Caracterização da microbiota da glândula mamária bovina saudável e com mastite subclínica e seleção de bactérias potencialmente probióticas isoladas deste ecossistema

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Raphael Steinberg da Silva
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/37407
Resumo: A mastite é a fonte dos maiores prejuízos à produção de leite em bovinos. Devido a importância estratégica da pecuária leiteira na produção de alimentos, o controle desta doença é vital. Objetivando atender às pressões, em nível internacional, para redução do uso de antimicrobianos, o desenvolvimento de métodos alternativos para o tratamento e prevenção da mastite devem ser implementados para substituir a atual terapia com antibióticos. Devido ao aumento do uso de probióticos para o controle de doenças, a bacterioterapia oferece uma possível estratégia para o controle da mastite. As bactérias do ácido lático (BAL) são membros da microbiota do leite, e tem uma longa história de uso seguro, produzindo efeitos benéficos à saúde do hospedeiro e, por isso, são candidatas à prospecção de probióticos para a glândula mamária. Os objetivos deste trabalho foram o de caracterizar a microbiota da glândula mamária bovina em quatro raças (Gir, Guzerá, Girolando 1/2 e Holandês) além de isolar e caracterizar BAL a partir de amostras de leite cru e swab intramamário. A microbiota da glândula mamária de 200 vacas (131 saudáveis e 69 com mastite subclínica) apresentou composição dominada por membros dos filos Firmicutes e Proteobactéria. De maneira geral, uma baixa porcentagem de OTUs foi compartilhada entre animais de raças diferentes. Nossos dados apontam que o efeito ambiental sobre a composição desta comunidade microbiana parece ser forte. A mudança na composição da microbiota com a instalação do quadro de mastite subclínica (redução da abundância de Acinetobacter e Pseudomonas e aumento de Staphylococcus) indicam que esse quadro está associado a disbiose. Com exceção da raça Holandês, que parece ter quadro de mastite subclínica caracterizado pelo aumento da abundância de Lactococcus, a abundância relativa de BAL diminuiu em animais com CCS> 200.000 cel/mL, indicando que elas podem estar relacionadas a úberes mais saudáveis. Por isso, amostras de 115 vacas foram submetidas ao isolamento de BAL. Foram obtidos 192 isolados de BAL pertencentes a 30 espécies, dos quais 82 foram selecionados para avaliação de seu potencial probiótico. De forma geral, as BAL que habitavam a glândula mamária apresentam baixa autoagregação, hidrofobicidade da superfície celular, co-agregação com patógenos, capacidade de produção de biofilme, além de incapacidade de produção de exopolissacarídeos (EPS) e forte antagonismo contra patógenos causadores de mastite, com alta produção de H2O2. Dois isolados de BAL, capazes de aderir e internalizar células epiteliais mamárias MDA-MB-231, apresentaram potencial efeito protetor contra mastite. O isolado WcoGIRO48L1* (Weissella confusa GIR48L1*) reduziu significativamente a adesão de Staphylococcus aureus ATCC 29213, adesão de Escherichia coli ATCC 25723 e produção de Tnfa. Por outro lado, o isolado LactGIRO4S8* (L. lactis GIRO4S8*) foi capaz de reduzir significativamente a adesão e invasão de S. aureus ATCC 29213 e a adesão de E. coli ATCC 25723, além de aumentar a expressão de IL8. Ambos os isolados foram capazes de reduzir a produção de IL1β. Nossos resultados, portanto, contribuem para a produção, no futuro, de novas ferramentas de diagnóstico e de bacterioterapia para mastite bovina.
