Estudo prospectivo da mucosa do coto gástrico em pacientes submetidos a gastrectomia subtotal distral para Carcinoma gástrico

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Autor(a) principal: Henrique Gomes de Barros
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8CTEP5
Resumo: O carcinoma gástrico é uma das principais causas de morte por câncer noBrasil. A gastrectomia subtotal distal é uma opção no tratamento dos carcinomas distais. Contudo, existe risco potencial de desenvolvimento de alterações précancerosas e de carcinoma metacrônico no coto gástrico. O presente estudo objetivou avaliar, prospectivamente, por meio de endoscopia digestiva alta e examehistopatológico, a mucosa gástrica remanescente desses pacientes. Foram estudados 60 pacientes que haviam sido previamente submetidos à gastrectomia subtotal distal associada a reconstrução à Billroth I para o tratamento, com finalidade curativa, do carcinoma gástrico. Todos os pacientes haviam sido internados noHospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais e operados por membros do Instituto Alfa de Gastroenterologia. Foram avaliados dados pré e peroperatórios e anatomopatológicos. Durante o período pós-operatório os pacientes foram submetidos a avaliação endoscópica e histopatológica da mucosa do coto gástrico, de acordo com protocolos previamente estabelecidos. Os pacientes foramacompanhados por período que variou de 6 a 188 meses (média: 52,9+43,1 meses). A alteração endoscópica mais frequente foi a gastrite (n=51; 85,0%). Dentre outras alterações endoscópicas, diagnosticou-se atrofia epitelial em sete pacientes (11,7%) e pólipos em cinco pacientes (8,3%). A gastrite em atividade foi a alteração histológica mais frequente (n=55; 91,7%). Dentre outras alterações histológicas, diagnosticou-se gastrite crônica atrófica em 36 pacientes (60,0%), hiperplasia foveolar em 20 pacientes (33,3%), metaplasia em 15 pacientes (25,0%) e infecção por Helicobacter pylori em 14 pacientes (23,3%). Dentre os pacientes com gastrite crônica atrófica (n=36), ela foi considerada discreta em 15 (41,7%), moderada em 12 (33,3%) e acentuada em nove pacientes (25,0%). Dentre os pacientes com metaplasia (n=15), dez (66,7%) apresentavam metaplasia intestinal do tipo I e cinco pacientes (33,3%), metaplasia pseudoantral. Não se observou adenoma ou displasia epitelial gástrica em nenhum dos casos. Dos 60 pacientes estudados, quatro (6,7%) desenvolveram carcinoma diagnosticado no coto gástrico. Esses diagnósticos foram realizados no 10o, 36o, 58o e 62o meses pós-operatórios. Dois desses pacientes apresentavam história familiar positiva para carcinoma gástrico. Não se observoutumores multicêntricos sincrônicos ou invasão duodenal nas peças de gastrectomia subtotal distal desses quatro pacientes. O exame histopatológico da mucosa remanescente desses pacientes revelou gastrite em atividade (n=1), metaplasia intestinal do tipo I (n=2), infecção por Helicobacter pylori (n=2) e gastrite crônica atrófica (n=3). As recorrências tumorais foram assim classificadas: carcinoma do tipointestinal (n=2), do tipo difuso (n=1) e não-classificável de Laurén (n=1). A baixa prevalência de gastrite crônica atrófica acentuada e a ausência de adenoma gástrico, de metaplasia intestinal incompleta do tipo III e de displasia epitelial gástrica sugerem que a mucosa remanescente apresenta baixo risco de desenvolvimento de carcinoma multicêntrico metacrônico. Contudo, com o passar do tempo pós-operatório, observou-se tendência ao aumento da prevalência de gastritecrônica atrófica e à piora, em alguns casos, da intensidade da atrofia epitelial gástrica. Apesar da remoção cirúrgica do seu locus vivendi preferencial, da exposição crônica da mucosa residual ao refluxo alcalino e da orientação para sua erradicação de rotina, observou-se persistência da infecção por Helicobacter pylori em número significativo de casos. Observa-se baixa prevalência de carcinoma decoto gástrico após gastrectomia para carcinoma gástrico. Contudo, frequentemente o carcinoma de coto gástrico é diagnosticado em fase avançada, o que impossibilita determinar a lesão que o originou.
