Diversidade linguística no Brasil: a situação das línguas ameríndias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fábio Bonfim Duarte
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/49143
Resumo: Este artigo busca fornecer ao leitor um panorama geral sobre a diversidade linguística existente no Brasil e na América do Sul. Conforme pesquisas recentes, 90% das línguas do mundo podem desaparecer até o final deste século. Neste sentido, nota-se a importância de que linguistas e especialistas ligados à área desenvolvam esforços conjuntos para promover ações que ajudem a evitar a extinção de línguas minoritárias. Consoante Legère (2015), estima-se sendo que dois terços dessas podem ser extintas ainda neste século. Em relação à América do Sul, pesquisadores estimam que haja cerca de 500 línguas sendo faladas atualmente no continente. Todavia, 420 dessas correm sérios riscos de desaparecer seja em virtude da forte pressão que advém das línguas majoritárias seja em razão de o número de falantes ser muito reduzido. Já em relação ao Brasil, dados indicam que há cerca de 180 línguas nativas faladas em nosso território. Dentre estas, cerca de 45 a 60 línguas pode desaparecer no prazo de quinze anos, visto que muitas possuem número muito reduzido de falantes. Tais observações sinalizam para a importância de que as universidades brasileiras desenvolvam ações concretas no intuito de promover a documentação, a preservação e a revitalização das línguas indígenas brasileiras.
id UFMG_ddc004b70a31bca6e1c5b23871aaddcf
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/49143
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling 2023-01-25T17:29:39Z2023-01-25T17:29:39Z2016-08-304Número especial27622318-4574http://hdl.handle.net/1843/49143Este artigo busca fornecer ao leitor um panorama geral sobre a diversidade linguística existente no Brasil e na América do Sul. Conforme pesquisas recentes, 90% das línguas do mundo podem desaparecer até o final deste século. Neste sentido, nota-se a importância de que linguistas e especialistas ligados à área desenvolvam esforços conjuntos para promover ações que ajudem a evitar a extinção de línguas minoritárias. Consoante Legère (2015), estima-se sendo que dois terços dessas podem ser extintas ainda neste século. Em relação à América do Sul, pesquisadores estimam que haja cerca de 500 línguas sendo faladas atualmente no continente. Todavia, 420 dessas correm sérios riscos de desaparecer seja em virtude da forte pressão que advém das línguas majoritárias seja em razão de o número de falantes ser muito reduzido. Já em relação ao Brasil, dados indicam que há cerca de 180 línguas nativas faladas em nosso território. Dentre estas, cerca de 45 a 60 línguas pode desaparecer no prazo de quinze anos, visto que muitas possuem número muito reduzido de falantes. Tais observações sinalizam para a importância de que as universidades brasileiras desenvolvam ações concretas no intuito de promover a documentação, a preservação e a revitalização das línguas indígenas brasileiras.This article aims to present an overview on the linguistic diversity in Brazil and SouthAmerica. According to recent research, 90% of the world languages may disappear before the end of this century. Due to this situation, there is a consensus that linguists involved in field work activities with indigenous people should make an extra effort in order to avoid the disappearance of these languages. Legère (2015) considers that there exist around 6500 languages spoken in the world. Additionally he observes that two thirds of this amount may be extinct in this century. As for South America, researchers estimate that there are around 500 languages being spoken in the continent. However, 420 of these languages are under serious risk of being extinct owing either to the pressure of the majority languages or to the low number of speakers. As for Brazil, it is known that there are around 180 native languages being currently spoken. However, recent studies point out that many of these languages may disappear within fifteen years because they are spoken by a reduced number of speakers. This means that around 45 to 60 languages can be extinct before 2030. This signals to the importance that Brazilian universities focus their attention on concrete actions in order to promote the documentation, the preservation and the revitalization of these languages.porUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilFALE - FACULDADE DE LETRASCaletroscópioLíngua tupi-guaraniLinguísticaÍndios da América do Sul - LínguasLínguas indígenasTupíMacroJêKaribAmérica do SulRevitalização linguísticaDiversidade linguística no Brasil: a situação das línguas ameríndiasLinguistic Diversity in Brazil: the current situation of the ameridian languagesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/3665Fábio Bonfim Duarteapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSELicense.txtLicense.txttext/plain; charset=utf-82042https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/49143/1/License.txtfa505098d172de0bc8864fc1287ffe22MD51ORIGINALDiversidade linguística no Brasil a situação das línguas ameríndias.pdfDiversidade linguística no Brasil a situação das línguas ameríndias.pdfapplication/pdf3401470https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/49143/2/Diversidade%20lingu%c3%adstica%20no%20Brasil%20a%20situa%c3%a7%c3%a3o%20das%20l%c3%adnguas%20amer%c3%adndias.pdf072f0b4ed707d7d978d15c6d303135b2MD521843/491432023-01-25 