Constituição do sujeito cuidador na Atenção Domiciliar: práticas de cuidado e processos de subjetivação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Yara Cardoso Silva
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/38552
Resumo: Introdução: as transições demográfica e epidemiológica constituem um desafio, no campo da saúde. Para atender ao novo perfil populacional, são necessárias novas estratégias de cuidado, entre as quais destaca-se a Atenção Domiciliar (AD). Na AD, o cuidador ou a família do paciente tornam-se responsáveis por prover-lhe cuidado - trabalho que é compartilhado com os profissionais que formam as equipes multidisciplinares de atenção domiciliar. Majoritariamente, os cuidadores do Programa Melhor em Casa (PMC), do Ministério da Saúde, são oriundos do sistema informal e precisam desenvolver competências específicas, para realizar os cuidados adequados ao usuário da AD. Diante dessa realidade, a equipe de atendimento precisa ser um dos pilares, na formação do cuidador. Nesse contexto, as práticas utilizadas pela equipe podem atuar como recurso de incentivo e facilitação à sua subjetivação e configuram fontes de saber-poder que interfiram em sua constituição produtiva. Objetivo: este estudo objetiva analisar processos de subjetivação do cuidador inserido em programa de atenção domiciliar em saúde. Metodologia: trata-se de uma pesquisa qualitativa. O cenário foi o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) de Belo Horizonte - em especial a equipe de cuidados prolongados do Hospital Odilon Behrens. Foram pesquisados cuidadores, familiares e profissionais. Os dados foram obtidos da observação do trabalho da equipe, do cotidiano dos cuidadores e usuários e de entrevistas com os participantes. O material foi analisado da perspectiva da Análise do Discurso, tendo como referência o autor Michel Foucault. Resultados: os resultados indicam o predomínio de cuidadores informais, do sexo feminino e com vínculo parental. Encontram-se na faixa etária entre 20 e 59 anos, realizam os cuidados de vida diária e assistenciais, de higiene e administrativos relativos ao paciente. A constituição do cuidador está associada às suas dimensões psicoafetiva, cognitiva e moral, à intensidade do cuidado que realiza e ao quadro clínico do paciente – sua instabilidade ou agravamento. Avaliou-se que o processo de trabalho do cuidador é desgastante e ocasiona a abdicação de seu “eu” e de sua qualidade de vida, e que a rede de apoio constituída em torno do paciente contribui para a redução da sobrecarga gerada para o cuidador, nesse processo. Foram identificados como atributos do cuidador o agir de forma sábia e tolerante, o escutar para captar os sentimentos do usuário, o falar para expor à equipe de atendimento o que absorveu de sua comunicação e o olhar atento para acompanhar o usuário, o tempo todo. No campo das práticas estabelecidas na relação entre equipe assistencial e cuidador, foram identificadas pedagogias prescritivas, de negociação, de adaptação, de invisibilidade, de adaptação e de problematização. Conclusão: a constituição do cuidador ocorre na vivência de sua tarefa, as experiências pelas quais passa, as inquietações despertadas, as vibrações percebidas, favorecida pelo trabalho da equipe assistencial. Este último é produtor de diversas experiências e tem a potência de possibilitar ao cuidador ver-se de forma crítica, perceber seus sentimentos e transformar-se, em um processo de subjetivação.
