Análise metabolômica do processo de encistamento de Acanthamoeba castellanii

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cecilia Cirelli dos Santos Ferreira
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/FARB-BC9MAE
Resumo: As amebas de vida livre do gênero Acanthamoeba são protozoários ubíquos que eventualmente agem como parasitas, causando infecções graves como a encefalite amebiana granulomatosa e a ceratite amebiana. Um dos aspectos importantes da fisiopatologia das acantamebíases é a capacidade de encistamento do protozoário nos tecidos infectados. Os cistos de Acanthamoeba são formados por paredes duplas resistentes, resultando em menor eficácia de medicamentos e consequente demora no tratamento das infecções e ainda em falha terapêutica. O processo de encistamento ainda não é amplamente compreendido e as ciências ômicas podem fornecer importantes contribuições na avaliação do fenótipo de organismo. Portanto, esse trabalho teve como objetivo determinar o perfil metabólico de Acanthamoeba castellanii durante o processo de diferenciação celular de trofozoítos para cistos. Uma cepa de A. castellanii em cultivo axênico foi induzida ao encistamento em salina de Neff, estabelecendo-se a cinética de formação de pré-cistos e cistos. Culturas em tempo zero (somente trofozoítos), 24 horas (encistamento iniciado) e 72 horas (somente cistos) foram submetidas à extração de metabólitos para avaliação por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (GC/MS). Foram identificados dezoito metabólitos com significância estatística, incluindo aminoácidos, lipídios, carboidratos, compostos nitrogenados e poliaminas. De forma geral, houve redução da concentração dos metabólitos com o avanço do encistamento, com exceção da arbutina, celobiose e lactose. Os resultados indicam uma diminuição do metabolismo de Acanthamoeba durante o encistamento, além de alteração de sua fonte energética e de carbono. Sugere-se ainda o envolvimento dos transportadores ABC no encistamento, como possíveis exportadores do produto da degradação de organelas e macromoléculas no processo.
id UFMG_d8fc9a4e8eee716578e4cc1dfccea345
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/FARB-BC9MAE
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Adriana Oliveira CostaJonatas Santos AbrahaoMarina Goncalves DinizCecilia Cirelli dos Santos Ferreira2019-08-10T06:46:30Z2019-08-10T06:46:30Z2018-08-09http://hdl.handle.net/1843/FARB-BC9MAEAs amebas de vida livre do gênero Acanthamoeba são protozoários ubíquos que eventualmente agem como parasitas, causando infecções graves como a encefalite amebiana granulomatosa e a ceratite amebiana. Um dos aspectos importantes da fisiopatologia das acantamebíases é a capacidade de encistamento do protozoário nos tecidos infectados. Os cistos de Acanthamoeba são formados por paredes duplas resistentes, resultando em menor eficácia de medicamentos e consequente demora no tratamento das infecções e ainda em falha terapêutica. O processo de encistamento ainda não é amplamente compreendido e as ciências ômicas podem fornecer importantes contribuições na avaliação do fenótipo de organismo. Portanto, esse trabalho teve como objetivo determinar o perfil metabólico de Acanthamoeba castellanii durante o processo de diferenciação celular de trofozoítos para cistos. Uma cepa de A. castellanii em cultivo axênico foi induzida ao encistamento em salina de Neff, estabelecendo-se a cinética de formação de pré-cistos e cistos. Culturas em tempo zero (somente trofozoítos), 24 horas (encistamento iniciado) e 72 horas (somente cistos) foram submetidas à extração de metabólitos para avaliação por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (GC/MS). Foram identificados dezoito metabólitos com significância estatística, incluindo aminoácidos, lipídios, carboidratos, compostos nitrogenados e poliaminas. De forma geral, houve redução da concentração dos metabólitos com o avanço do encistamento, com exceção da arbutina, celobiose e lactose. Os resultados indicam uma diminuição do metabolismo de Acanthamoeba durante o encistamento, além de alteração de sua fonte energética e de carbono. Sugere-se ainda o envolvimento dos transportadores ABC no encistamento, como possíveis exportadores do produto da degradação de organelas e macromoléculas no processo.The free-living amoebae of the genus Acanthamoeba are ubiquitous protozoa that can eventually act as parasites, causing serious infections such as granulomatous amoebic encephalitis and amoebic keratitis. A relevant aspect of the pathophysiology of acanthamoebiasis is the ability of the protozoa to encyst on infected tissues. Acanthamoeba cysts present resistant double walls, resulting in lower efficacy of drugs, delay in the treatment and therapeutic failure. The encystment process is not entirely understood and the omics sciences can contribute to evaluate the phenotype of organisms. Thus, the aim of this work was to determine the metabolic profile of Acanthamoeba castellanii during the process of cell differentiation of trophozoites into cysts, since the omics sciences can contribute to the evaluation of gene expression and phenotype of organisms. Encystment was induced in a strain of A. castellanii in axenic culture with Neff saline, establishing the kinetics of pre-cysts and cysts formation. Time zero (throphozoites only), twenty-four hours (transformation initiated) and seventy-two hours (cysts only) cultures were submitted to extraction of metabolites for evaluation by gas chromatography coupled to mass spectrometry (GC/MS). Eighteen metabolites with statistical significance were identified, including amino acids, lipids, carbohydrates, nitrogen compounds and polyamines. In general, there was a reduction of the concentration of metabolites with the advance of the encystment, with the exception of arbutine, cellobiose and lactose. The results indicated a decrease of Acanthamoeba metabolism during encystment, as well as an alteration of its energy and carbon source. The involvement of ABC transporters in encystment was also suggested. They could act as exporters of degradation products from organelles and macromolecules during the process.