Mamite no rebanho bovino da Escola Média de Agricultura de Florestal - UFV-MG;: I - Contole através da desinfecção pós-ordenha e do uso do Trimethoprim-Sulfametoxazole. II - Freqüência e etiologia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nivaldo da Silva
Data de Publicação: 1977
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8QWLXL
Resumo: A desinfecção pós-ordenha com solução iodo-glicerinada foi testada, no rebanho da EMAF-UFV-MG, sob condições normais e anormais de funcionamento da ordenhadeira mecânica, durante oito meses, através do California Mastitis Test, contagem celular e bacterioscopia, isolamento e identificação de microorganismos. Foram encontrados os seguintes resultados: FASE I foram utilizados 82 animais nessa fase (janeiro-abril/76), não sendo encontradas diferenças significativas entre glândulas desinfetadas e controle, para as reações ao C.M.T., contagens celulares e achados bacterioscópicos, através do teste do Qui-quadrado. Nessa fase, onde a ordenhadeira funcionou com flutuações de vácuo e sobreordenha, a desinfecção pós-ordenha não foi capaz de prevenir os novos casos de mamite (Qui-quadrado igual a 3,12). A redução obtida foi de 23,06% e 3,03%, respectivamente, para o Staphylococcus aureus e Streptococcus uberis, os principais microorganismos causadores de mamite no rebanho da EMAF. FASE II realizada durante o período maio-agosto/76, sob condições normais de funcionamento da ordenhadeira, não havendo flutuações de vácuo ou sobreordenha. Foram utilizados 61 animais nessa fase. Os resultados da desinfecção pós-ordenha não foram afetados pela ordenhadeira, sendo efetiva para prevenção dos novos casos de mamite. O teste do Qui-quadrado para essa fase foi de 12,72. A redução encontrada foi de 67,60% e 44,44%, respectivamente, para o Staphylococcus aureus e Streptococcus uberis. Foi estabelecida, também, a freqüência dos microorganismos isolados nos casos de mamite do rebanho EMAF. O Staphlococcus aureus foi o principal responsável (83,54%) seguindo-se o Streptococcus uberis (13,98%). A associação TMP-SMZ foi empregada em veículo aquoso/oleoso, vai canal galactóforo, para tratamento de mamite, de uma a três doses, intervaladas de 24 horas. O teste de Qui-quadrado mostrou diferenças não significativas entre as doses empregadas, sendo baixa a eficiência do TMP-SMZ (34,28%) para tratamento via canal galactóforo, das mamites estafilocócicas, porém o Streptococcus uberis foi mais sensível (76,00%) a essa associação medicamentosa. A elevação do conteúdo celular, indicativo de irritação, provocada pelo veículo aquoso/oleoso, foi mais evidente entre 48-72 horas, sendo que com três doses dói registrada a maior contagem celular. Após sete dias, o conteúdo celular regrediu às proximidades dos limites iniciais.
id UFMG_cacd52fb818f53de388fdd0eeb7c7723
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8QWLXL
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Jose Britto FigueiredoElvio Carlos MoreiraFrancisco Cecilio VianaNivaldo da Silva2019-08-10T07:18:13Z2019-08-10T07:18:13Z1977-07-14http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8QWLXLA desinfecção pós-ordenha com solução iodo-glicerinada foi testada, no rebanho da EMAF-UFV-MG, sob condições normais e anormais de funcionamento da ordenhadeira mecânica, durante oito meses, através do California Mastitis Test, contagem celular e bacterioscopia, isolamento e identificação de microorganismos. Foram encontrados os seguintes resultados: FASE I foram utilizados 82 animais nessa fase (janeiro-abril/76), não sendo encontradas diferenças significativas entre glândulas desinfetadas e controle, para as reações ao C.M.T., contagens celulares e achados bacterioscópicos, através do teste do Qui-quadrado. Nessa fase, onde a ordenhadeira funcionou com flutuações de vácuo e sobreordenha, a desinfecção pós-ordenha não foi capaz de prevenir os novos casos de mamite (Qui-quadrado igual a 3,12). A redução obtida foi de 23,06% e 3,03%, respectivamente, para o Staphylococcus aureus e Streptococcus uberis, os principais microorganismos causadores de mamite no rebanho da EMAF. FASE II realizada durante o período maio-agosto/76, sob condições normais de funcionamento da ordenhadeira, não havendo flutuações de vácuo ou sobreordenha. Foram utilizados 61 animais nessa fase. Os resultados da desinfecção pós-ordenha não foram afetados pela ordenhadeira, sendo efetiva para prevenção dos novos casos de mamite. O teste do Qui-quadrado para essa fase foi de 12,72. A redução encontrada foi de 67,60% e 44,44%, respectivamente, para o Staphylococcus aureus e Streptococcus uberis. Foi estabelecida, também, a freqüência dos microorganismos isolados