Leishmaniose mucosa: marcadores clínicos no diagnóstico presuntivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Joao Luiz Cioglia Pereira Diniz
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8KVNMS
Resumo: A leishmaniose cutaneomucosa (LM) pode deixar seqüelas graves e estigma. O diagnóstico precoce evita as complicações. Objetivo: Avaliar os marcadores clínicos utilizados no diagnóstico da leishmaniose mucosa. Metodologia: Foram avaliados 21 pacientes oriundos da região metropolitana de Belo Horizonte com diagnóstico confirmado de LM por meio de entrevista clínica, endoscopia nasal, biópsia e intradermorreação de Montenegro. Resultados: A idade média foi de 59 anos, sete (35%) mulheres e 14 (65%) homens. A cicatriz cutânea típica ou história prévia de leishmaniose cutânea foi observada em oito (38%) pacientes e 13 (62%) negaram história de leishmaniose e não tinham cicatriz. O início dos sintomas nasais ou orais até a definição do diagnóstico variou de cinco a 240 meses, média de 65,48 meses. Na intradermorreação de Montenegro, o tamanho médio da pápula foi de 14,5mm e o tamanho não se correlacionou com a duração da doença (p=0,87). O comprometimento nasal predominou e a extensão da lesão mucosa não se correlacionou com a duração da doença. Parasitos foram encontrados em dois (9,52%) espécimes de lesões submetidas à biópsia. Conclusão: Na área geográfica avaliada, o diagnóstico da LM foi tardio. A cicatriz cutânea e história de leishmaniose cutânea prévia não foram bons marcadores clínicos para o diagnóstico de LM. A avaliação otorrinolaringológica associada à intradermorreação de Montenegro e o exame histopatológico das lesões na mucosa para exclusão de outras doenças continuam sendo marcadores importantes para o diagnóstico da LM.
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