id UFMG_b2d28fcb92a0996814273d4f8787f4d1
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/37407
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Álvaro Cantini Nuneshttp://lattes.cnpq.br/9265320355446970Jacques Robert NicoliElisabeth NeumannGlória Regina FrancoIzinara Rosse da CruzPatricia Vilhena Dias de AndradeSilvia Moura Belezahttp://lattes.cnpq.br/7167044899916281Raphael Steinberg da Silva2021-08-11T01:15:40Z2021-08-11T01:15:40Z2016-10-21http://hdl.handle.net/1843/37407A mastite é a fonte dos maiores prejuízos à produção de leite em bovinos. Devido a importância estratégica da pecuária leiteira na produção de alimentos, o controle desta doença é vital. Objetivando atender às pressões, em nível internacional, para redução do uso de antimicrobianos, o desenvolvimento de métodos alternativos para o tratamento e prevenção da mastite devem ser implementados para substituir a atual terapia com antibióticos. Devido ao aumento do uso de probióticos para o controle de doenças, a bacterioterapia oferece uma possível estratégia para o controle da mastite. As bactérias do ácido lático (BAL) são membros da microbiota do leite, e tem uma longa história de uso seguro, produzindo efeitos benéficos à saúde do hospedeiro e, por isso, são candidatas à prospecção de probióticos para a glândula mamária. Os objetivos deste trabalho foram o de caracterizar a microbiota da glândula mamária bovina em quatro raças (Gir, Guzerá, Girolando 1/2 e Holandês) além de isolar e caracterizar BAL a partir de amostras de leite cru e swab intramamário. A microbiota da glândula mamária de 200 vacas (131 saudáveis e 69 com mastite subclínica) apresentou composição dominada por membros dos filos Firmicutes e Proteobactéria. De maneira geral, uma baixa porcentagem de OTUs foi compartilhada entre animais de raças diferentes. Nossos dados apontam que o efeito ambiental sobre a composição desta comunidade microbiana parece ser forte. A mudança na composição da microbiota com a instalação do quadro de mastite subclínica (redução da abundância de Acinetobacter e Pseudomonas e aumento de Staphylococcus) indicam que esse quadro está associado a disbiose. Com exceção da raça Holandês, que parece ter quadro de mastite subclínica caracterizado pelo aumento da abundância de Lactococcus, a abundância relativa de BAL diminuiu em animais com CCS> 200.000 cel/mL, indicando que elas podem estar relacionadas a úberes mais saudáveis. Por isso, amostras de 115 vacas foram submetidas ao isolamento de BAL. Foram obtidos 192 isolados de BAL pertencentes a 30 espécies, dos quais 82 foram selecionados para avaliação de seu potencial probiótico. De forma geral, as BAL que habitavam a glândula mamária apresentam baixa autoagregação, hidrofobicidade da superfície celular, co-agregação com patógenos, capacidade de produção de biofilme, além de incapacidade de produção de exopolissacarídeos (EPS) e forte antagonismo contra patógenos causadores de mastite, com alta produção de H2O2. Dois isolados de BAL, capazes de aderir e internalizar células epiteliais mamárias MDA-MB-231, apresentaram potencial efeito protetor contra mastite. O isolado WcoGIRO48L1* (Weissella confusa GIR48L1*) reduziu significativamente a adesão de Staphylococcus aureus ATCC 29213, adesão de Escherichia coli ATCC 25723 e produção de Tnfa. Por outro lado, o isolado LactGIRO4S8* (L. lactis GIRO4S8*) foi capaz de reduzir significativamente a adesão e invasão de S. aureus ATCC 29213 e a adesão de E. coli ATCC 25723, além de aumentar a expressão de IL8. Ambos os isolados foram capazes de reduzir a produção de IL1β. Nossos resultados, portanto, contribuem para a produção, no futuro, de novas ferramentas de diagnóstico e de bacterioterapia para mastite bovina.Mastitis is the most impactful disease on milk production in cattle. Due to strategic importance of dairy livestock in food production, control of this disease is of utmost importance. To address international pressure to reduce the use of antimicrobials in animal production, development of alternative methods of treatment and prevention of mastitis should be implemented to replace the traditional antibiotic therapy. Due to increasing use of probiotic bacteria in the control of different infectious diseases, bacteriotherapy offers a possible strategy for control of mastitis. The lactic acid bacteria are members of the natural microbiota of bovine mammary gland, having a long history of safe use, and present several proven beneficial health effects on the host, and therefore are strong candidates for selection of probiotics for the mammary gland. The objectives of this study were to characterize the microbiota of mammary gland in four bovine cattle (Gir, Guzerat, Girolando 1/2 and Holstein) and isolate and characterize BAL from raw milk and intramammary swab samples sources. The microbiota of the mammary gland of 200 cows (131 healthy and 69 with subclinical mastitis) showed composition dominated