nos casos de mamite do rebanho EMAF. O Staphlococcus aureus foi o principal responsável (83,54%) seguindo-se o Streptococcus uberis (13,98%). A associação TMP-SMZ foi empregada em veículo aquoso/oleoso, vai canal galactóforo, para tratamento de mamite, de uma a três doses, intervaladas de 24 horas. O teste de Qui-quadrado mostrou diferenças não significativas entre as doses empregadas, sendo baixa a eficiência do TMP-SMZ (34,28%) para tratamento via canal galactóforo, das mamites estafilocócicas, porém o Streptococcus uberis foi mais sensível (76,00%) a essa associação medicamentosa. A elevação do conteúdo celular, indicativo de irritação, provocada pelo veículo aquoso/oleoso, foi mais evidente entre 48-72 horas, sendo que com três doses dói registrada a maior contagem celular. Após sete dias, o conteúdo celular regrediu às proximidades dos limites iniciais.The efficiency of glycerine iodine teat dip under normal and abnormal milking machine operation was observed in the EMAF-UFV-MINAS GERAIS-BRAZIL dairy herd during an 8 month period. California Mastitis Test (C.M.T), Direct Microscopic Count (DMC), Bacterioscopic and Bacteriology were used for evaluation purposes. The results: PHASE I In the period from january-april/76, 82 animals were observed. When C.M.T., DMC, and Bacterioscopic results were analyzed by Chi-square, teat dip vs not teat dip were not significantly difference. Post milking teat dip did not avoid the new intrammamary infections (x² = 3,12). The reduction os Staphylococcus aureus infections was 23,60% and Streptococcus uberis infections was 3,03% when there was evidence of milking machine vacuum fluctuation and overmilking. These conditions are considered abnormal. PHASE II In the period may to August/76, 61 animals were observed under normal Milk procedures (no overmilking or vacuum fluctuatuions). The post-milking teat dip results under the above condition did prevent new mastitis cases (x² = 12,45). The reduction of Staphylococcus aureus and Streptococcus uberis was 67,60% and 44,44%%. The frequence of microorganism isolated in mastitis cases was dtermined. Staphylococcus aureus incidence was 83,54% and Streptococcus uberis was 13,98%. They were the most common bactéria in the herd. The treatment of mastitis was made by Trimethoprim-Sulphametoxazole (TMP-SMZ), into teat canal, with one, two or three doses at 24 hours intervals. No significance difference (x² = 0,77) was found among number of doses. TMP-SMZ showed low efficiency for staphylococcal mastitis (34,28%). Streptococcus uberis (76,00%) was more sensitive to treatment. The increase number of cells indicated irritation, induced by vehicle water/oil, was more evident between 48-72 hours. After seven days DMC indicated cell counts had returned to initial levels.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGBovino DoençasMastiteMastite ControleMedicina VeterináriaMamite no rebanho bovino da Escola Média de Agricultura de Florestal - UFV-MG;: I - Contole através da desinfecção pós-ordenha e do uso do Trimethoprim-Sulfametoxazole. II - Freqüência e etiologiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_de_mestrado_de_nivaldo_da_silva.pdfapplication/pdf12659571https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8QWLXL/1/disserta__o_de_mestrado_de_nivaldo_da_silva.pdfc24aa788239733d049bcb7b33d28be64MD51TEXTdisserta__o_de_mestrado_de_nivaldo_da_silva.pdf.txtdisserta__o_de_mestrado_de_nivaldo_da_silva.pdf.txtExtracted texttext/plain92https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8QWLXL/2/disserta__o_de_mestrado_de_nivaldo_da_silva.pdf.txtc2e3159404c549745fddef97685308d8MD521843/BUOS-8QWLXL2019-11-14 04:42:36.814oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8QWLXLRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T07:42:36Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Mamite no rebanho bovino da Escola Média de Agricultura de Florestal - UFV-MG;: I - Contole através da desinfecção pós-ordenha e do uso do Trimethoprim-Sulfametoxazole. II - Freqüência e etiologia
title Mamite no rebanho bovino da Escola Média de Agricultura de Florestal - UFV-MG;: I - Contole através da desinfecção pós-ordenha e do uso do Trimethoprim-Sulfametoxazole. II - Freqüência e etiologia
spellingShingle Mamite no rebanho bovino da Escola Média de Agricultura de Florestal - UFV-MG;: I - Contole através da desinfecção pós-ordenha e do uso do Trimethoprim-Sulfametoxazole. II - Freqüência e etiologia
Nivaldo da Silva
Medicina Veterinária
Bovino Doenças
Mastite
Mastite Controle
title_short Mamite no rebanho bovino da Escola Média de Agricultura de Florestal - UFV-MG;: I - Contole através da desinfecção pós-ordenha e do uso do Trimethoprim-Sulfametoxazole. II - Freqüência e etiologia