14:29:39.562oai:repositorio.ufmg.br:1843/49143TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBIERPIFJFUE9TSVTvv71SSU8gSU5TVElUVUNJT05BTCBEQSBVRk1HCiAKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50Ye+/ve+/vW8gZGVzdGEgbGljZW7vv71hLCB2b2Pvv70gKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIGFvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8gZXhjbHVzaXZvIGUgaXJyZXZvZ++/vXZlbCBkZSByZXByb2R1emlyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0cu+/vW5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mg77+9dWRpbyBvdSB277+9ZGVvLgoKVm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zvv710aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2Pvv70gY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250Ze+/vWRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLgoKVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPvv71waWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFu77+9YSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZh77+977+9by4KClZvY++/vSBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byDvv70gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9j77+9IHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vu77+9YS4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVw77+9c2l0byBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gbu+/vW8sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd177+9bS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY++/vSBu77+9byBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc++/vW8gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNh77+977+9bywgZSBu77+9byBmYXLvv70gcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJh77+977+9bywgYWzvv71tIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7vv71hLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-01-25T17:29:39Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Diversidade linguística no Brasil: a situação das línguas ameríndias
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Linguistic Diversity in Brazil: the current situation of the ameridian languages
title Diversidade linguística no Brasil: a situação das línguas ameríndias
spellingShingle Diversidade linguística no Brasil: a situação das línguas ameríndias
Fábio Bonfim Duarte
Línguas indígenas
Tupí
MacroJê
Karib
América do Sul
Revitalização linguística
Língua tupi-guarani
Linguística
Índios da América do Sul - Línguas
title_short Diversidade linguística no Brasil: a situação das línguas ameríndias
title_full Diversidade linguística no Brasil: a situação das línguas ameríndias
title_fullStr Diversidade linguística no Brasil: a situação das línguas ameríndias
title_full_unstemmed Diversidade linguística no Brasil: a situação das línguas ameríndias
title_sort Diversidade linguística no Brasil: a situação das línguas ameríndias
author Fábio Bonfim Duarte
author_facet Fábio Bonfim Duarte
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Fábio Bonfim Duarte
dc.subject.por.fl_str_mv Línguas indígenas
Tupí
MacroJê
Karib
América do Sul
Revitalização linguística
topic Línguas indígenas
Tupí
MacroJê
Karib
América do Sul
Revitalização linguística
Língua tupi-guarani
Linguística
Índios da América do Sul - Línguas
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Língua tupi-guarani
Linguística
Índios da América do Sul - Línguas
description Este artigo busca fornecer ao leitor um panorama geral sobre a diversidade linguística existente no Brasil e na América do Sul. Conforme pesquisas recentes, 90% das línguas do mundo podem desaparecer até o final deste século. Neste sentido, nota-se a importância de que linguistas e especialistas ligados à área desenvolvam esforços conjuntos para promover ações que ajudem a evitar a extinção de línguas minoritárias. Consoante Legère (2015), estima-se sendo que dois terços dessas podem ser extintas ainda neste século. Em relação à América do Sul, pesquisadores estimam que haja cerca de 500 línguas sendo faladas atualmente no continente. Todavia, 420 dessas correm sérios riscos de desaparecer seja em virtude da forte pressão que advém das línguas majoritárias seja em razão de o número de falantes ser muito reduzido. Já em relação ao Brasil, dados indicam que há cerca de 180 línguas nativas faladas em nosso território. Dentre estas, cerca de 45 a 60 línguas pode desaparecer no prazo de quinze anos, visto que muitas possuem número muito reduzido de falantes. Tais observações sinalizam para a importância de que as universidades brasileiras desenvolvam ações concretas no intuito de promover a documentação, a preservação e a revitalização das línguas indígenas brasileiras.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016-08-30
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-01-25T17:29:39Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-01-25T17:29:39Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/49143
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 2318-4574
identifier_str_mv 2318-4574
url http://hdl.handle.net/1843/49143
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Caletroscópio
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FALE - FACULDADE DE LETRAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/49143/1/License.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/49143/2/Diversidade%20lingu%c3%adstica%20no%20Brasil%20a%20situa%c3%a7%c3%a3o%20das%20l%c3%adnguas%20amer%c3%adndias.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv fa505098d172de0bc8864fc1287ffe22
072f0b4ed707d7d978d15c6d303135b2
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589451492884480