Argumentação em atividades investigativas na sala de aula de matemática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bruna Karla Silva Reginaldo
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8ZLPQB
Resumo: Buscou-se, por meio desta pesquisa, compreender como se desencadeia e se desenvolve a argumentação matemática dos estudantes em uma atividade de investigação matemática. Visando alcançar esse objetivo, uma sequência de quatro atividades investigativas foi realizada em três turmas do 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola da rede municipal de Belo Horizonte. Durante o desenvolvimento dessas atividades, foram realizadas intervenções apoiadas nos referenciais teóricos sobre argumentação (BOAVIDA, 2005), investigações na aula de Matemática (PONTE; BROCARDO; OLIVEIRA, 2009) e nas experiências vivenciadas com esse tipo de atividade, como professora de matemática. A abordagem metodológica adotada é qualitativa e os instrumentos de coleta de dados foram: observação participante (FLICK, 2009), notas em caderno de campo, gravações em áudio e vídeo e relatórios produzidos pelos alunos. A análise dos dados foi realizada de forma indutiva e é apresentada em três partes. Com a intenção de mostrar que é possível identificar argumentação dos alunos em atividades de investigação, na primeira parte, são descritas e analisadas situações em que ocorreu argumentação. Na segunda, são relatadas e analisadas as intervenções realizadas pela professora e pela pesquisadora e seus desdobramentos que contribuíram para o desenvolvimento da argumentação dos alunos. Na terceira parte, são descritos e analisados os obstáculos vivenciados durante a realização das atividades investigativas, que atravancaram o desenvolvimento da argumentação. Os resultados apontam que os estudantes da escola básica são capazes de argumentar nas aulas de Matemática de diversas formas: refutar por meio de contraexemplo, provar com o uso de um recurso não discursivo, demonstrar, dentre outras. É possível desencadear e desenvolver a argumentação matemática dos alunos por meio da realização de intervenções, como, por exemplo, apresentar a eles as formas de argumentação. A falta de tempo, outras prioridades, falta de domínio da linguagem algébrica, dentre outros, se configuraram obstáculos para a argumentação dos alunos, mas podem ser contornados. É importante que o professor compreenda o que é argumentação, para além do seu significado no senso comum, e quais são as formas de argumentar, que ele estimule seus alunos a justificarem e a desenvolverem habilidades de argumentação. Para isso, é necessário que o professor mude os tipos de atividades, bem como a forma de sua condução, não permanecendo apenas no paradigma do exercício, e que os estudantes aceitem o convite para participar dessas atividades (SKOVSMOSE, 2000).
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Os resultados apontam que os estudantes da escola básica são capazes de argumentar nas aulas de Matemática de diversas formas: refutar por meio de contraexemplo, provar com o uso de um recurso não discursivo, demonstrar, dentre outras. É possível desencadear e desenvolver a argumentação matemática dos alunos por meio da realização de intervenções, como, por exemplo, apresentar a eles as formas de argumentação. A falta de tempo, outras prioridades, falta de domínio da linguagem algébrica, dentre outros, se configuraram obstáculos para a argumentação dos alunos, mas podem ser contornados. É importante que o professor compreenda o que é argumentação, para além do seu significado no senso comum, e quais são as formas de argumentar, que ele estimule seus alunos a justificarem e a desenvolverem habilidades de argumentação. Para isso, é necessário que o professor mude os tipos de atividades, bem como a forma de sua condução, não permanecendo apenas no paradigma do exercício, e que os estudantes aceitem o convite para participar dessas atividades (SKOVSMOSE, 2000).We tried, through this research, to understand how students' mathematical argumentation triggers and develops in a mathematical investigative activity. In order to achieve this goal a sequence of four investigative activities was performed in three classes in the 9th grade in elementary education at a school in the Municipality of Belo Horizonte. During the development of these activities, operations supported on theoretical arguments (BOAVIDA, 2005), investigations in mathematics class (PONTE; BROCARDO; OLIVEIRA, 2009), and as a mathematics teacher myself the experiences with this type of activity were carried out. The methodological approach adopted is qualitative and the instruments of data collection were participant observation (FLICK, 2009), notes, audio and video, and reports produced by the students. Data analysis was performed inductively and it is presented in three parts. To show that it is possible to identify students' arguments in investigative activities, in the first part situations are described and analyzed in which there was argument. In the second the interventions made by the teacher and researcher and its consequences which contributed to the development of students' arguments are reported and analyzed. In the third part the obstacles experienced in carrying out investigative activities, which disrupted the development of the argument are described and analyzed. The results indicate that the basic school students are able to argue about mathematics in several ways: by refuting counter example, to prove with the use of a non discursive resource, among others. You can initiate and develop students' mathematical reasoning through the use of interventions, for example, present to them the forms of argument. The lack of time, other priorities, lack of knowledge of the algebraic language, among others were obstacles to students' arguments, but they can be circumvented. It is important to the teacher understand what is argument, in addition to its meaning in common sense, and what are the forms of argument, which encourages students to develop and justify reasoning abilities. Therefore, it is necessary for the teacher to change the types of activities, as well as the manner of their class form, not just staying in the exercise paradigm, and that students accept the invitation to participate in these activities (SKOVSMOSE, 2000).Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEducaçãoMatemática Estudo e ensinoEstudos em grupoEducação matemáticaInvestigação matemáticaArgumentação matemáticaArgumentação em atividades investigativas na sala de aula de matemáticainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdissertacaofinal_bruna.pdfapplication/pdf2766463https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8ZLPQB/1/dissertacaofinal_bruna.pdfe8eb1691243035b8334d252be4c23b51MD51TEXTdissertacaofinal_bruna.pdf.txtdissertacaofinal_bruna.pdf.txtExtracted texttext/plain391247https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8ZLPQB/2/dissertacaofinal_bruna.pdf.txtad804c8a00e3bbf6c7c90573d503ca3eMD521843/BUOS-8ZLPQB2019-11-14 03:42:39.222oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8ZLPQBRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T06:42:39Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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