title_full Mamite no rebanho bovino da Escola Média de Agricultura de Florestal - UFV-MG;: I - Contole através da desinfecção pós-ordenha e do uso do Trimethoprim-Sulfametoxazole. II - Freqüência e etiologia
title_fullStr Mamite no rebanho bovino da Escola Média de Agricultura de Florestal - UFV-MG;: I - Contole através da desinfecção pós-ordenha e do uso do Trimethoprim-Sulfametoxazole. II - Freqüência e etiologia
title_full_unstemmed Mamite no rebanho bovino da Escola Média de Agricultura de Florestal - UFV-MG;: I - Contole através da desinfecção pós-ordenha e do uso do Trimethoprim-Sulfametoxazole. II - Freqüência e etiologia
title_sort Mamite no rebanho bovino da Escola Média de Agricultura de Florestal - UFV-MG;: I - Contole através da desinfecção pós-ordenha e do uso do Trimethoprim-Sulfametoxazole. II - Freqüência e etiologia
author Nivaldo da Silva
author_facet Nivaldo da Silva
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Jose Britto Figueiredo
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Elvio Carlos Moreira
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Francisco Cecilio Viana
dc.contributor.author.fl_str_mv Nivaldo da Silva
contributor_str_mv Jose Britto Figueiredo
Elvio Carlos Moreira
Francisco Cecilio Viana
dc.subject.por.fl_str_mv Medicina Veterinária
topic Medicina Veterinária
Bovino Doenças
Mastite
Mastite Controle
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Bovino Doenças
Mastite
Mastite Controle
description A desinfecção pós-ordenha com solução iodo-glicerinada foi testada, no rebanho da EMAF-UFV-MG, sob condições normais e anormais de funcionamento da ordenhadeira mecânica, durante oito meses, através do California Mastitis Test, contagem celular e bacterioscopia, isolamento e identificação de microorganismos. Foram encontrados os seguintes resultados: FASE I foram utilizados 82 animais nessa fase (janeiro-abril/76), não sendo encontradas diferenças significativas entre glândulas desinfetadas e controle, para as reações ao C.M.T., contagens celulares e achados bacterioscópicos, através do teste do Qui-quadrado. Nessa fase, onde a ordenhadeira funcionou com flutuações de vácuo e sobreordenha, a desinfecção pós-ordenha não foi capaz de prevenir os novos casos de mamite (Qui-quadrado igual a 3,12). A redução obtida foi de 23,06% e 3,03%, respectivamente, para o Staphylococcus aureus e Streptococcus uberis, os principais microorganismos causadores de mamite no rebanho da EMAF. FASE II realizada durante o período maio-agosto/76, sob condições normais de funcionamento da ordenhadeira, não havendo flutuações de vácuo ou sobreordenha. Foram utilizados 61 animais nessa fase. Os resultados da desinfecção pós-ordenha não foram afetados pela ordenhadeira, sendo efetiva para prevenção dos novos casos de mamite. O teste do Qui-quadrado para essa fase foi de 12,72. A redução encontrada foi de 67,60% e 44,44%, respectivamente, para o Staphylococcus aureus e Streptococcus uberis. Foi estabelecida, também, a freqüência dos microorganismos isolados nos casos de mamite do rebanho EMAF. O Staphlococcus aureus foi o principal responsável (83,54%) seguindo-se o Streptococcus uberis (13,98%). A associação TMP-SMZ foi empregada em veículo aquoso/oleoso, vai canal galactóforo, para tratamento de mamite, de uma a três doses, intervaladas de 24 horas. O teste de Qui-quadrado mostrou diferenças não significativas entre as doses empregadas, sendo baixa a eficiência do TMP-SMZ (34,28%) para tratamento via canal galactóforo, das mamites estafilocócicas, porém o Streptococcus uberis foi mais sensível (76,00%) a essa associação medicamentosa. A elevação do conteúdo celular, indicativo de irritação, provocada pelo veículo aquoso/oleoso, foi mais evidente entre 48-72 horas, sendo que com três doses dói registrada a maior contagem celular. Após sete dias, o conteúdo celular regrediu às proximidades dos limites iniciais.
publishDate 1977
dc.date.issued.fl_str_mv 1977-07-14
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-10T07:18:13Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-10T07:18:13Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8QWLXL
url http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8QWLXL
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8QWLXL/1/disserta__o_de_mestrado_de_nivaldo_da_silva.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8QWLXL/2/disserta__o_de_mestrado_de_nivaldo_da_silva.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv c24aa788239733d049bcb7b33d28be64
c2e3159404c549745fddef97685308d8
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589222071795712