Semeando e cultivando a agroecologia na metrópole de Belo Horizonte: agriculturas do Baixo Onça

• Autor(a) principal: Victor Gabriel de Souza Lima Alencar
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/48242
• topic: Agricultura urbana; Agroecologia; Agriculturas; Periferias; Metrópole; Agricultura urbana – Belo Horizonte (MG); Ecologia agrícola – Belo Horizonte (MG); Periferias urbanas

A pesquisa tem como foco as diferentes experiências e práticas de agricultura localizadas em Belo Horizonte, especialmente as agriculturas do Baixo Onça (sub-bacia da bacia hidrográfica do Ribeirão Onça, localizada nas regionais nordeste e norte do município). Elas têm evidenciado a riqueza de diferentes sujeitos, saberes, formas de organização social e espaços, assim como sua capacidade de fornecimento de alimentação de qualidade, dentre outros elementos explorados. Mais especificamente, têm mostrado o papel que a agricultura urbana e a agroecologia podem desempenhar em uma metrópole, principalmente nas periferias urbanas, que tensionam as diferentes dicotomias criadas entre cidade e natureza. Mesmo que as agriculturas apresentem diversos benefícios para as cidades e seus habitantes, ainda ocupam um lugar de invisibilidade e enfrentam diferentes e combinados processos de desigualdade. Assim, o objetivo da pesquisa é refletir e analisar as diferentes formas e perspectivas que as agriculturas do Baixo Onça apontam para a produção do espaço metropolitano, em que desigualdade social, ambiental e econômica se misturam e se associam, mas também são enfrentadas. Além de compreender os benefícios e perspectivas, parte importante foi analisar e refletir o quanto a agricultura contribui para a reprodução social desses sujeitos, assim como sua representatividade e centralidade nas vidas cotidianas. A partir de uma metodologia de pesquisa qualitativa, essa dissertação apresenta quais caminhos as experiências estão percorrendo e como estão se articulando, assim como quais conflitos, contradições e possibilidades concretas apontam para a construção e/ou permanência de práticas espaciais baseadas em princípios da agroecologia em contextos urbanos. Ainda, provoca uma reavaliação das concepções que se criaram em torno das periferias urbanas, como o lugar subalterno frente a outros espaços da cidade.