by Firmicutes and Proteobacteria. In general, a low percentage of OTUs was shared between different breeds. Our data indicate that the environmental effect on the composition of the microbial community seems to be strong. The change in microbiota composition with the installation of subclinical mastitis (reduced abundance of Acinetobacter and Pseudomonas and increased of Staphylococcus) indicate that this disorder is associated with dysbiosis. With the exception of Holstein, that seems to have subclinical mastitis condition characterized by increased abundance of Lactococcus, the relative abundance of BAL decreased in CCS> 200.000 cel/mL animals. This indicates that BAL may be related to healthier udders. Therefore, samples of 115 cows were subjected to the isolation of BAL. 192 isolates were obtained from BAL belonging to 30 species, of which 82 were selected for evaluation of its potential probiotic. In general, the BAL inhabiting the mammary gland had low autoagregation, hydrophobicity of the cell surface, co-aggregation with pathogens and biofilm production capacity. Moreover, it seems to be typical that these BAL did not exhibit the EPS production capacity and had a high percentage of antagonism against mastitis pathogens with high H2O2 production. Two BAL strains were able to adhere and internalize in MDA-MB-231 mammary epithelial cells and had potential protective effect against mastitis. WcoGIRO48L1* (Weissella confusa GIR48L1*) significantly reduced adhesion of Staphylococcus aureus ATCC 29213, adhesion of Escherichia coli ATCC 25723 and of Tnfa production. On the other hand, LactGIRO4S8* (L. lactis GIRO4S8*) was able to significantly reduce adhesion and invasion of S. aureus ATCC 29213 and adhesion of E. coli ATCC 25723, and increased IL8 expression. Both strains were able to reduce IL1β production. Our results contribute for production of new diagnostic and treatment tools for mastitis in the future.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GenéticaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA GERALhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessGenéticaMastite BovinaMicrobiotaProbióticosMastiteMicrobiotaBactérias do ácido láticoProbióticosCaracterização da microbiota da glândula mamária bovina saudável e com mastite subclínica e seleção de bactérias potencialmente probióticas isoladas deste ecossistemainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/37407/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/37407/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD53ORIGINALTese_Raphael_FINAL09122016.pdfTese_Raphael_FINAL09122016.pdfapplication/pdf5990970https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/37407/1/Tese_Raphael_FINAL09122016.pdf976dbf596021b1d9e3741daf899eb709MD511843/374072021-08-10 22:15:41.278oai:repositorio.ufmg.br:1843/37407TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-08-11T01:15:41Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Caracterização da microbiota da glândula mamária bovina saudável e com mastite subclínica e seleção de bactérias potencialmente probióticas isoladas deste ecossistema
title Caracterização da microbiota da glândula mamária bovina saudável e com mastite subclínica e seleção de bactérias potencialmente probióticas isoladas deste ecossistema
spellingShingle Caracterização da microbiota da glândula mamária bovina saudável e com mastite subclínica e seleção de bactérias potencialmente probióticas isoladas deste ecossistema
Raphael Steinberg da Silva
Mastite
Microbiota
Bactérias do ácido lático
Probióticos
Genética
Mastite Bovina
Microbiota
Probióticos
title_short Caracterização da microbiota da glândula mamária bovina saudável e com mastite subclínica e seleção de bactérias potencialmente probióticas isoladas deste ecossistema
title_full Caracterização da microbiota da glândula mamária bovina saudável e com mastite subclínica e seleção de bactérias potencialmente probióticas isoladas deste ecossistema
title_fullStr Caracterização da microbiota da glândula mamária bovina saudável e com mastite subclínica e seleção de bactérias potencialmente probióticas isoladas deste ecossistema
title_full_unstemmed Caracterização da microbiota da glândula mamária bovina saudável e com mastite subclínica e seleção de bactérias potencialmente probióticas isoladas deste ecossistema
title_sort Caracterização da microbiota da glândula mamária bovina saudável e com mastite subclínica e seleção de bactérias potencialmente probióticas isoladas deste ecossistema
author Raphael Steinberg da Silva
author_facet Raphael Steinberg da Silva
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Álvaro Cantini Nunes
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9265320355446970
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Jacques Robert Nicoli
dc.contributor.advisor-co2.fl_str_mv Elisabeth Neumann
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Glória Regina Franco