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Todos os pacientes haviam sido internados noHospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais e operados por membros do Instituto Alfa de Gastroenterologia. Foram avaliados dados pré e peroperatórios e anatomopatológicos. Durante o período pós-operatório os pacientes foram submetidos a avaliação endoscópica e histopatológica da mucosa do coto gástrico, de acordo com protocolos previamente estabelecidos. Os pacientes foramacompanhados por período que variou de 6 a 188 meses (média: 52,9+43,1 meses). A alteração endoscópica mais frequente foi a gastrite (n=51; 85,0%). Dentre outras alterações endoscópicas, diagnosticou-se atrofia epitelial em sete pacientes (11,7%) e pólipos em cinco pacientes (8,3%). A gastrite em atividade foi a alteração histológica mais frequente (n=55; 91,7%). Dentre outras alterações histológicas, diagnosticou-se gastrite crônica atrófica em 36 pacientes (60,0%), hiperplasia foveolar em 20 pacientes (33,3%), metaplasia em 15 pacientes (25,0%) e infecção por Helicobacter pylori em 14 pacientes (23,3%). Dentre os pacientes com gastrite crônica atrófica (n=36), ela foi considerada discreta em 15 (41,7%), moderada em 12 (33,3%) e acentuada em nove pacientes (25,0%). Dentre os pacientes com metaplasia (n=15), dez (66,7%) apresentavam metaplasia intestinal do tipo I e cinco pacientes (33,3%), metaplasia pseudoantral. Não se observou adenoma ou displasia epitelial gástrica em nenhum dos casos. Dos 60 pacientes estudados, quatro (6,7%) desenvolveram carcinoma diagnosticado no coto gástrico. Esses diagnósticos foram realizados no 10o, 36o, 58o e 62o meses pós-operatórios. Dois desses pacientes apresentavam história familiar positiva para carcinoma gástrico. Não se observoutumores multicêntricos sincrônicos ou invasão duodenal nas peças de gastrectomia subtotal distal desses quatro pacientes. O exame histopatológico da mucosa remanescente desses pacientes revelou gastrite em atividade (n=1), metaplasia intestinal do tipo I (n=2), infecção por Helicobacter pylori (n=2) e gastrite crônica atrófica (n=3). As recorrências tumorais foram assim classificadas: carcinoma do tipointestinal (n=2), do tipo difuso (n=1) e não-classificável de Laurén (n=1). A baixa prevalência de gastrite crônica atrófica acentuada e a ausência de adenoma gástrico, de metaplasia intestinal incompleta do tipo III e de displasia epitelial gástrica sugerem que a mucosa remanescente apresenta baixo risco de desenvolvimento de carcinoma multicêntrico metacrônico. Contudo, com o passar do tempo pós-operatório, observou-se tendência ao aumento da prevalência de gastritecrônica atrófica e à piora, em alguns casos, da intensidade da atrofia epitelial gástrica. Apesar da remoção cirúrgica do seu locus vivendi preferencial, da exposição crônica da mucosa residual ao refluxo alcalino e da orientação para sua erradicação de rotina, observou-se persistência da infecção por Helicobacter pylori em número significativo de casos. Observa-se baixa prevalência de carcinoma decoto gástrico após gastrectomia para carcinoma gástrico. Contudo, frequentemente o carcinoma de coto gástrico é diagnosticado em fase avançada, o que impossibilita determinar a lesão que o originou.Gastric carcinoma still remains one of the most common causes of death by tumors in Brazil. Some patients will undergo subtotal distal gastrectomy and thus are at risk of acquiring pre-cancerous conditions and carcinoma in the gastric stump. The aim of this study was to investigate prospectively by endoscopic and histopathologicexamination the remnant gastric mucosa and the clinic-histopathological features and outcome following curative surgery. The subjects were 60 patients with gastric carcinoma who previously underwent curative subtotal distal gastrectomy and Billroth I procedure at our surgery department (IAG, HC-UFMG). We evaluated preoperativeand operative features, gastrectomized stomach histopathological characteristics, postoperative findings and the results of the endoscopic and histopathological followup. The median interval between the subtotal distal gastrectomy and the latest endoscopic evaluation of the gastric stump mucosa was 52,9 (range 6-188) months. The most common endoscopical finding was gastritis (n=51; 85%). Other frequentendoscopical findings were: atrophic epithelium (n=7; 11,7%) and polyps (n=5; 8,3%). The most common histopathological finding also was gastritis (n=55; 91,7%). Other frequent histopathological findings were chronic atrophy (n=36; 60%), foveolar hyperplasia (n=20; 33,3%), metaplasia (n=15; 25%) and H. pylori infection (n=14; 23,3%). Chronic atrophy was revealed to be mild in 15 cases (41,7%), moderate in12 cases (33,3%) and severe in nine cases (25%). Among patients with metaplasia, it was considered to be type I intestinal metaplasia in ten patients (66,7%) and pseudoantrum metaplasia in five patients (33,3%). Adenoma and dysplasia were not identified in any of the specimens examined. Overall, four patients (6,7%) developed gastric stump carcinoma diagnosed on the 10o, 36o, 58o and 62o postoperativemonths. Two of them had positive family background for gastric carcinoma. Neither synchronous carcinoma nor duodenal invasion was detected on theirs gastrectomized stomachs. Histopathological examination of the remnant mucosa of those four patients revealed gastritis (n=1), type I intestinal metaplasia (n=2), H. pylori infection (n=2) and chronic atrophy (n=3). Gastric stump carcinomas wereclassified as: intestinal-type (n=2), diffuse-type (n=1) and Laurens non-classifiedtype (n=1). In addiction to the absence of type III intestinal metaplasia, gastric adenoma or epithelial dysplasia diagnosed, lower rates of severe chronic atrophy indicated that the remnant mucosa appears to be at low risk of acquiring metacronic carcinoma, although the prevalence and intensity of chronic atrophy showed tendency to increase. Despite severe conditions, H. pylori infection was detected in significant number of patients.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGCarcinomaDiagnósticoMucosa gástrica/patologiaCoto Gástrico/patologiaMucosa gástricaGastrectomiaCirurgiaEndoscopiaOftalmologiaCarcinoma gástricoCarcinoma do coto gástricosubtotal distalAvaliação histopatológicaGastrectomiaMucosa gástrica remanescenteAvaliação endoscópicaEstudo prospectivo da mucosa do coto gástrico em pacientes submetidos a gastrectomia subtotal distral para Carcinoma gástricoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtesedoutorado_henriquebarros.pdfapplication/pdf1262854https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8CTEP5/1/tesedoutorado_henriquebarros.pdfe3241229ce4a379f176fc15124c1f2d1MD51TEXTtesedoutorado_henriquebarros.pdf.txttesedoutorado_henriquebarros.pdf.txtExtracted texttext/plain264822https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8CTEP5/2/tesedoutorado_henriquebarros.pdf.txt849bb041ddad085b9c5b2a2d1a1ad876MD521843/BUOS-8CTEP52019-11-14 18:53:29.486oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8CTEP5Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T21:53:29Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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Henrique Gomes de Barros
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