as praticas de conservação e restauro.l De uma primeira abordagem museológica, passa-se a uma visão monumental e arquitetônica, que caracteriza a primeira fase do SPHAN atéd chegar ao tratamento da questão nas dimensões e com os instrumentos urbanísticos, que se fizeram necessárias a partir do final dos anos sessenta. Verifica­se, a partir dos anos oitenta, o surgimento de novas posturas e X l orientações. Por essa ocasião, assiste-se a iniciativas de articulação e harmonização das várias instituições e agentes. A Cidade, ameaçada pela continuidade dos fenômenos de degradação iniciados com o adensamento e pelos problemas causados pelas fortes chuvas de l979, busca implementar umprograma de conservação integrada,. Essas ações, entretanto, não adquiriram consistência e organicidade.Com os novos entendimentos sobre a conservação das cidades eas disposições da Constituição Federal de 1988, o município de Ouro Preto deve passar a atuar, ativamente, na salvaguarda. A estrutura administrativa prevista pela Lei Orgânica promulgada neste mesmo ano, a elaboração de Planos Diretores, em1991 e 1996 e a promoção de ações articuladas, indicamesse novo caminho.A grande questão que agora se apresenta, e permanece em aberto, e a de como operacionalizar a conservação integrada da Cidade, envolvendo suas instituições, a comunidade, os profissionais e os técnicos, dotando-os,ao mesmo tempo,de todos os instrumentos e recursos necessários,
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