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Izinara Rosse da Cruz
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Patricia Vilhena Dias de Andrade
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Silvia Moura Beleza
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7167044899916281
dc.contributor.author.fl_str_mv Raphael Steinberg da Silva
contributor_str_mv Álvaro Cantini Nunes
Jacques Robert Nicoli
Elisabeth Neumann
Glória Regina Franco
Izinara Rosse da Cruz
Patricia Vilhena Dias de Andrade
Silvia Moura Beleza
dc.subject.por.fl_str_mv Mastite
Microbiota
Bactérias do ácido lático
Probióticos
topic Mastite
Microbiota
Bactérias do ácido lático
Probióticos
Genética
Mastite Bovina
Microbiota
Probióticos
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Genética
Mastite Bovina
Microbiota
Probióticos
description A mastite é a fonte dos maiores prejuízos à produção de leite em bovinos. Devido a importância estratégica da pecuária leiteira na produção de alimentos, o controle desta doença é vital. Objetivando atender às pressões, em nível internacional, para redução do uso de antimicrobianos, o desenvolvimento de métodos alternativos para o tratamento e prevenção da mastite devem ser implementados para substituir a atual terapia com antibióticos. Devido ao aumento do uso de probióticos para o controle de doenças, a bacterioterapia oferece uma possível estratégia para o controle da mastite. As bactérias do ácido lático (BAL) são membros da microbiota do leite, e tem uma longa história de uso seguro, produzindo efeitos benéficos à saúde do hospedeiro e, por isso, são candidatas à prospecção de probióticos para a glândula mamária. Os objetivos deste trabalho foram o de caracterizar a microbiota da glândula mamária bovina em quatro raças (Gir, Guzerá, Girolando 1/2 e Holandês) além de isolar e caracterizar BAL a partir de amostras de leite cru e swab intramamário. A microbiota da glândula mamária de 200 vacas (131 saudáveis e 69 com mastite subclínica) apresentou composição dominada por membros dos filos Firmicutes e Proteobactéria. De maneira geral, uma baixa porcentagem de OTUs foi compartilhada entre animais de raças diferentes. Nossos dados apontam que o efeito ambiental sobre a composição desta comunidade microbiana parece ser forte. A mudança na composição da microbiota com a instalação do quadro de mastite subclínica (redução da abundância de Acinetobacter e Pseudomonas e aumento de Staphylococcus) indicam que esse quadro está associado a disbiose. Com exceção da raça Holandês, que parece ter quadro de mastite subclínica caracterizado pelo aumento da abundância de Lactococcus, a abundância relativa de BAL diminuiu em animais com CCS> 200.000 cel/mL, indicando que elas podem estar relacionadas a úberes mais saudáveis. Por isso, amostras de 115 vacas foram submetidas ao isolamento de BAL. Foram obtidos 192 isolados de BAL pertencentes a 30 espécies, dos quais 82 foram selecionados para avaliação de seu potencial probiótico. De forma geral, as BAL que habitavam a glândula mamária apresentam baixa autoagregação, hidrofobicidade da superfície celular, co-agregação com patógenos, capacidade de produção de biofilme, além de incapacidade de produção de exopolissacarídeos (EPS) e forte antagonismo contra patógenos causadores de mastite, com alta produção de H2O2. Dois isolados de BAL, capazes de aderir e internalizar células epiteliais mamárias MDA-MB-231, apresentaram potencial efeito protetor contra mastite. O isolado WcoGIRO48L1* (Weissella confusa GIR48L1*) reduziu significativamente a adesão de Staphylococcus aureus ATCC 29213, adesão de Escherichia coli ATCC 25723 e produção de Tnfa. Por outro lado, o isolado LactGIRO4S8* (L. lactis GIRO4S8*) foi capaz de reduzir significativamente a adesão e invasão de S. aureus ATCC 29213 e a adesão de E. coli ATCC 25723, além de aumentar a expressão de IL8. Ambos os isolados foram capazes de reduzir a produção de IL1β. Nossos resultados, portanto, contribuem para a produção, no futuro, de novas ferramentas de diagnóstico e de bacterioterapia para mastite bovina.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016-10-21
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-08-11T01:15:40Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-08-11T01:15:40Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/37407
url http://hdl.handle.net/1843/37407
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Genética
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB - DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA GERAL
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/37407/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/37407/3/license.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/37407/1/Tese_Raphael_FINAL09122016.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
976dbf596021b1d9e3741daf899eb709
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589463339696128