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGAcanthamoebaMetabolômicaDoenças parasitáriasAmebaencistamentometabolômicaAcanthamoeba castellaniiAnálise metabolômica do processo de encistamento de Acanthamoeba castellaniiinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_cec_lia_cirelli_dos_santos_ferreira.pdfapplication/pdf2141138https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FARB-BC9MAE/1/disserta__o_cec_lia_cirelli_dos_santos_ferreira.pdfc1df66e68f7f8eb12052e42bd6e6521eMD51TEXTdisserta__o_cec_lia_cirelli_dos_santos_ferreira.pdf.txtdisserta__o_cec_lia_cirelli_dos_santos_ferreira.pdf.txtExtracted texttext/plain204076https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FARB-BC9MAE/2/disserta__o_cec_lia_cirelli_dos_santos_ferreira.pdf.txt54301d3e8a6e4a73d0e9eea414965a4aMD521843/FARB-BC9MAE2019-11-14 10:47:09.145oai:repositorio.ufmg.br:1843/FARB-BC9MAERepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:47:09Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Análise metabolômica do processo de encistamento de Acanthamoeba castellanii
title Análise metabolômica do processo de encistamento de Acanthamoeba castellanii
spellingShingle Análise metabolômica do processo de encistamento de Acanthamoeba castellanii
Cecilia Cirelli dos Santos Ferreira
encistamento
metabolômica
Acanthamoeba castellanii
Acanthamoeba
Metabolômica
Doenças parasitárias
Ameba
title_short Análise metabolômica do processo de encistamento de Acanthamoeba castellanii
title_full Análise metabolômica do processo de encistamento de Acanthamoeba castellanii
title_fullStr Análise metabolômica do processo de encistamento de Acanthamoeba castellanii
title_full_unstemmed Análise metabolômica do processo de encistamento de Acanthamoeba castellanii
title_sort Análise metabolômica do processo de encistamento de Acanthamoeba castellanii
author Cecilia Cirelli dos Santos Ferreira
author_facet Cecilia Cirelli dos Santos Ferreira
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Adriana Oliveira Costa
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Jonatas Santos Abrahao
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Marina Goncalves Diniz
dc.contributor.author.fl_str_mv Cecilia Cirelli dos Santos Ferreira
contributor_str_mv Adriana Oliveira Costa
Jonatas Santos Abrahao
Marina Goncalves Diniz
dc.subject.por.fl_str_mv encistamento
metabolômica
Acanthamoeba castellanii
topic encistamento
metabolômica
Acanthamoeba castellanii
Acanthamoeba
Metabolômica
Doenças parasitárias
Ameba
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Acanthamoeba
Metabolômica
Doenças parasitárias
Ameba
description As amebas de vida livre do gênero Acanthamoeba são protozoários ubíquos que eventualmente agem como parasitas, causando infecções graves como a encefalite amebiana granulomatosa e a ceratite amebiana. Um dos aspectos importantes da fisiopatologia das acantamebíases é a capacidade de encistamento do protozoário nos tecidos infectados. Os cistos de Acanthamoeba são formados por paredes duplas resistentes, resultando em menor eficácia de medicamentos e consequente demora no tratamento das infecções e ainda em falha terapêutica. O processo de encistamento ainda não é amplamente compreendido e as ciências ômicas podem fornecer importantes contribuições na avaliação do fenótipo de organismo. Portanto, esse trabalho teve como objetivo determinar o perfil metabólico de Acanthamoeba castellanii durante o processo de diferenciação celular de trofozoítos para cistos. Uma cepa de A. castellanii em cultivo axênico foi induzida ao encistamento em salina de Neff, estabelecendo-se a cinética de formação de pré-cistos e cistos. Culturas em tempo zero (somente trofozoítos), 24 horas (encistamento iniciado) e 72 horas (somente cistos) foram submetidas à extração de metabólitos para avaliação por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (GC/MS). Foram identificados dezoito metabólitos com significância estatística, incluindo aminoácidos, lipídios, carboidratos, compostos nitrogenados e poliaminas. De forma geral, houve redução da concentração dos metabólitos com o avanço do encistamento, com exceção da arbutina, celobiose e lactose. Os resultados indicam uma diminuição do metabolismo de Acanthamoeba durante o encistamento, além de alteração de sua fonte energética e de carbono. Sugere-se ainda o envolvimento dos transportadores ABC no encistamento, como possíveis exportadores do produto da degradação de organelas e macromoléculas no processo.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-08-09
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-10T06:46:30Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-10T06:46:30Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/FARB-BC9MAE
url http://hdl.handle.net/1843/FARB-BC9MAE
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FARB-BC9MAE/1/disserta__o_cec_lia_cirelli_dos_santos_ferreira.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FARB-BC9MAE/2/disserta__o_cec_lia_cirelli_dos_santos_ferreira.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv c1df66e68f7f8eb12052e42bd6e6521e
54301d3e8a6e4a73d0e9eea414965a4a
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589312691830784