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Diante dessa realidade, a equipe de atendimento precisa ser um dos pilares, na formação do cuidador. Nesse contexto, as práticas utilizadas pela equipe podem atuar como recurso de incentivo e facilitação à sua subjetivação e configuram fontes de saber-poder que interfiram em sua constituição produtiva. Objetivo: este estudo objetiva analisar processos de subjetivação do cuidador inserido em programa de atenção domiciliar em saúde. Metodologia: trata-se de uma pesquisa qualitativa. O cenário foi o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) de Belo Horizonte - em especial a equipe de cuidados prolongados do Hospital Odilon Behrens. Foram pesquisados cuidadores, familiares e profissionais. Os dados foram obtidos da observação do trabalho da equipe, do cotidiano dos cuidadores e usuários e de entrevistas com os participantes. O material foi analisado da perspectiva da Análise do Discurso, tendo como referência o autor Michel Foucault. Resultados: os resultados indicam o predomínio de cuidadores informais, do sexo feminino e com vínculo parental. Encontram-se na faixa etária entre 20 e 59 anos, realizam os cuidados de vida diária e assistenciais, de higiene e administrativos relativos ao paciente. A constituição do cuidador está associada às suas dimensões psicoafetiva, cognitiva e moral, à intensidade do cuidado que realiza e ao quadro clínico do paciente – sua instabilidade ou agravamento. Avaliou-se que o processo de trabalho do cuidador é desgastante e ocasiona a abdicação de seu “eu” e de sua qualidade de vida, e que a rede de apoio constituída em torno do paciente contribui para a redução da sobrecarga gerada para o cuidador, nesse processo. Foram identificados como atributos do cuidador o agir de forma sábia e tolerante, o escutar para captar os sentimentos do usuário, o falar para expor à equipe de atendimento o que absorveu de sua comunicação e o olhar atento para acompanhar o usuário, o tempo todo. No campo das práticas estabelecidas na relação entre equipe assistencial e cuidador, foram identificadas pedagogias prescritivas, de negociação, de adaptação, de invisibilidade, de adaptação e de problematização. Conclusão: a constituição do cuidador ocorre na vivência de sua tarefa, as experiências pelas quais passa, as inquietações despertadas, as vibrações percebidas, favorecida pelo trabalho da equipe assistencial. Este último é produtor de diversas experiências e tem a potência de possibilitar ao cuidador ver-se de forma crítica, perceber seus sentimentos e transformar-se, em um processo de subjetivação.The demographic and epidemiological transition is a challenge for the Health field. To meet the new population profile, care strategies are needed and, among them, Home Care (AD) stands out. In AD, the caregiver and / or family are the actors responsible for providing care to the user, shared with the work of home care team professionals. The caregivers of the Ministry of Health's Best at Home program are mostly from the informal system and need to develop skills to perform care for the user. Given this reality the team needs to be one of the pillars of caregiver construction. In this field, pedagogical practices can act as a device of incentive and facilitation to subjectivation or, as they can configure sources of know-how that interfere with a productive constitution of the caregiver. Thus, the study aims to analyze the subjectification processes of the caregiver inserted in a home health care program, focusing on the pedagogical practices produced by the AD teams. It is a qualitative research. The scenario was the Home Care Service (SAD) of Belo Horizonte, especially the long-term care team of Odilon Behrens Hospital and included caregivers / family members and professionals. Data were obtained from the observation of the team work, the daily life of caregivers and users and interviews with the participants. The material was analyzed from the perspective of discourse analysis, with reference to the author Michel Foucault. The results indicate the predominance of informal caregivers, female and with parental bond. The caregivers are in the age group of 20 to 59 years, perform daily care and care, hygiene and administrative. The constitution of the caregiver is associated with the psycho-affective, cognitive and moral dimensions. The intensity of care provided by the caregiver is related to the clinical condition, instability or aggravation of the user. It was evaluated that the caregiver's work process is exhausting and causes the abdication of self and quality of life. The support network contributes to the reduction of overload. The caregiver's attributes were identified as acting in a wise and tolerant manner, listening to capture the user's feelings, speaking to expose what he / she captured for the team, and guiding eyes to follow the user's time. In the field of pedagogical practices established in the relationship between team and caregiver, prescriptive Pedagogy, Negotiation Pedagogy, Adaptation Pedagogy, Invisibility Pedagogy, Adaptation Pedagogy and Problematization Pedagogy were identified. Conclusion: From the results it can be concluded that the constitution of the caregiver occurs through the passage of events, concerns and vibrations. The team's work produces experiences and has the power to enable the caregiver to see, think, feel and transform into a process of subjectivation.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemUFMGBrasilENFERMAGEM - ESCOLA DE ENFERMAGEMhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessServiços de Assistência DomiciliarAssistência DomiciliarCuidadoresQualidade de VidaCuidadorServiços de Assistência DomiciliarAssistência DomiciliarProcesso de subjetivaçãoConstituição do sujeito cuidador na Atenção Domiciliar: práticas de cuidado e processos de subjetivaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE-final-revisada 16-07-2020 (3).pdfTESE-final-revisada 16-07-2020 (3).pdfapplication/pdf3414986https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38552/1/TESE-final-revisada%2016-07-2020%20%283%29.pdf4ea2815d33bba6404b90ee9a60344dd7MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38552/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38552/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/385522021-10-29 12:31:10.612oai:repositorio.ufmg.br:1843/38552TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-10-29T15:31:10Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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